Esconderijo, peça de Leo Chacra,
fala de amor, poder e intrigas
Com texto e direção do jovem dramaturgo Leo Chacra o espetáculo inédito Esconderijoestreia dia 10 de fevereiro, sexta-feira, na Sala Experimental do Teatro Augusta, em São Paulo, às 21 horas. O enredo desta montagemtransita pelas paixões em suas diversas manifestações e pelas relações amorosas: três histórias de amor são marcadas por desencontros e afetos perdidos. O elenco é formado por Aline Abovsky, Renato Bisoni eLívia Prestes.
A história se passa na São Paulo de 1969, época do regime militar no Brasil. Esse momento político é somente o pano de fundo para contar a história de Juliana, uma jovem ativista política que, após uma traição e a queda de seu “aparelho”, busca refúgio na casa de Marina, ex-mulher de seu namorado Pedro (personagem que não aparece fisicamente em cena). Elas amam o mesmo homem! Confinada no mesmo espaço com a rival, a protagonista vive um clima de suspense e mistério.
Esconderijo propõe uma reflexão sobre o amor, o poder e as intrigas. A relação forçada entre as mulheres faz com que o passado de ambas venha à tona. Segredos e desejos, assim como antigas disputas, vão se revelando à medida que elas vão se compreendendo. Juliana luta apaixonadamente pela liberdade e pelo seu amor. A convivência com Marina muda o rumo de suas desconfianças sobre a traição política e provoca nela o desejo de vingança. O traidor seria Fred, o jornalista com quem ela teve um romance? E quem seria Fred, este homem que luta pelo amor de Juliana até as últimas consequências?
Segundo Leo Chacra, a referência aos “anos de chumbo” é apenas o fio que conduz as personagens à convivência forçada. “A história poderia ser em outro contexto, em qualquer época, em qualquer lugar do mundo. Esconderijo está mais para a linha freudiana que marxista; fala mais de amor que de socialismo, de sentimento humano que nacionalista”.Chacra ainda explica que o texto traz uma visão pessoal sua da época de repressão política, de forma distanciada, sem levantar bandeiras. “Falo do amor livre, da relação aberta, da resistência às causas e às pessoas”. O foco da peça está no âmbito privado, na intimidade de Juliana, Marina, Pedro e Fred.
O diretor/autor salienta que a encenação brinca com os sentimentos das personagens, aplicando uma lente de aumento no âmbito privado de suas vidas. No cenário, três poltronas são dispostas aleatoriamente representando tanto a casa de Marina como o apartamento de Fred. De forma nada conceitual, folhas de papel, jornais e livros são jogados pelo cenário, compondo uma atmosfera literária. Também um aparelho de telefone e uma máquina de escrever ajudam a simbolizar a liberdade tão ansiada. “O ambiente lembra um jovem que saiu da casa dos pais, um jovem país em formação ou a desconstrução das coisas, nos anos 60”. Justifica o diretor.
O figurino remete, sutilmente, à moda do final dos anos 60 e traz para a peça uma atmosfera de nouvelle vague, de tropicalismo. “Quero pincelar o mundo antes do eletrônico, antes da internet”, diz Leo. A trilha sonora passa pelo instrumental, folk music, rock clássico e tropicalismo. O diretor busca a força da sonoridade e dos acordes, para pontuar a simplicidade da vida ou a complexidade dos sentimentos. “Estou muito feliz dirigindo. Acho que o trabalho fica ainda mais autoral”. Finaliza Leo Chacra.
Ficha técnica
Espetáculo: Esconderijo
Texto e direção: Leo Chacra
Elenco: Aline Abovsky (Marina), Lívia Prestes (Juliana) e Renato Bisoni (Fred)
Cenário: Leo Chacra
Iluminação: Fábio Ferretti
Figurino: Geondes Antonio e grupo
Programação visual: Suzy Suzuki
Produção executiva: Geondes Antonio
Fotos: Fábio Ghrun
Serviço:
Estreia: 10 de fevereiro – sexta-feira – às 21h30 - Até 25/03
Local: Teatro Augusta (Sala Experimental)
Horários: sexta (21h30), sábado (21 horas) e domingo (19 horas)
Ingressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00) – Gênero: Drama
Duração: 75 min – Classificação etária: 12 anos - Capacidade: 55 lugares
Bilheteria: 4ª a 5ª (14h às 21h), 6ª (14h às 21h30), sáb. (15h às 21h) e dom. (15h às 19h).
Reservas por telefone: 4ª a sab. (15h às 19h) e dom. (15h às 17h) – Aceita dinheiro e cartões (MC, D, V, RS e VE). Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br (tel 4003-1212). Acesso universal.
Leo Chacra – autor e diretor
Leo Chacra é autor do romance Road Movie Doméstico. Com mais de 10 anos de carreira, além de ator, Leo é o palhaço Leleco, faz stand up comedy, sendo um dos fundadores do grupo Clownbaret. Atuou em Estado de Sítio (direção de Marcello Lazaratto) e dirigiu o Grupo Sete em Seis Atrizes em Busca de Um Diretor (De Felipe Sant’Ângelo). Como dramaturgo, assina os textos România (peça que também dirigiu), Sessão da Tarde (na qual atuou e dirigiu), Falecida Senhora Sua Mãe (de GeorgesFeydeau; dirigiu e atuou), Comédia dos Esquemas (também foi ator sob direção de Antonio Rocco) e a inédita Epidemia Franciscana, que será encenada por Roney Facchini, em 2012.
Aline Abovsky – atriz
Aline Abovsky, 38 anos, formou-se atriz pelo Teatro-Escola Célia Helena e já participou de mais de 20 espetáculos de teatro ao lado de diretores como Jairo Mattos, Nilton Bicudo, Marcos Loureiro, Walter Stein, Nelson Baskerville e Mário Bortolotto. Junto com o grupo Cemitério de Automóveis foram várias peças, entre elas Nossa Vida não Vale um Chevrolet, E Éramos Todos Thunderbirds, Postcards deAtacama, Tempo de Trégua, Faroestes e outras. No cinema, atuou em Carro de Paulista, o Filme(telefilme de Ricardo Pinto e Silva), Desde o Fim Até o Começo (curta de Jarbas Capusso Filho), Jardim Europa SP (longa de Mauro Baptista) e O Friso da Vida (curta de Ricardo de Oliveira). Aline também atua como dublê de ação em novelas e filmes.
Renato Bisoni – ator
O ator Renato Bisoni, 36 anos, estudou interpretação no Stúdio Fátima Toledo, Lee Strasberg Institute(EUA) e na Oficina de Atores da Rede Globo. Bisoni participou das novelas globais A Cor do Pecado, como Guilherme, e Pé na Jaca, na qual interpretou um jogador de pólo aquático. No teatro, integrou o elenco da peça Noturno, de Oswaldo Montenegro, Terminal Patient, de Lee Strasberg, e Rodrigueanas, de Nilton Travesso. Também viveu a personagem James no filme American Hero, além de trabalhar em filmes publicitários, entre eles um comercial para a Revista Época (da agência W/Brasil).
Lívia Prestes - atriz
A paulistana Lívia Prestes, 28 anos, estudou teatro na Faculdade Paulista de Artes, além de ter feito vários cursos de interpretação para cinema e vídeo. Como atriz participou de curtas-metragens e de vários filmes publicitários. Entre os anos de 2004 e 2008, ela foi apresentadora do Canal Sony, à frente do programa de variedades Estilo Sony. Lívia também trabalha com locutora de peças publicitárias para mídia radiofônica.
Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO