sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Penso Ver o que Escuto, um Shakespeare no Arquivo Nacional (RJ)



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Penso ver o que escuto

Concebido a partir dos grandes dramas históricos de Willian Shakespeare – Ricardo II, Henrique IV, Henrique V, as três partes de Henrique VI e Ricardo III, especialmente os dois Ricardos –, “Penso ver o que escuto” estreia dia 1° de dezembro, às 21h, no Arquivo Nacional, com direção de Cláudio Baltar e Fábio Ferreira, dramaturgia de Oscar Saraiva, figurinos de Rosa Magalhães, cenário de Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque, iluminação de Renato Machado, direção musical e trilha sonora de Fabiano Krieger e realização da Cia Bufomecânica.

Em abril de 2012 este espetáculo faz a abertura do World Shakespeare Festival, em Londres e Stratford-Upon-Avon.

Com patrocínio da Prefeitura do Rio, Oi Futuro e Royal Shakespeare Company, tendo o apoio cultural do Arquivo Nacional, este terceiro projeto da Cia Bufomecânica vai montar, no jardim do Arquivo Nacional, uma estrutura cênica de 1.200m², com palco de 15m de comprimento, plateia para 350 pessoas e um café que vai atender o público durante as 16 apresentações, com ingressos gratuitos.

A temporada do espetáculo segue até 19 de dezembro. Em 2012, após as apresentações no World Shakespeare Festival, o espetáculo faz nova temporada no Rio e em seguida estreia em São Paulo.

O espetáculo

Perguntado sobre a concepção do espetáculo, Cláudio Baltar explica que em termos de criação de um ambiente cênico poético seria um caminho mais direto e fácil montar peças como Sonho de uma noite de verão ou A Tempestade. Mas eles optaram por um trabalho mais aberto. “Nos propusemos este desafio”, decreta Baltar. Assim, a concepção do espetáculo parte da pesquisa que integra os grandes dramas históricos escritos por Willian Shakespeare: Ricardo II, Henrique IV, Henrique V, as três partes de Henrique VI, Ricardo III (especialmente os dois Ricardos) e de uma dramaturgia que tem além dos personagens destas peças outros muito fortes em outros dramas históricos como Falstaff, Jack Cade e Joana Dark. Já Fábio Ferreira justifica a opção dizendo que “uma peça influencia a outra, é o que Jan Kott chamou de o grande mecanismo da história, onde tudo se repete. E nos encanta em Ricardo III a possibilidade de seguir questionando uma representação da figura humana, como aconteceu com a poesia de Maiakovski, agora, nos esbaldamos com o vilão anti-ético de Shakespeare”

Ricardo III é um drama histórico escrito por Skakespeare no século XVI que aborda a luta feroz pela coroa inglesa entre as dinastias de York e Lancaster. Os dois diretores contam que Ricardo III é o grande herói-vilão, o javali sanguinário, o mais popular dos vilões shakespearianos, apresenta-se ao espectador adotando um expediente muito caro ao teatro no mundo todo: a fala direta e o olhar grudado em nós, tornando-nos pactários de sua perversidade, de sua devassidão e do seu desejo desenfreado pela coroa. Fascina a todos. Sintético, coloquial, íntimo dos conflitos dos clãs de York e Lancaster.

O crítico e teórico teatral, Jan Kott, fazendo uma análise da escrita de Shakespeare para Ricardo III, explica que “aqui, numa de suas primeiras peças, ou melhor, na própria matéria-prima histórica, delineia-se já o esboço de todas grandes tragédias ulteriores: Hamlet, Macbeth, Rei Lear. Se quisermos decifrar o mundo de Shakespeare como mundo real, devemos começar a leitura pelas crônicas históricas e, em primeiro lugar, pelos dois Ricardos”.

– Nós achamos que está peça (Ricardo III) se assemelha muito a realidade brasileira. O que se faz para chegar ao poder e a admiração que se tem pela imagem da superação. O ascensor é admirado pela sua conquista, não importa muito o que se fez para chegar ao poder, por cima de que há de se ter passado –, diz Fábio Ferreira.

Sobre as apresentações em novembro e dezembro, no Rio de Janeiro, Ferreira completa: “é um trabalho que estreia no ano que vem e vai sofrer um afunilamento. O que vamos mostrar agora é o atual momento dessa pesquisa cênica, esse ‘mergulho panorâmico’ nos dramas históricos de Shakespeare.”

Ficha Técnica

Direção: Cláudio Baltar e Fábio Ferreira | Dramaturgia: Oscar Saraiva e Fábio Ferreira | Pesquisa/dramaturg: Pedro Sussekind | Elenco: Carol Machado, Carolina Virguez, Fernanda Avellar, João Lucas Romero, João Mello, Julia Lund, Marcelle Sampaio, Paulo Mantuano, Rafael Sardão, Rafael Verissimo e Savio Moll | Músicos: Fabiano Krieger e Lucas Macier | Cenário: Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque | Figurinos: Rosa Magalhães | Iluminação: Renato Machado | Direção Musical e Trilha Sonora: Fabiano Krieger | Vídeos-arte: Rico Villarouca | Direção de Movimento: Paulo Mantuano | Direção de Aéreo: Raquel Karro | Direção Técnica: Cláudio Baltar | Direção de Arte: Brígida Baltar | Assessoria de Imprensa: Ney Motta | Programação Visual: Brígida Baltar | Fotos de divulgação: Emmanuelle Bernard | Assistência de Direção: José Alex Oliva | Direção de Palco: Márcia Machado e João Mello da Costa | Direção de Produção: Ana Luisa Lima | Realização: Companhia Bufomecânica

Serviço

Nome do espetáculo: Penso ver o que escuto
Direção: Cláudio Baltar e Fábio Ferreira
Adaptação: Oscar Saraiva
Elenco: Cia Bufomecânica e atores convidados
Estreia: 1° de dezembro às 21 horas
Temporada: 1° de dezembro até 19 de dezembro de 2011
Local: Arquivo Nacional. Praça da República 173, Centro, RJ (próximo a Estação Central do Brasil do Metrô Rio – estacionamento rotativo no local e ponto da taxi). Tels. 21 2179-1273 e 2179-1228
Dias e horários: Quintas, sextas, sábados e segundas às 20h, domingos às 19h.
Ingressos: GRÁTIS (senhas distribuídas 2 horas antes)
Capacidade de público: 350 lugares
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 120 minutos
Gênero: Ópera-bufa

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