quarta-feira, 30 de junho de 2010

atriz: Maria Cecília Mansur

Do Claustro, hoje, quarta-feira, 21h, no SESC Consolação (São Paulo, SP)

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O Grande Cerimonial continua em cartaz no Augusta (São Paulo, SP)

Para Roteiro



O GRANDE CERIMONIAL

– A partir do dia 3 de julho, aos sábados e domingos. Texto: Fernando Arrabal. Direção: Reginaldo Nascimento. Com o Teatro Kaus Cia Experimental. Elenco: Alessandro Hernandez, Amália Pereira, Deborah Scavone e Alessandro Hanel. Duração: 100 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$30,00 (Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto). Sábados, às 21. Domingos, às 19h. Até 25 de julho.

OBS: Estreou dia 12 de maio de 2010, quarta-feira, às 21h. Até 1 de julho, as quartas e quintas, às 21h.

Crédito das fotos: Fotógrafa Viviani Leite

ESPETÁCULO O GRANDE CERIMONIAL PRORROGA TEMPORADA NO TEATRO AUGUSTA

Texto inédito, do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, narra a história de Cavanosa e suas relações contraditórias com sua mãe, mulheres e bonecas. Montagem do Teatro Kaus, tem direção de Reginaldo Nascimento

Texto inédito no Brasil, a peça O GRANDE CERIMONIAL, do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, prorroga temporada no TEATRO AUGUSTA, Sala Experimental. A partir do dia 3 de julho, espetáculo (que está em cartaz às quartas e quintas) será apresentado aos sábados e domingos, até o dia 25 de julho. Peça narra a história de Cavanosa e suas relações contraditórias com sua mãe, mulheres e bonecas. Montagem do Teatro Kaus, tem direção de Reginaldo Nascimento, que em agosto passado trouxe a São Paulo o dramaturgo Fernando Arrabal.

O GRANDE CERIMONIAL narra a história de Cavanosa, um Casanova as avessas que todas as noites seduz uma mulher e a leva a seu quarto onde estabelece o cerimonial: um rito tresloucado de amor, que não passa de um projeto, uma fantasia extraída de seus sonhos. O Cerimonial acontece quando Cavanosa encontra a Mulher-menina, a pureza profana que com ele irá desbravar o mundo. Uma história de amor às avessas, levada às últimas conseqüências.

A peça traz para cena o mundo claustrofóbico do autor e estabelece um jogo permanente entre o belo e o grotesco, a vida e a morte, o sonho e a realidade, a fantasia e os pesadelos, de cinco personagens: Cavanosa, A Mãe, Sil, O Amante e Lis. “Revelamos na montagem um pouco do universo de Arrabal, vestido com as cores da ciência, da filosofia, da rebelião, do humor, do sofrimento, do amor e da imaginação sem limites”, afirma o diretor Reginaldo Nascimento.

“Na concepção do espetáculo optamos por uma linguagem híbrida que transita com o teatro da absurdidade, o surrealismo e o expressionismo. Procurei despertar no trabalho com os atores um estado absurdo, busquei construir interpretações fortes, trabalhadas numa partitura física que apresenta uma gestualidade bem definida para ampliar as possibilidades de comunicação num espetáculo onde o não olhar amplia a capacidade de ver de fato quem somos e para onde vamos”, finaliza o diretor.

Reginaldo Nascimento assina o cenário, sonoplastia e figurino, este último em parceria com Anelise Drake. A cenografia delimita o espaço do sonho surrealista com signos como o carrinho de criança e outros objetos. As bonecas que compõem o cenário foram criadas pela artista plástica Suzy Gheler. A trilha sonora é composta de melodias desconexas que desenham as nuances da peça. Os figurinos transitam com a fantasia, com cores fortes, nos remetendo as histórias infantis. A iluminação, de Vanderlei Conte, aposta nas penumbras e sombras, criando uma atmosfera expressionista. A preparação corporal é de Mônica Granndo.

Fernando Arrabal:

Escritor, dramaturgo e cineasta, nascido no Marrocos espanhol em 1932, atualmente mora em Paris. Controvertido, cultiva uma estética irreverente tanto na sua obra como nas suas aparições públicas. Recebeu o reconhecimento internacional pela sua obra narrativa (onze novelas), poética (numerosos livros ilustrados por Amat, Dalí, Magritte, Miotte, Saura, entre outros), dramática (numerosas obras de teatro publicadas em dezenove volumes) e cinematográfica (seis longas-metragens). Autor de mais de 70 peças teatrais, entre elas: Fando e Lis, Guernica, A Bicicleta do condenado, O triciclo, O cemitério de automóveis, O Arquiteto e o Imperador da Assíria, A Oração, Uma Tartaruga chamada Dostoiëwsky, O Jardim das Delícisa, O labirinto, entre outras. Arrabal não é só o autor espanhol mais encenado no mundo, quanto também um dos poucos autores do chamado Teatro do Absurdo que ainda vivem e produzem. Na década de Sessenta, depois de permanecer três anos no grupo surrealista, Arrabal, juntamente com Roland Topor e Jodorowsky, cria o Movimento Pânico, cujo manifesto expressava a intenção de conciliar o absurdo com o cruel, identificar a arte com o vivido e adotar a cerimônia como forma de expressão. Seu Teatro Pânico, que ele mesmo qualifica como presidido pela confusão, o humor, o terror, o azar e a euforia, está baseado na busca formal, tanto espacial como gestual, e na incorporação de elementos surrealistas na linguagem.

Reginaldo Nascimento:

Ator e Diretor Teatral em constante atividade desde 1990. É fundador e diretor há 11 anos do TEATRO KAUS CIA EXPERIMENTAL. Participou de diversos cursos de formação e aprimoramento com diversos e importantes profissionais. Desde 1993 se dedica especificamente a Direção Teatral e a pesquisa do teatro de grupo, tendo assinado a direção de mais de 20 espetáculos entre eles: Infiéis, de Marco Antonio de la Parra, A Revolta, de Santiago Serrano, El Chingo, de Edílio Peña, Pigmaleoa, de Millôr Fernandes, Cala a Boca Já Morreu, de Luís Alberto de Abreu, A Boa, de Aimar Labaki, Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, Homens de Papel e Oração para um pé de chinelo, ambas de Plínio Marcos, entre outros. Vêm realizando desde 1994, várias oficinas e cursos em prefeituras, secretarias de cultura e instituições privadas pelo interior do Estado, na capital e outros estados. Organizou e Editou o Livro CADERNOS DO KAUS “O Teatro na América Latina”. Em agosto de 2009 idealizou e executou juntamente com o Grupo Kaus e em parceria com o Instituto Cervantes a Mesa de Debates Um Certo Arrabal, evento que trouxe a São Paulo o Dramaturgo Fernando Arrabal, um dos mais importantes da cena Mundial.

Teatro Kaus Cia. Experimental:

Radicado em São Paulo desde outubro de 2001, o Teatro Kaus Cia Experimental da Cooperativa Paulista de Teatro foi criado em dezembro de 1998, na cidade de São José dos Campos, pelo ator e diretor Reginaldo Nascimento e pela atriz e jornalista Amália Pereira. Na capital paulista, a Cia. encenou as peças A Revolta, do argentino Santiago Serrano (2007), El Chingo, do venezuelano Edilio Peña (2007), Infiéis, do chileno Marco Antonio de la Parra (2006/2009), Vereda da Salvação, de Jorge Andrade (2005/2004) e Oração para um pé de chinelo, de Plínio Marcos (2002). Em fevereiro de 2007, o Teatro Kaus estreou o Repertório do Kaus, no Centro Cultural São Paulo, onde ficou em cartaz com os espetáculos El Chingo, A Revolta e Infiéis. Participou em Julho de 2007 como convidado do XVIII Temporales Internacionales de Teatro, em Puerto Montt e da Lluvia de Teatro de Valdivia, ambas no Chile, apresentando o Espetáculo A Revolta, realizando três apresentações, com o texto original em espanhol. Em novembro de 2007, lançou o livro Cadernos do Kaus – O Teatro na América Latina, um registro documental sobre todas as ações do projeto Fronteiras – O Teatro na América Latina, realizado pelo grupo durante o ano de 2006 e 2007, em parceria com o Instituto Cervantes e beneficiado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Em 2008, fez temporadas no Centro Cultural da Juventude com as peças El Chingo e Infiéis. Em 2009, realizou temporada da peça Infiéis, no Teatro X, onde participou também do evento Festa do Teatro. Em novembro de 2009, participou no SESC SANTANA, do evento Experiência Cênica, que teve como foco a obra do dramaturgo e cineasta espanhol Fernando Arrabal. A Programação contou com leitura de textos, exibição de filme, palestras com Alexandre Mate e Jefferson Del Rios e oficina com Reginaldo Nascimento, idealizador do evento, além de ensaio Aberto da peça O Grande Cerimonial.

Para Roteiro

O GRANDE CERIMONIAL – A partir do dia 3 de julho, aos sábados e domingos. Texto: Fernando Arrabal. Direção: Reginaldo Nascimento. Com o Teatro Kaus Cia Experimental. Elenco: Alessandro Hernandez, Amália Pereira, Deborah Scavone e Alessandro Hanel. Duração: 100 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$30,00 (Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto). Sábados, às 21. Domingos, às 19h. Até 25 de julho.

OBS: Estreou dia 12 de maio de 2010, quarta-feira, às 21h. Até 1 de julho, as quartas e quintas, às 21h.

TEATRO AUGUSTA - SALA EXPERIMENTAL – Rua Augusta, 943 – Cerqueira César, tel: 3151-4141. Capacidade 50 lugares. Bilheteria funciona de quarta a domingo, a partir das 15 horas. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Estacionamento ao lado. Café.

(Amália Pereira – junho/2010)

CAL abre inscrições para novos cursos de Teatro (Rio de Janeiro, RJ)


Cursos Livres na CAL

Iniciantes e iniciados encontrarão diferentes propostas,pesquisas e novas técnicas - instigantes encontro com o Teatro, o Cinema e a TV. cursos Livres para adultos, adolescentes e criança.

Programação Julho de 2010

INSCRIÇÕES ABERTAS

CINEMA E TELEVISÃO

INTERPRETAÇÃO PARA TV E CINEMA Marco Rodrigo 17/07 a 07/08 Sábados, das 10:30 às 13:30

INTERPRETAÇÃO PARA TV E CINEMA Marcio Augusto 12/07 a 02/08 2ª feira, das 19:30 às 22:30

CENOGRAFIA

CURSO DE CENOGRAFIA E DIREÇÃO DE ARTE Paulo Flaksman 12/07 a 04/08 2ª e 4a feira, das 19:30 às 22:00

DRAMATURGIA

ESCREVENDO A CENA Renato Icarahy 13/07 a 29/07 3ª e 5a feira, das 19:30 às 22:00

INTERPRETAÇÃO

MEMÓRIA E MÚSICA: ESTÍMULOS À CRIAÇÃO DO ATOR Kelzy Ecard / Joana Lebreiro 13/07 a 27/07 3ª e 5ª feira, das 15:00 às 17:30

O ATOR: CORPO INTELIGENTE E O ARTISTA CRIADOR Celina Sodré 13/07 a 29/07 3ª e 5ª feira, das 10:30 às 13:00

CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO DO ATOR/PERSONAGEM Thierry Tremouroux 12/07 a 28/07 2ª e 4ª feira, das 15:00 às 17:30

SHAKESPEARE X STANISLAVSKI David Herman 12/07 a 28/07 2a e 4a feira, das 19:30 às 22:00

O MOVIMENTO, O LÚDICO E O CRIATIVO Lourival Prudêncio

Leila Rouvier 13/07 a 29/07 3ª e 5ª feira, das 15:00 às 17:30

APRENDENDO A CONTAR HISTÓRIAS Priscila Camargo 17/07 a 07/08 Sábados, das 10:00 às 13:00

MERGULHO TEATRAL

MERGULHO TEATRAL Turma A Fernando Bohrer

Paulo Trajano 13/07 a 29/07 3ª e 5ª, das 10:00 às 13:00

MERGULHO TEATRAL Turma B Arnaldo Marques Claudia Mele 12/07 a 28/07 2ª e 4ª, das 14:00 às 18:00

MERGULHO TEATRAL Turma C Ana Elisa Paz Claudia Mele 13/07 a 29/07 3ª e 5ª, das 19:00 às 22:40

INICIAÇÃO TEATRAL

DESCOBRINDO O ATOR QUE HÁ EM VOCÊ David Herman 13/07 a 29/0 3a e 5a feira, das 16:00 às 18:30

SERÁ QUE EU DOU PARA ISSO? Ulysses Levi 12/07 a 28/07 2ª e 4a feira, das 19:30 às 22:00

INICIAÇÃO TEATRAL Claudia Provedel 17/07 a 07/08 Sábados, das 10:30 às 13:30

CORPO

SUZUKY E VIEWPOINTS Nuno Gil 20/07 a 30/07 3ª a 6ª feira das 10:15 às 13:30

PALHAÇO

O CLOWN MODERNO Thierry Tremouroux 13/07 a 29/07 3a e 5a feira, das 19:30 às 22:00

CANTO

TÉCNICA DE CANTO PARA ATORES Aurélio Vinicius Melleh 3ª e 5ª feira (ver horário no site da CAL)

site da CAL: http://www.cal.com.br/livres.htm

Cia. O Cidadão de Papel apresenta "Negreiros" (Itapuã, BA)

a obra de Castro Alves inspirou o espetáculo

Companhia de Teatro O Cidadão de Papel


Contatos: Leandro Rocha – (71) 8622-2519 / Marcos Oliveira – (71) 8868-9483

Donminique Azevedo/Ascom – (71) - 87052854

E-mail- azevedo.dom@gmail.com  / leocidadao@yahoo.com.br

NEGREIROS: Um grito no escuro!

ESTAMOS EM PLENO MAR...

Em cena, um monólogo de Leandro Rocha inspirado livremente na obra, “Os Escravos”, de Castro Alves propõe uma reflexão sobre racismo. De 01 a 10 de julho, todas as quintas, sextas e sábados, as 20h. A “Companhia de Teatro O Cidadão de Papel” volta a inovar ao trazer uma peça, pela segunda vez, ao Espaço Cultural Casa da Música, Parque Metropolitano do Abaeté, Itapuã. Além disso, este ano, o espetáculo é um dos concorrentes do Festival de Teatro de Ipitanga, em Lauro de Freitas, Ba.

Com “Negreiros”, Leandro Rocha (autor, ator e diretor do espetáculo) pretende questionar o mito da democracia racial. Para tanto, baseia-se na obra lírico-amorosa do poeta baiano que transita no universo do negro escravo, cativo e maltratado.

A ironia configura-se num recurso lingüístico bastante utilizado pela direção. A idéia consiste em criar paralelos que representem poeticamente causas, efeitos e conseqüências das situações delicadas às quais a população negra é diariamente exposta.

Piroco, um personagem cego, traduz através de feedback, um universo simbólico repleto de preconceitos, dor, impotência e medo. Num ato de desespero tranca-se num porão e afirma que não precisa sair daquele lugar. Propõe-se refletir criticamente sobre a existência ou não da escravidão mental.

Na primeira temporada “Negreiros” abriu as atividades artístico-culturais realizadas pela Casa da Música nos meses de maio e junho. Vinculada ao espetáculo o público pode conferir, no Foyer, a exposição de Amarildo Moreira que ressaltava a beleza e o vigor de mulheres e homens negros.

“Negreiros” é a sexta montagem realizada pela “Companhia de Teatro O Cidadão de Papel” nos últimos anos, todas abordando temáticas de cunho social como direitos humanos, fome, prostituição infantil, preconceito racial e social, homofobia, dentre outros, sempre com o objetivo de mobilizar o público para uma tomada de atitude diante dessas situações. O espetáculo marca também os 10 anos de atividade ininterrupta da Cia. Na ocasião foram sorteados exemplares do livro “O Cidadão de Papel” escrito pelo jornalista Gilberto Dimenstein, com o objetivo de premiar a platéia.

Para Leandro Rocha, “é preciso vencer a escravidão mental”. Num estado onde mais de 70% da população é negra, o autor considera ser imprescindível debater o racismo desde suas raízes históricas e se vale das poesias do “Poeta dos Escravos” como ferramenta inicial para o fomento da discussão racional acerca dos resquícios da escravidão no mundo.

A montagem mistura cinema e teatro como um recurso cênico para ambientar o tempo em que se passa a história, também com o objetivo de fundir as duas artes, que se completam, dando mais dinamismo à peça. Para tanto, conta com o ator Roberto Salles (A invasão, Solos do Brasil, etc.) convidado para atuar em um das cenas gravadas, cenas estas que compõem o espetáculo.

A ambientação cênica concebida pelo grupo Oficina Cênica (A dengue Dengosa, Sem Noção, etc.) que também desenvolveu o figurino, aproxima o público da temática discutida no trabalho, possibilitando ao mesmo um mergulho na pesquisa feita para a montagem.

A maquiagem foi elaborada por Marie Thauront (Seu Bonfim, Policarpo Quaresma, Comédia do Fim, etc.) contando com técnicas de maquiagem usadas em cinema, fortalecendo a proximidade que o público tem ao assistir o espetáculo, dando mais veracidade ao personagem.

Na preparação corporal, assistência de direção e iluminação, Marcos Oliveira (Espetáculos O Cidadão de Papel, Trama dos Arteiros, Sem Noção, etc.) que pesquisou uma iluminação que relembrassem os porões dos “Navios Negreiros” e o mar, citados nas poesias de Castro Alves.

Já a inédita trilha sonora, assinada por Leandro Rocha (As Troxâs, Fome, Sem Noção, etc.) mescla as heranças musicais vindas da Europa e da África. O objetivo é dar ênfase na musicalidade Erudita e nos tambores africanos. Como uma tradução da representatividade desta mistura na Bahia.

SERVIÇO:

O QUÊ: Espetáculo Negreiros

QUANDO: 01 A 10 DE JULHO DE 2010

QUANTO: Gratuito

ONDE: Espaço Cultural Casa da Música, Parque Metropolitano do Abaeté, Itapuã

FICHA TÉCNICA

Texto, Direção e Atuação: Leandro Rocha.

Preparação corporal, Assistência de Direção e Iluminação: Marcos Oliveira.

Cenário e Figurino: Oficina Cênica

Maquiagem: Marie Thauront

Trilha sonora: Leandro Rocha

Músicos: Danilo Santana, Atanaelson Santos e Isaac Ribeiro.

Câmera: Danilo Umbelino

Locução: Wilson Militão

Edição de Imagens: Allan Costa

Edição de Som: M.Jay

Ator convidado (imagens): Roberto Salles

Artista Plástico (pinturas em telas): Amarildo Moreira

Fotógrafo: Rafael Martins

Design Gráfico: Tarsis Melo

Assessoria de imprensa: Donminique Azevedo

Contra Regras: Suzi Nascimento, Karol Mass, Marli Sousa, Luz Falcão, Paulo Almeida.

XIV FESCETE apresenta "Ventos Caiçaras" na quinta-feira(Santos, SP)

“Ventos Caiçaras” traz aos palcos a cultura popular litorânea


Espetáculo é fruto de pesquisas acadêmicas e em comunidades isoladas.apresentação faz parte da programação do XIV FESCETE

A cultura popular caiçara é o que move o Núcleo Rosa do Mar, do Teatro do Pé, a explorar suas aspirações artísticas. Fruto deste trabalho é o espetáculo “Ventos Caiçaras”, que será apresentado nesta quinta, dia 1º de julho, a partir das 20 horas, no Teatro Guarany. A apresentação, que tem entrada franca, faz parte da programação do XIV FESCETE – Festival de Cenas Teatrais, que teve início em 18 de junho e vai até esta sexta, 2 de julho.

O Teatro do Pé surgiu em dezembro de 2003, em Santos, reunindo artistas em torno de uma pesquisa comum: a cultura popular. Em dezembro de 2007 foi criado dentro do grupo o Núcleo Rosa do Mar, reunindo novos integrantes em torno da pesquisa sobre cultura popular caiçara, que resultou no espetáculo “Ventos Caiçaras”, dirigido por Mateus Faconti.

A pesquisa teve início com a busca de fontes bibliográficas e entrevistas com diversos profissionais, tendo a orientação do maior especialista em cultura caiçara da atualidade, o Prof. Dr. Carlos Antonio Diegues, da Universidade de São Paulo (USP). Partindo para a pesquisa de campo, o grupo fez duas viagens para vilas de pescadores e comunidades isoladas do litoral sul de São Paulo e norte do Paraná, como Ariri, Barra do Ribeira, Barra do Ararapira e Vila do Prelado, onde conviveu com a gente caiçara e seus costumes, etapa fundamental de onde emergiram as cenas que compõem o espetáculo, criadas pelos próprios atores em processo colaborativo. O fandango, dança típica do caiçara, por exemplo, é presença forte no espetáculo.

Em “Ventos Caiçaras”, Felício é um morador de uma isolada comunidade caiçara do litoral sul de São Paulo. Violeiro de fandango, é pescador e exímio preparador de cataia, cachaça artesanal da região. Apesar de amar sua gente, decide tentar outras sortes em uma cidade grande. Ao despedir-se de seus amigos ele solicita ao compadre João Dias que distribua garrafas de cataia entre pessoas queridas. O espetáculo acompanha o destino de cada cataia, mostrando histórias de cada um dos que as receberam, além de contar a jornada de Felício, expondo um raro manancial cultural de pasquins, lobisomens, pesca, religiosidade, jeito simples e espontâneo, resultando numa intensa experiência dos ventos caiçaras.

Serviço

Espetáculo “Ventos Caiçaras” - Núcleo Rosa do Mar – Teatro do Pé

Direção: Mateus Faconti

Quinta-feira, 1º de julho - 20 horas

Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100)

Gratuito

Ficha técnica

Direção

Mateus Faconti

Assistência de direção e dramaturgia

Daniel Lopes

Elenco

Danilo Nunes

Ernani Sequinel

Fabíola Nascimento

Márcia Marques

Zecarlos Gomes

Direção musical

Alexandre Birkett

Preparação Vocal

Marcella Martinez

Consultoria musical – rabeca

Filpo Ribeiro

Cenário

Gilson de Melo Barros

Figurinos

Waldir Correa

Iluminação

Leandro Taveira

Livros do ator, diretor e crítico teatral Alberto Guzik


Veja alguns dos livros publicados por Alberto Guzik


pela Livraria da Folha

Alberto Guzik, 66, morreu neste sábado (26) em São Paulo. Fundador e diretor pedagógico da SP Escola de Teatro e nome importante da cena paulistana, ele sofria de câncer de estômago e estava internado no Hospital Santa Helena desde fevereiro.

Entre suas atividades dando aula, dirigindo, atuando e escrevendo críticas teatrais, Guzik publicou vários livros. Confira abaixo alguns de seus trabalhos literários.

"TBC: Crônica de um Sonho" - Editada pela Perspectiva em 1986, a obra conta a história do Teatro Brasileiro de Comédia. Usando sua prosa de escritor, Guzik traz uma visão lúcida e empática do que foi esta companhia.

"O Que é Ser Rio, e Correr?" - Neste livro o autor mescla realismo e fluxo de consciência ao narrar a vida de pessoas que estão em situações angustiantes. A publicação foi lançada pela editora Iluminuras, em 2002.

"Cultura e Elegância" - Nesta coletânea da Editora Contexto, lançada em 2005, diversos autores se reuniram para responder com pequenos textos à seguinte pergunta: o que se deve fazer e o que é preciso conhecer para ser uma pessoa culta e elegante?. Guzik foi um deles.

"Os Satyros" - Após conviver diariamente com um dos grupos de teatro mais ativos, polêmicos e premiados do Brasil, Guzik relatou a trajetória da companhia "Os Satyros" neste livro publicado pela Imprensa Oficial em 2006. Cotação: fraco.

terça-feira, 29 de junho de 2010

atriz: Rosane Mulholland

hoje tem DO CLAUSTRO, no SESC Consolação, 21h (São Paulo, SP)

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leia a matéria da revista Brasileiros:


terças e quartas, 21h  / SESC Consolação
até 14 de julho

R.E.M., Strindberg por Luiz Valcazaras, no Satyros 2 (São Paulo, SP)

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Curso de Teatro do Oprimido, com Raúl Shalom (CELCIT)


Centro Latinoamericano de Creación e Investigación Teatral

1975-2010.

35 años al servicio del teatro argentino y latinoamericano

http://www.celcit.org.ar/

Talleres internacionales 2010

TEATRO DEL OPRIMIDO: TEATRO-FORO COMO HERRAMIENTA DE TRABAJO EN LA EDUCACION FORMAL Y NO FORMAL /Raúl Shalom

8 al 12 de noviembre, de lunes a viernes de 14.30 a 18.30
Para actores y no actores interesados en participar de actividades artísticas con fines pedagógicos, artistas interesados en nuevas metodologías de expresión y participación (teatristas, músicos, artistas plásticos, etc.), integrantes de entidades educativas primarias y secundarias, estudiantes y docentes de institutos de formación docente, educadores no formales, referentes comunitarios, miembros de organizaciones barriales

JUSTIFICACION. El taller propone herramientas artísticas basándose en la metodología de Teatro del Oprimido para enriquecer y acercar los lenguajes artísticos (teatro, música y artes audiovisuales) a personas que desempeñen diversos roles educativos en el ámbito formal y no formal. Se trata de brindar herramientas de tipo lúdico y artístico que puedan ser apropiadas por los participantes para utilizar tanto en la réplica de los talleres de Teatro del Oprimido como en su trabajo diario, a la vez que permitan ampliar el horizonte de sus miradas y así enriquecer su labor, desde una perspectiva que promueve la construcción conjunta de nuevas estrategias educativas en el contexto de la educación formal y no formal. Asimismo, se intenta crear un espacio de encuentro que fortalezca los vínculos entre los participantes y entre las organizaciones e instituciones a las que éstos pertenecen.

METODO DE TRABAJO. Es un taller vivencial, se trata de un conjunto de juegos, ejercicios y técnicas particulares que pretende hacer de la actividad teatral -como convergencia de diversas disciplinas artísticas- un instrumento eficaz para la comprensión y la búsqueda de soluciones a problemas sociales, intentando crear desde los talleres y el escenario una reflexión que conduzca a la acción fuera de los mismos. Basado en propuestas de Paulo Freire, Bertolt Brecht y principalmente Augusto Boal y su Teatro del Oprimido, pretende abordar la escenificación de conflictos a través de una dinámica que invita a actuar y hacer actuar alternativas de cambio en escena; en este aspecto la metodología pone en un mismo plano al actor con el espectador creando al espectador; generando así un debate y una problematización conjunta, que pretende constituirse como un ensayo de nuestro actuar y hacer actuar en la vida cotidiana. Es dialogar en acción.
OBJETIVOS: 1. Capacitar a personas del arte, la cultura, la educación formal y no formal como multiplicadores de la experiencia. 2. Crear piezas de Teatro Foro que nos permita reflexionar y criticar constructivamente sobre los conflictos y jugar posibles modificaciones de la realidad social.

RAUL SHALOM. Actor, director teatral, psicólogo social, educador popular. Miembro del grupo de Teatro Comunitario La Mueca. Coordinador pedagógico del equipo Animadores Hospitalarios en el Hospital Ricardo Gutiérrez, Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, y Asociación Civil Redar. Capacitador Proyecto de Talleres Pedagógicos de Teatro del Oprimido, San Salvador de Jujuy, Valle de Calamuchita Córdoba y Córdoba Capital. Coordinador Teatro Foro con presos con salida transitoria de la Unidad Penitenciaria 19 de Ezeiza. Capacitador en Construcción de Redes Sociales y Culturales, Secretaría de Cultura de la Nación, Ministerio de Desarrollo Social de la Nación. Coordinador del Primer Congreso de Gestión Participativa del Carnaval Porteño, Programa Carnaval Porteño, Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires. Coordinador de la Escuela de Arte Popular, Coordinador y Capacitador de Teatro Popular Juvenil, Asociación Civil El Culebrón Timbal, Moreno, Provincia de Buenos Aires.

Más información en la sección Cursos de http://www.celcit.org.ar/
Informes e inscripción: Moreno 431, Buenos Aires. Teléfono: (5411) 4342-1026.
e-mail: correo@celcit.org.ar
Horario de atención: lunes a sábados de 10 a 13; lunes a jueves de 18 a 21

Crítica de "Perdoa-me por Me Traíres" (Rio de Janeiro, RJ)

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Nanda Rovere indica "Abracadabra" no Teatro Eva Herz (São Paulo, SP)

Nanda Rovere

Sinopse da peça


Após as temporadas no Teatro Sesc-Anchieta e no Teatro Eva Herz estreia uma Terceira Temporada numa única noite infinita no Teat(r)o Oficina - é a Maratona de Abracadabras

29/06 terça- feira

às 22.00

às 23.00

às 00.00

R$10

ABRACADABRA

solo de Luiz Päetow (Prêmio Shell 2009 por "Music-Hall") - um monólogo inovador no qual a plateia recebe lanternas e se torna responsável por aquilo que todos irão enxergar imersos na completa escuridão da cena
o espetáculo oferece ao público a experiência de se aventurar em um estado íntimo - silencioso - secreto no qual a sua consciência se torna o palco a dramaturgia - nascida nas ruas - provoca uma reflexão sobre o nosso papel de espectadores diante da máquina da vida e assim no espaço sagrado por excelência -o Teatro- promovemos uma reavaliação dos diversos aspectos político-social-existencial na contramão de tanta poluição visual-sonora-psicológica o Encontro Teatral pode nos alimentar ao revolucionar o modo como enxergamos as coisas.

XIV FESCETE apresenta a peça "Ventos Caiçaras" (Santos, SP)




“Ventos Caiçaras” traz aos palcos a cultura popular litorânea


Espetáculo é fruto de pesquisas acadêmicas e em comunidades isoladas. Grupo também realiza oficina sobre o tema, dentro da programação do XIV FESCETE

A cultura popular caiçara é o que move o Núcleo Rosa do Mar, do Teatro do Pé, a explorar suas aspirações artísticas. Fruto deste trabalho é o espetáculo “Ventos Caiçaras”, que será apresentado nesta quinta, dia 1º de julho, a partir das 20 horas, no Teatro Guarany. A apresentação, que tem entrada franca, faz parte da programação do XIV FESCETE – Festival de Cenas Teatrais, que teve início em 18 de junho e vai até esta sexta, 2 de julho. O grupo também promove oficina gratuita de cultura caiçara, nesta terça e quarta.

O Teatro do Pé surgiu em dezembro de 2003, em Santos, reunindo artistas em torno de uma pesquisa comum: a cultura popular. Em dezembro de 2007 foi criado dentro do grupo o Núcleo Rosa do Mar, reunindo novos integrantes em torno da pesquisa sobre cultura popular caiçara, que resultou no espetáculo “Ventos Caiçaras”, dirigido por Mateus Faconti.

A pesquisa teve início com a busca de fontes bibliográficas e entrevistas com diversos profissionais, tendo a orientação do maior especialista em cultura caiçara da atualidade, o Prof. Dr. Carlos Antonio Diegues, da Universidade de São Paulo (USP). Partindo para a pesquisa de campo, o grupo fez duas viagens para vilas de pescadores e comunidades isoladas do litoral sul de São Paulo e norte do Paraná, como Ariri, Barra do Ribeira, Barra do Ararapira e Vila do Prelado, onde conviveu com a gente caiçara e seus costumes, etapa fundamental de onde emergiram as cenas que compõem o espetáculo, criadas pelos próprios atores em processo colaborativo. O fandango, dança típica do caiçara, por exemplo, é presença forte no espetáculo.

Em “Ventos Caiçaras”, Felício é um morador de uma isolada comunidade caiçara do litoral sul de São Paulo. Violeiro de fandango, é pescador e exímio preparador de cataia, cachaça artesanal da região. Apesar de amar sua gente, decide tentar outras sortes em uma cidade grande. Ao despedir-se de seus amigos ele solicita ao compadre João Dias que distribua garrafas de cataia entre pessoas queridas. O espetáculo acompanha o destino de cada cataia, mostrando histórias de cada um dos que as receberam, além de contar a jornada de Felício, expondo um raro manancial cultural de pasquins, lobisomens, pesca, religiosidade, jeito simples e espontâneo, resultando numa intensa experiência dos ventos caiçaras.

Oficina

Visando multiplicar o conhecimento sobre a cultura popular caiçara, o Núcleo Rosa do Mar ministra oficinas sobre o tema. Dentro da programação do FESCETE, é realizada a Oficina Teatral “Cultura Caiçara”, nesta terça e quarta, dias 29 e 30, das 14 às 18 horas. As inscrições podem ser feitas no Tescom – Escola de Teatro, que fica na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 195. O telefone é 3233-6060.

Serviço

Espetáculo “Ventos Caiçaras” - Núcleo Rosa do Mar – Teatro do Pé

Direção: Mateus Faconti

Quinta-feira, 1º de julho - 20 horas

Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100)

Gratuito

Ficha técnica

Direção

Mateus Faconti

Assistência de direção e dramaturgia

Daniel Lopes

Elenco

Danilo Nunes

Ernani Sequinel

Fabíola Nascimento

Márcia Marques

Zecarlos Gomes

Direção musical

Alexandre Birkett

Preparação Vocal

Marcella Martinez

Consultoria musical – rabeca

Filpo Ribeiro

Cenário

Gilson de Melo Barros

Figurinos

Waldir Correa

Iluminação

Leandro Taveira

segunda-feira, 28 de junho de 2010

atriz: Bia Meinberg


terça-feira, DO CLAUSTRO, no SESC Consolação (São Paulo, SP)

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Morre aos 66 anos o ator, diretor e jornalista Alberto Guzik (São Paulo, SP)

Guzik sofria de câncer no estômago e estava internado desde fevereiro

PEDRO DA ROCHA - Agência Estado

Morreu na manhã deste sábado, 26, aos 66 anos, o jornalista, ator, diretor e escritor Alberto Guzik. Ele sofria de câncer no estômago e estava internado no hospital Santa Helena desde fevereiro. A cerimônia de cremação foi realizada por volta das 16 horas.

Alberto Guzik nasceu em São Paulo, no ano de 1944, e estreou no teatro aos cinco anos. Graduado em direito, se formou mestre em teatro pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).

Trabalhou para o Jornal da Tarde, como crítico teatral e repórter especial, e para o jornal O Estado de S. Paulo, como colaborador do Caderno 2.

Escreveu as peças Um Deus Cruel e Errado, dentre outras. Como ator, trabalhou no teatro e na televisão. Também ajudou a criar a SP Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco.

José Cetra comenta (São Paulo, SP)

José Cetra

Caras e caros:


Como é bom ver um bom espetáculo de teatro!! E ando com sorte nestas duas semanas: vi três jóias das quais a mídia pouco fala, pois os espaços da mesma estão lotados de futebol, de aventuras extra conjugais da Ana Maria Braga e, no que se refere a teatro, de notícias e de críticas dos espetáculos comerciais geralmente com atores globais.

Acabo de voltar do SESC Consolação, onde fui ver "REBU" com o grupo do Teatro Independente do Rio. Esta foi a terceira jóia. Texto sarcástico, cheio de reviravoltas e surpresas do Jô Bilac, uma direção com ênfase no gestual e interpretações exagerados e um elenco de primeira. IMPERDÍVEL!!! (às quintas e sextas, às 21h, até 30/07).

Outra preciosidade: "ASTROS, PATAS E BANANAS" (no TUSP, só até domingo), com o grupo Katharsis de Sorocaba, onde brilha uma grande estrela: Andréia Nhur. Uma obra prima!

A última jóia já saiu de cartaz: "ACORDA, ZÉ! A COMADRE`TÁ DE PÉ!" com o grupo Moitará, também do Rio ( Pra tapar a boca dos que falam que no Rio só se faz besteirol), espetáculo raro na sua aparente simplicidade, misturando cordel com commedia dell'arte.

Eu queria compartilhar essa alegria com aqueles que, como eu, amam o teatro. Pouco divulgados, esses espetáculos correm o risco de passarem desapercebidos, enquanto "Cats" brilha nos luminosos dos jornais e da Brigadeiro, trazendo multidões de Santa Bárbara D'Oeste e de Americana.

VIVA O BOM TEATRO!!!

Zé Cetra.

XIV FESCETE discute produção cultural na Baixada Santista (SP)

SESC Santos

Artistas discutem rumos da produção cultural na Baixada


Mesa redonda promovida pelo XIV FESCETE traz importantes nomes da área artística da região

Os caminhos que a arte deve tomar na região serão debatidos por importantes nomes da cultura na Mesa Redonda “Produção Cultural na Baixada Santista”. O encontro acontece neste domingo, dia 27, a partir das 15 horas, no auditório do Sesc-Santos, com entrada franca, e faz parte da programação do XIV Festival de Cenas Teatrais, o FESCETE, que começou no dia 18 e vai até 02 de julho.

A mesa terá a participação do diretor teatral e ex-secretário de Cultura de Santos, Tanah Corrêa, o ator e diretor José Luiz Moraes, da Secretaria de Cultura de São Vicente, a coordenadora do Festival Santista de Teatro (FESTA), Miriam Vieira, o produtor Alcides Mesquita, o ator e produtor Caio Martinez, da Trupe Olho da Rua, e o ator e produtor Leandro Taveira, do Teatro do Pé. Os participantes pretendem discutir e oferecer novas soluções e rumos para a produção cultural da Baixada Santista.

A entrada é gratuita, e os interessados devem retirar os ingressos na bilheteria do próprio Sesc, que fica na Rua Conselheiro Ribas, 136, na Aparecida. O debate não é recomendado para menores de 16 anos.

Cenas e espetáculo

A programação do XIV FESCETE continua neste domingo. Às 9 horas, no Tescom (Avenida Conselheiro Nébias, 195 - Santos) acontece a Roda de Partilha da Categoria Estudantil, das cenas apresentadas no dia anterior. Às 20 horas, ainda no Tescom, seguem as apresentações da mostra competitiva, categoria Adulto, com as cenas “Stela, um Sonho de Liberdade” (Gextus – UniSantos), “Fando e Lis” (Arte e Estudo) e “Ametista” (Grupo Artístico Rinocerontes). Os ingressos custam R$ 10,00. Às 22 horas, tem Roda de Partilha da categoria.

No Sesi, a partir das 19 horas, tem mais uma sessão do projeto Viagem Teatral, com o espetáculo adulto de horror-comédia “Nervo Craniano Zero”, com direção de Paulo Biscaia Filho. A peça não é recomendada para menores de 18 anos, e os ingressos devem ser retirados uma hora antes, no próprio Sesi, que fica na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 366.

O XIV FESCETE vai até dia 02 de julho. A programação completa pode ser consultada no http://www.estudiotescom.com.br/ . No site também podem ser votadas as melhores cenas. As vencedoras do voto popular em cada categoria receberão o troféu Iracema Paula Ribeiro.

Imprensa Tescom – Escola de Teatro e Agência de Artistas e Técnicos

Márcio Garoni

Oficina: Montagem de Contos para Narrar Cenicamente (CELCIT)


Centro Latinoamericano de Creación e Investigación Teatral

1975-2010.

35 años al servicio del teatro argentino y latinoamericano

http://www.celcit.org.ar/

Talleres internacionales 2010

MONTAJE DE CUENTOS PARA NARRAR ESCÉNICAMENTE (Narración oral para actores y narradores con experiencia previa). Taller de perfeccionamiento / Carlos Genovese (Chile)

25 al 29 de octubre, de lunes a viernes de 15 a 18.30

Para actores, actrices, narradores orales, dramaturgos, profesores, locutores, comunicadores sociales, estudiantes de teatro y toda persona interesada en el tema que haya hecho un curso de iniciación en narración oral de historias.

CONTENIDOS: Entregar a los actores, narradores y demás interesados recursos literarios, conceptuales, dramáticos, verbales, narrativos, espaciales y gestuales para el montaje o puesta en escena narrativa de un cuento oral. El temario comprende el proceso de la elección del cuento para narrar y su traslado desde lo literario a lo oral. La apropiación oral del relato, el uso de la primera y la tercera persona para contar. La estructura narrativa y dramática del relato. El espacio escénico del relato y del narrador. La diferencia de caracterización entre personaje literario, personaje dramático y personaje narrativo oral. El uso de metalenguajes y/o rasgos folklóricos o locales. La metodología consiste en trabajos prácticos y ejercicios sobre la base de relatos para montar aportados por el profesor y los participantes del taller. Con alcances y explicaciones teóricas en cada caso.

CARLOS GENOVESE. Actor, dramaturgo, narrador oral y docente chileno. Egresado de la Escuela de Teatro de la Universidad de Chile en 1970, con una vasta trayectoria en el ámbito escénico. Integrante del Teatro ICTUS de Santiago entre 1980 y 1994 donde participa como actor, autor y co-director. Se inicia en la narración oral en 1993, siendo un pionero de esta actividad en su país. Desde entonces ha participado en numerosos Encuentros y Festivales Internacionales de la Oralidad en Argentina, Paraguay, Colombia, Uruguay, Perú, Venezuela, España, Suecia e Italia. Es autor de los libros: "Las más bellas historias para ser contadas", "Manual de Teatro Escolar", escrito en colaboración con el dramaturgo Jorge Díaz, y de una veintena de obras de teatro estrenadas. En la actualidad, y desde 1995, reside cen al ciudad-puerto de Valparaíso, donde imparte talleres de narración oral, dramaturgia y guión cinematográfico en escuelas universitarias y dirige su propia Escuela del Relato. + info: http://www.carlosgenovese.blogspot.com/

Más información en la sección Cursos de http://www.celcit.org.ar/

Informes e inscripción: Moreno 431, Buenos Aires. Teléfono: (5411) 4342-1026.

e-mail: correo@celcit.org.ar

Horario de atención: lunes a sábados de 10 a 13; lunes a jueves de 18 a 21

Iphan tomba o Oficina (São Paulo, SP)

Teatro Oficina

Teatro Oficina é tombado pelo Iphan


Depois de anos de espera, o Teatro Oficina, localizado na Rua Jaceguai, no Bixiga, em São Paulo, foi tombamento em votação unânime realizada na última quinta-feira (24/06) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O acontecimento histórico foi realizado no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Depois de aprovada, a decisão precisa ser homologada pelo Ministro da Cultura Juca Ferreira.

Com projeto arquitetônico assinado pela brasileira Lina Bo Bardi em 1986, o Oficina é um dos mais importantes teatros brasileiros, tendo papel de resistência na época da ditadura militar e de importantes experimentações artísticas. Ao longo de 30 anos de disputas com o Grupo Silvio Santos, dono de grande parte dos imóveis da vizinhança, o espaço havia sido ameaçado de sucumbir – tendo sido comprado pelo Governo do Estado para continuar funcionando -, e de ter seu entorno modificado com a criação de um Shopping Center e um conjunto residencial no local, projetos do dono do SBT. Preocupado que a estrutura do teatro pudesse ser ameaçada por essas construções, o diretor José Celso Martinez Corrêa pediu a Gilberto Gil, Ministro da Cultura em 2003, para providenciar o tombamento.

Com a expectativa se confirmando, o teatro terá preservada sua vegetação e iluminação natural, possibilitados graças a parede envidraçada de 150 m² e a um teto móvel, elementos visuais que interferem intimamente na criação artística e estética do Oficina. Isso porque quando um edifício é tombado, sua vizinhança precisa de aprovação do Iphan para ser modificada, de forma a não interferir no projeto arquitetônico do local tombado.

O Oficina já havia sido tombado em esfera estadual pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) em 1983, mas isso não impediu que os projetos de Silvio Santos continuassem. Com o tombamento, o Oficina tem a esperança de conseguir finalmente realizar o projeto do Teatro de Estádio, também arquitetado por Lina Bo Bardi nos anos 1980. Inclusive, Zé Celso espera que o próprio grupo Silvio Santos possa participar dessa construção

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Espetáculos de Roberto Cordovani no Teatro Brigadeiro (São Paulo, SP)

Isadora Duncan

CIA INTERNACIONAL DE TEATRO DE REPERTÓRIO ARTE LIVRE ESTRÉIA PEÇA O QUARTO DE GIOVANNI, NO TEATRO BRIGADEIRO


Crédito das fotos:


O Quarto de Giovanni: Fotógrafo Willian Ambrózio
Isadora Duncan: Fotógrafo Willian Dias

Adaptação da obra do autor norte americano James Baldwin, texto é um clássico da literatura gay que conta a história de amor entre dois homens. Montagem tem direção de Roberto Cordovani, ator premiado na Europa por interpretar mulheres como Greta Garbo e Eva Perón, que irá encenar também ISADORA DUNCAN, A REVOLUÇÃO NA DANÇA

Adaptação da obra do autor norte americano James Baldwin, espetáculo O QUARTO DE GIOVANNI estréia dia 8 de julho, quinta-feira, às 21h, no TEATRO BRIGADEIRO. Clássico da literatura gay, texto conta a história de amor entre dois homens. Montagem, que tem texto e direção de Roberto Cordovani, marca a volta ao Brasil da Cia Internacional de Teatro de Repertório Arte Livre. Durante a temporada no Brasil Cia apresenta também a peça ISADORA DUNCAN, A REVOLUÇÃO NA DANÇA, que estréia no sábado, dia 3 de julho, às 19h e fica em cartaz em horário alternativo.

Ambientada na boêmia Paris dos anos 50, O QUARTO DE GIOVANNI tem como tema principal o despertar de um homem diante sua verdadeira natureza homossexual. Na peça, David, um americano que vive em Paris conhece Giovanni, um belo italiano, num bar gay. Seduzido e alcoolizado, David aceita passar a noite com Giovanni. E essa noite se prolonga até se converter em três meses de paixão no quarto de Giovanni onde o moço americano buscará refúgio e encontrará amor.

Incapaz de enfrentar a nova vida que se abre ante ele, e o seu amor por um homem (Giovanni), David foge covardemente quando sua namorada Hella regressa à Paris. Nesta história, Baldwin integra o desejo numa trama que desenvolve o “problema” da homossexualidade em esquemas culturais mais amplos. “A emoção é o mais importante no espetáculo, o conflito entre pessoas. Mostra o preconceito que existe contra os homossexuais, e entre eles próprios”, afirma o diretor Roberto Cordovani.

Montagem tem estética minimalista, utilizando o mínimo de elementos. Cordovani assina luz, som, cenário e figurino, este último com Bárbara SanMartin. O cenário, é composto por um tablado fixo, que serve de cama e uma cortina onde são projetadas algumas imagens. A luz trabalha com recortes cinematográficos. Os figurinos apresentam peças dos anos 50. A trilha sonora é pontuada com som de uma máquina de escrever e apresenta músicas contemporâneas.

Fundada em 1981, por Cordovani em São Paulo, a Cia vive há 24 anos na Europa, atualmente estão radicados na Espanha (Galícia), onde há cinco anos mantêm o Teatro Arte Livre que e é subvencionado pelo governo da Galícia (Espanha). Seus espetáculos foram apresentados em mais de 300 cidades da Europa, conquistando prêmios em Festivais na França, o de melhor ator em Londres, Festival de Outono de Madri, e os prêmios de Santiago de Compostela de Teatro, além do Festival Internacional de teatro de Edimburgo (Escócia). A última vez que estiveram no Brasil foi em 2001, com os espetáculos Olhares de Perfil (O mito de Greta Garbo), Os Efeitos dos Raios Gama nas margaridas do campo, ambos no T.B.C e Lola, o musical proibido pelo nazismo, no Teatro Popular do SESI em São Paulo.

“Nossa intenção é voltar pelo menos uma vez por ano ao Brasil para apresentar nossos espetáculos e também levar trabalhos daqui para se apresentarem lá no nosso teatro”, finaliza o diretor, que aproveita a estada em São Paulo para apresentar a peça ISADORA DUNCAN, A REVOLUÇÃO NA DANÇA. Cia ficará no Brasil até outubro, neste período farão apresentações de O Quarto de Giovanni e Isadora Duncan em algumas capitais e participam do Festival 17 º Porto Alegre em Cena com o espetáculo Dr. Jekyll & Mr. Hyde (O Médico e o Monstro).

Baseada na autobiografia da revolucionária e célebre bailarina norte-americana, o espetáculo ISADORA DUNCAN estréia dia 3 de julho, sábado, às 19h, no TEATRO BRIGADEIRO. Com texto, direção e interpretação de Roberto Cordovani, montagem abrange os principais acontecimentos da vida da artista. Peça estreou em 2000, em Portugal e neste mesmo ano se apresentou no Brasil, em uma temporada em Belo Horizonte, no ano seguinte na Espanha e Bolivia

Contada em primeira pessoa, encenação apresenta as diversas personagens e acontecimentos que fizeram da vida da bailarina um referencial de liberdade, revolução, arte e tragédia. Nesta obra teatral são recriadas cinco coreografias extraídas dos desenhos do consagrado escultor francês Auguste Rodin que, durante ensaios de Isadora, desenhou as posturas da bailarina inspiradas na mitologia grega. Túnica utilizada no espetáculo foi criada pela Maison Chanel.

James Baldwin: Nasceu em Nova York, a 2 de agosto de 1924, neto de escravos e filho de um pastor batista, e o primeiro de nove filhos. Foi criado no Harlem, e seu aprendizado literário - grande parte do qual se deu em Greenwich Village, bairro boêmio de Nova York - foi uma luta contra as adversidades. James Baldwin teve uma infância miserável no Harlem, onde escreveu, aos 12 anos, sua primeira novela, Massacre, sobre a Guerra Civil Espanhola. Em seguida, veio a novela Cidade Sagrada, narrando o drama dos judeus de Berlim com a ascensão do nazismo. Mas foi em 1952, no bairro de Greenwich Village, onde trabalhava como biscateiro, lavando pratos ou entregando correspondência, que conseguiu publicar o romance Vá dizê-lo na montanha, vindo a receber reconhecimento da crítica e uma bolsa de estudos na Europa, onde se radicou.

A partir de então, Baldwin deu sequência a uma obra literária de caráter marcadamente pacifista, que propunha a harmonia racial ao modo do pastor protestante Martin Luther King, com livros que logo se celebrizaram, como Numa Terra Estranha e Da Próxima Vez, o Fogo. O Quarto de Giovanni, um de seus romances mais conhecidos no Brasil, trata do homossexualismo e seus personagens são todos brancos. Em 1985, com uma de suas últimas obras, Mortes em Atlanta, o escritor abalou os Estados Unidos ao narrar o massacre de 28 crianças negras e pobres em Atlanta (sul do país) num estilo literário próximo ao jornalístico. Retornou aos Estados Unidos em 1957 e foi voz ativa, ao lado de Martin Luther King, na luta pela igualdade racial e social, da qual já participava como escritor. James Baldwin morreu em Saint-Paul de Vence, França, a 1 de setembro de 1987.

Roberto Cordovani:

Ator, autor, diretor, iluminador e produtor teatral. Fundador da Companhia Arte Livre do Brasil, em São Paulo, em 1981, e desde 1985 na Europa. Viajou com seus espetáculos por 9 países e 360 cidades da Europa. Como ator recebeu os Prêmios Compostela de Teatro, Festival de Outono de Madrid, Prêmio no Festival de Edimburgo e de melhor ator de Londres. Foi o primeiro latino a receber estas condecorações. Na Galícia dirigiu e representou, entre outras, as seguintes obras: Dr. Jekyll & Mr. Hyde (O Médico e o Monstro), Olhares de Perfil (O mito de Greta Garbo), O Retrato de Dorian Gray, Todos os Homens, Eva Perón, o Espetáculo, Isadora Duncan, Orlando, Belle Otero (O corpo que fala), Aurora Rodríguez e a sua filha Hildegard, Evita, Eva Perón, A volta do Parafuso, O Efeito dos Raios Gamma nas Margaridas do Campo, Infâmia As Bruxas de Salem, Aladín Perdido na Galiza. Autor do livro Teatro brasileiro na Galícia (Universidade da Coruña, 2002), é diretor e fundador do Teatro Arte Livre en Vigo e Dr.Jekyll e Mr.Hyde (O Médico e o Monstro).

Companhia Internacional de Teatro de Repertório Arte Livre do Brasil:

Fundada em 1981 em São Paulo a Cia Arte Livre está radicada desde 1985 na Espanha. Desde essa época percorreu nove países apresentando-se em 320 cidades Européias e conquistou, sempre em português, 14 prêmios internacionais, transformando-se em uma das mais estáveis companhias teatrais brasileiras na Europa. O convide para residir na Europa se deu quando a Cia foi convidada a encerrar o Festival Fitei, na cidade do Porto, em Portugal, com o espetáculo Amar, Verbo Intransitivo, que foi considerada a melhor peça daquele ano. Atualmente a Cia reside na cidade de Vigo, na Galícia, Espanha, onde há cinco anos mantêm um Teatro que leva o nome da Cia. Dentre os inúmeros espetáculos encenados pela Cia destacam-se: Olhares de Perfil, O Mito de Greta Garbo, com este espetáculo a Companhia já se apresentou mais de 1.500 vezes entre América do Sul e Europa e ganhou prêmios como o de melhor ator de Londres, Madrid, Santiago de Compostela e Escócia e Dr. Jekyll & Mr. Hyde (O Médico e o Monstro), uma super produção que estreou mundialmente no Teatro Arte Livre em Vigo, percorrendo Galícia, Murcia e Londres. A Cia encenou ainda algumas peças como: O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde; Todos os Homens, e Eva Perón, O Espetáculo. O espetáculo Olhares de Perfil, recebeu diversos prêmios de melhor espetáculo e melhor ator para Roberto Cordovani nos Festivais: Fitei, de Portugal (1987); Festival Internacional de Teatro Galego Português, na Espanha (1987); Festival Internacional de Teatro de Edimburgo, na Escócia (1988); Festival Carrefour de L’ Europe, na França (1988); e Festival Charrington London Fringe Awards, na Inglaterra (1989), entre outros.

Bruno Portela :

Radicado na Galícia (Espanha) é diretor de Produção da Cia Internacional de Teatro de Repertório Arte Livre e do Programa De Olho na Cultura, apresentado por Roberto Cordovani na Emissora Galega de Televisão Tele Vigo. Bruno Portela traz ao Brasil depois de dez anos a Cia Arte Livre fazendo a estréia mundial de O Quarto de Giovanni (direitos exclusivos no Brasil e Espanha) e Isadora Duncan, sendo também o agente internacional da Cia para diversos países e diversos festivais internacionais em que se apresentam.

Elenco

O Quarto de Giovanni:

Roberto Cordovani (Melhor ator de Londres, Madrid, Compostela – personagem: David),

Xan Guimarães (Ator convidado de Ibiza – personagem: Giovanni)

Bárbara SanMartin (America’s Favorite Miss – personagem: Hella)

Suzanah Borges (Atriz convidada – personagem: Guillaume)

Para Roteiro

O QUARTO DE GIOVANNI –

Estréia dia 8 de julho de 2010, quinta-feira, às 21h. Adaptação da obra do autor James Baldwin. Texto e Direção: Roberto Cordovani. Direção de Produção Internacional: Bruno Portela. Com Roberto Cordovani, Xan Guimarães, Suzanah Borges e Bárbara SanMartin. Duração: 1h30 minutos. Recomendação: 16 anos. Ingressos: R$50,00 (quintas) e R$60,00 (sexta a domingo). Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto. Quinta a sábado, às 21h. Domingo, às 19h. Até 15 de agosto.

SINOPSE:

Ambientada na boêmia Paris dos anos 50, O QUARTO DE GIOVANNI tem como tema principal o despertar de um homem ante a sua verdadeira natureza homossexual. Na peça, David, um americano que vive em Paris conhece Giovanni, um belo italiano, num bar gay. Seduzido e alcoolizado, David aceita passar a noite com Giovanni. E essa noite se prolonga até se converter em três meses de paixão no quarto de Giovanni onde o moço americano buscará refúgio e encontrará amor.

ISADORA DUNCAN, A REVOLUÇÃO NA DANÇA –

Estréia dia 3 de julho de 2010, sábado, às 19h. Texto e Direção: Roberto Cordovani. Direção de Produção Internacional: Bruno Portela. Elenco: Roberto Cordovani. Duração: 1 hora. Recomendação: 10 anos. Ingressos: R$40,00. Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto. Sábado, às 19h. Domingo, às 17h. Até 15 de agosto.

SINOPSE:

Baseada na autobiografia da revolucionária e célebre bailarina norte-americana, ISADORA DUNCAN abrange os principais acontecimentos da vida da artista. Contada em primeira pessoa, encenação apresenta as diversas personagens e acontecimentos que fizeram da vida da bailarina um referencial de liberdade, revolução, arte e tragédia.

Promoção de Domingo: Na compra dos dois espetáculos (O QUARTO DE GIOVANNI e ISADORA DUNCAN) ganhe 10% desconto.

Informações no blog: http://bpartelivre.blogspot.com/

TEATRO BRIGADEIRO – Av. Brigadeiro Luís Antonio, 884 – Bela Vista, telefones: 3115-2637 e 3107-5774. Capacidade 700 lugares. Bilheteria funciona de terça a domingo, das 14 horas até o horário da última peça. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Estacionamento conveniado na Av. Brigadeiro Luís Antonio, 759 a R$10,00. Café. Aceita cartão de débito. Vendas por meio do site: http://www.ingresso.com/ 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

atriz: Cris Kessler

Nanda Rovere comenta "Macbeth", com Renata Sorrah (São Paulo, SP)

Nanda Rovere

Clássico de William Shakespeare estreia em São Paulo


Considerada alicerce do teatro mundial, a peça é a mais curta e uma das obras mais contundentes de Shakespeare. É um projeto do ator Daniel Dantas, acalentado há anos.

Os ensaios para a montagem começaram no segundo semestre do ano passado, contando com um elenco de doze atores e a temporada aconteceu de janeiro a março no Teatro Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

O personagem do rei acompanha o artista desde o começo de sua carreira. No teatro, com o grupo Pessoal do Despertar, chegou a ensaiar para interpretá-lo, mas a montagem não estreou. Na TV, na minissérie da Rede Globo, Som e Fúria (2008), era um ator que daria vida a Macbeth. Na vida real, chegou a ensaiar o papel no início dos anos 80, mas o espetáculo acabou não estreando.

O ator considera Macbeth o melhor texto teatral já escrito e acredita que a estréia deste trabalho aconteceu no tempo certo, na sua maturidade profissional. Para ele, ao contrário do que se pensa, as tragédias de Shakespeare proporcionam não somente questionamentos, mas diversão, por conter um humor tênue nas suas criações.

O artista e toda a equipe apostam na atualidade das reflexões que a dramaturgia de Shakespeare suscitam: "Macbeth é o mais preciso e sucinto dos grandes textos de Shakespeare, e nosso desejo de fazê-lo apóia-se na crença de que o texto presta-se a uma montagem que se comunicará com a platéia da forma mais imediata, direta, simples e ao mesmo tempo ampla e profunda, como se o texto tivesse sido escrito há alguns meses, e não há quatro séculos", ressalta Dantas.

A tragédia do general que comete inúmeros assassinatos com a ajuda de sua mulher Lady MacBeth para assumir o trono da Escócia e manter-se no poder, fala de questões atemporais, como poder e ambição.

Mostra que estamos muito próximos da monstruosidade escondida nos seres humanos, os quais são capazes de atitudes desequilibradas. As nuances e oposições dos sentimentos e atitudes dos indivíduos são profundas. MacBeth é guerreiro, sonha com o trono, mas titubeia em alguns momentos. Lady Macbeth faz de tudo para fugir da fragilidade feminina e evoca a virilidade para sustentar as suas atitudes criminosas.

Com a intenção de facilitar a aproximação do público com a trama, a tradução, assinada por Aderbal Freire-Filho e João Dantas conversa com os dias de hoje, sem deixar de lado a poesia e a linguagem apurada dos diálogos.

Para evidenciar a atemporalidade dos atos cometidos pelos personagens, a encenação é viva, com referências à idade média e ao nosso tempo e promove a imaginação no cenário, figurino, iluminação, trilha e elementos de cena: Assim como Shakespeare incluía referências ao seu tempo nas palavras de seus personagens, incluímos referências ao nosso tempo, declara o diretor Aderbal Freire-Filho, que foi convidado por Dantas para fazer parte do projeto, assim como o restante do elenco.

Renata Sorrah vive Lady MacBeth. A atriz contracenou com Dantas na comédia Noite de Reis de Shakespeare e diz estar feliz em dividir o palco novamente com o colega, agora interpretando um casal apaixonado. A atriz conta que nunca assistiu a nenhuma montagem deste texto e num primeiro momento ficou em pânico. Aos poucos, foi buscar a humanidade da personagem, sem considerações sobre as suas atitudes e se atendo no seu amor pelo marido.

Apesar de ter experiência diversificada quanto aos estilos de interpretação, Renata é reconhecida por suas atuações trágicas. No teatro, entre os seus sucessos em São Paulo, merece destaque Mary Stuart, Rainha da Escócia. A atriz declara, no entanto, que a função do ator é viver com dedicação qualquer tipo de papel e diz que busca personagens instigantes, independentemente das obras se enquadrarem no gênero comédia ou drama.

Macbeth ficará em cartaz por quatro semanas no SESC Pinheiros. De 25/06 a 18/07. Sextas e sábados, 21h e domingos e feriado (dia 09/07), 18h. Tel. para informações: 11 3095.9400.

Nanda Rovere - 23 / 06 / 2010

Renata Sorrah e sua Lady Macbeth, de Shakespeare (São Paulo, SP)


Depois do Rio, ela traz a SP sua malévola personagem e fala sobre a peça ao diretor Gabriel Villela

"Uma atriz é o que o seu currículo diz", declarou certa vez Cleide Yáconis a Walderez de Barros. Renata Sorrah é uma espécie desta afirmação somada ao talento de Vanessa Redgrave e Judi Dench. E se eu fosse a rainha da Inglaterra a sagraria ‘Dame’ do teatro nacional. Contou-me um dia Maria Siman, produtora do espetáculo Macbeth, que Glória Menezes chamou a atriz carinhosamente assim: "Renata é um passarinho assustado!" Sua Lady Macbeth, nesta versão de Aderbal Freire-Filho, que estreia no Sesc Pinheiros na sexta-feira, para uma curta temporada, é estupenda, original, superlativa. Como Renata é na vida. Ou como a vida é estupenda, original e espetacular com ela.

Gabriel Villela - Você fez Mary Stuart e agora é Lady Macbeth. Duas vezes rainha da Escócia? É bruxaria, destino das grandes atrizes ou coincidência mesmo?

Renata Sorrah - E como são duas histórias próximas, não é? O filho de Mary Stuart foi para quem Shakespeare escreveu Macbeth. Foi um filho que não ligou muito pra mãe dele, meio que a deixou morrer, porque seria rei depois disso. São duas mulheres fortes, devastadoras. Mary é encantadora, Lady Macbeth é assustadora.

Villela - Medeia e Nazaré. Sobrou matéria-prima para a sua Lady Macbeth?

Renata - Sobrou, sim. Cada trabalho vai nos engrossando o caldo, mas agora é a vez de Shakespeare, o genial. No começo, pensei: "Meus Deus, como é que eu vou fazer?" Grandes atrizes já fizeram essa Lady. Judi Dench já fez... Outras tantas. Imagina? Mas decidi procurar o que há de humano nessa personagem. Não era possível que ela fosse uma mulher só malévola, fria...

Villela - Como tem sido comum nas montagens do Aderbal, em Macbeth a coxia também está sempre aberta para o público. Neste espetáculo, você fica sentada lá, à vista o tempo inteiro. Muitas vezes, me peguei olhando em sua direção. Você tem noção da potência dramática e do seu carisma no palco?

Renata - Eu me sinto fazendo parte de tudo. Nunca entendi esse jeito antigo de fazer teatro: com os atores conversando no camarim, esperando sua vez de entrar na cena. Adoro ver o Daniel Dantas atuando, observar como ele foi crescendo durante a temporada, perceber a linha de raciocínio do personagem.

Villela - Há uma inteligência manipuladora na atuação de sua personagem. Você vai levando Lady Macbeth como quem leva, nas costas, um tigre dominado.

Renata - A peça tem aquela cena em que ela desmaia. Shakespeare é incrível, ele não explica nada aos atores, não há rubricas, notas de rodapé... Então a gente não sabe por que ela desmaia. Eu, pelo menos, até hoje não sei. E não faz mal. Acho adorável não precisar saber de tudo. E faço do meu jeito: com um acúmulo de sentimentos que eu acho que ela tem.

Villela - A amoralidade de Lady Macbeth, articulando os meios para conquistar um fim - isso hoje não cabe no conjunto de regras do mundo ocidental.

Renata - É verdade. Eu acho que se ela fosse tão fria e má, não teria pedido apoio e força para todos os piores espíritos do mundo: "Venha, engrosse o meu sangue, tire meu sexo, seque meu leite, não quero ser feminina, quero ter todas as qualidades masculinas, coragem, força, não hesitação." E o Macbeth, que é sanguinário e facínora, hesita diante de coisas que ela não hesitaria. Acho isso muito lindo nela.

Houve um tempo em que as mulheres do mundo só podiam dizer três coisas: "Xô, galinha!", "Pra dentro, criança!" e "Sim, senhor!" Mary Stuart bradava: "Eu sou o rei!", na peça que dirigi com Renata Sorrah. Agora, Lady Macbeth surge também convocando forças masculinas. O diretor Aderbal Freire-Filho aproveitou isso muito bem e repassa para a interpretação de Renata o brado trágico, as forças viscerais, e mantém o Macbeth feito por Daniel Dantas mais racional, mais dado à reflexão e à metafísica. São duas interpretações que se completam e que renovam a forma de montar Macbeth. Por meio desses contrastes é que se criam novos parâmetros de entendimento da fábula e de percepção estética do texto shakespeariano. "Por isso é que resulta em um espetáculo vivo, fica uma leitura viva sobre o Macbeth, uma visão concreta, próxima do agora", diz Renata, na continuação de nossa entrevista.

Gabriel Villela - O que você viu e pesquisou para fazer a sua Lady Macbeth?

Renata Sorrah - Nunca vi nenhuma Lady Macbeth no palco, acredita Gabriel? Vi em vídeo a Judi Dench fazendo com Ian McKellen, e vi o filme Trono Manchado de Sangue, do Kurosawa, baseado na peça. Agora, ler eu li muito. O que existe de livro sobre Shakespeare dá para encher dez salas de Redação como esta imensa aqui do Estadão. Cada palavra que cada personagem diz tem um livro inteiro discorrendo sobre ela. Tivemos acesso, por exemplo, a um estudo só sobre as três batidas na porta que ocorrem em determinada cena de Macbeth. Sabe-se muito sobre Shakespeare.

Villela - E, ao mesmo tempo, nada se sabe...

Renata - Realmente. Você só vai saber quando está ali ensaiando, fazendo todas as tentativas, se entregando, sentindo, até chegar o momento em que você tem de fazer as suas escolhas para personagens tão ricos em possibilidades.

Villela - A tradução feita pelo próprio Aderbal e por João Dantas desce feito uma boa cachaça mineira pela garganta de todos os atores. Funciona e é brilhante. Vocês pensam em publicá-la?

Renata - Sim, há a ideia de um livro juntando as duas traduções do Shakespeare que o Aderbal fez e dirigiu recentemente, Hamlet e Macbeth.

Villela - Lady Macbeth manipula as andorinhas, o castelo, o rei, mensageiros, o oxigênio no pulmão do marido. Lida muito bem com forças demoníacas. E ainda enlouquece... Renata, como chegar em casa depois disso e dar um beijo no seu netinho?

Renata - Eu aprendi com o Amir Haddad. Ele me disse: "Quanto maior for sua entrega no palco, mais você consegue sair dele de um jeito verdadeiramente livre, desimpedido." Isso é verdade. Se tudo se resolve bem durante peça, o ator pode ir direto pra casa, não precisa ficar no bar até de madrugada. E, assim, deixo a Lady Macbeth e vou pra casa beijar o Miguel, meu neto. Ele nasceu quando estávamos na fase dos ensaios. E tem uma fala minha que é assim: "Eu arrancava esse nenê do meu peito, com suas gengivas ainda sem dentes, e esmigalhava o seu cérebro." Eu achei que não conseguiria dizer isso, porque meu neto estava pra nascer. Mas hoje vejo que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Eu não misturo. E sabe do que eu mais gosto nesse ofício? Quando alguém me olha da plateia com aquele olhar de que sabe do que eu estou falando. Aí é que o teatro fica bom...

Villela - Para quem a conhece há tempos, é inevitável fazer uma pergunta. Você tinha um sonho adolescente, que era fazer O Sonho, de Strindberg, que também era a peça predileta de ninguém menos do que Bergman. Pergunto, citando Borges: "Caducaram os sonhos e os tigres?"

Renata - (suspira e depois ri) Não, não sei, mas não penso mais tanto nesse texto como antes. É uma peça muito linda. Nunca me esqueço da cena final de Fanny e Alexander, do Bergman, em que a avó abre um livro para ler para o neto e é a peça de Strindberg. Os deuses, a medicina, o direito, o teatro... está tudo lá. Acho que o que me consola é que eu posso fazer esta peça sempre, quando eu decidir, porque ela não tem aquele problema do limite de idade para a atriz. Adoro lembrar que Sarah Bernhardt, com 100 anos, fazia Joana d’Arc. Ela encarava a plateia e dizia: "Tenho 18 anos." E, pronto, aos 100 ela tinha 18, e como tinha...

Villela - Sei que você se recusou a fazer o papel da esposa, na peça A Cabra do Albee, na montagem do Jô Soares, dizendo: "Não, Jô, não posso fazer uma peça em que perco meu marido para uma cabra!"

Renata (gargalhando) - Mas, Gabriel, já não basta essa situação de traição? Tem de ser por uma cabra?!! Gente, todo mundo adorava esta peça, só eu que não! Fui correndo ver a montagem de Nova York, mas continuei não gostando. Não, não, não.... Não tive vontade de fazer. Eu não entendia a metáfora da cabra, isso não me interessou de jeito nenhum. (risos)

Villela - Glória Menezes, carinhosamente, definiu você como "um passarinho assustado". O que é que a assusta mais, o gato, a gaiola ou o voo?

Renata - (risos) Com certeza, me assusta a gaiola. Não tenho medo dos voos, não...

Villela - Mas e o gato, Renata?

Renata (dando um pulo na cadeira) - Ai, o gato! É mesmo, o gato! Esqueci do gato... (rindo) Ah, mas é a gaiola, mesmo, o que me assusta mais. Acho uma graça essa definição da Glória, mas, pensando bem, essa imagem não corresponde, não, nem comigo nem com a minha vida. Sou delicada, sim, mas não me assusto facilmente. Estou no Brasil, sobrevivendo da melhor maneira possível, fazendo teatro, prosseguindo nas lutas, me jogando, me apaixonando... Não, não sou um passarinho assustado.

Gabriel - Você fez A Gaivota...

Renata - É, já fiz A Gaivota. Chekhov pra mim é um dos maiores, sempre será...

Gabriel - Você continua acompanhando tudo o que acontece de novo no teatro mundial? Houve uma época em que não perdia nada, viajava pra ver novidades, queria conhecer as vanguardas...

Renata - Eu me preocupo muito em não perder essa curiosidade, mas me acomodei um pouco. Preciso fazer mais isso, de novo. Vi agora, no Rio, um grupo maravilhoso de Curitiba, a Cia. Brasileira de Teatro, fazendo uma peça chamada Vida!. Ficamos conversando sobre o dramaturgo Jean-Luc Lagarce, que eles montam muito. Ouvi falar sobre outro francês novo, o Joel Pomerat. E tem esse canadense, Daniel MacIvor, que escreveu In on It. Sempre gostei muito de ir atrás disso. Fiz um norueguês há pouco tempo, o Jon Fosse, Um Dia no Verão, e conversei muito com ele por telefone. Adoro farejar, descobrir.

Villela - Tem acompanhado a nova dramaturgia brasileira?

Renata - Já quis fazer Mario Bortolotto. Uma vez quase fiz um texto novo do Fauzi Arap. Gosto muito também do Newton Moreno.

Villela - Tem visto boas peças no Brasil?

Renata - No Rio, gostei de Otro, do Coletivo Improviso, com direção do Enrique Diaz. E adorei Beth Goulart fazendo Clarice Lispector. É um trabalho fantástico de atriz.

Villela - Renata, produzir nunca mais?

Renata - Claro que sim. É que tive esse convite irrecusável do Daniel Dantas para ser Lady Macbeth. Mas quero voltar a produzir. Adoro essa função. Desde escolher um texto até armar tudo, levantar o espetáculo. Como atriz, acabo de recusar Jocasta. A Companhia dos Atores me convidou, mas eu não quis. Quero agora um texto contemporâneo.

Villela - E cinema? São poucos convites ou é você que recusa muito?

Renata - Fiz mesmo pouco cinema. O teatro e a televisão não permitiam. E também agora é que o cinema brasileiro voltou a esquentar, não é? Tenho feito pequenas participações afetivas em ótimos filmes. São diretores novos muito interessantes. Fiz Nina, com Heitor Dhalia; Árido Movie, com Lírio Ferreira; Madame Satã, com Karim Aïnouz. Tenho gostado.

Livro reúne 11 peças de Leilah Assumpção


Todas as mulheres de Leilah Assumpção


Maria Eugênia de Menezes  / O Estado de S.Paulo

Dor transmutada. Em sua nova peça, Leilah inspira-se em um trauma para falar de beleza

Leve. Ficou muito leve", comemora Leilah Assumpção, jogando o livro de um lado para o outro. "Acho que vai dar até para ler na cama." Para desavisados, pode mesmo parecer estranho que a dramaturga consiga achar delgado um calhamaço de mais de 600 páginas.

Mas, se considerarmos o conteúdo da obra -11 peças, escritas ao longo de 40 anos de carreira, dá até para entender o espanto de Leilah. "Imaginava que o livro sairia tão imenso que seria mais uma obra de pesquisa, para estudantes de teatro. Mas, acho que vamos conseguir vender para o público também."

Com lançamento marcado para hoje, o volume reúne desde seu primeiro texto, Vejo um Vulto na Janela, Me Acudam Que Eu Sou Donzela, criado ainda sob o impacto do golpe militar, em 1964, até o trabalho mais recente, Ilustríssimo Filho da Mãe, de 2008.

A única peça a ficar de fora da seleção foi Seda Pura e Alfinetadas, concebida sob encomenda para Clodovil. "O texto até fez bastante sucesso na época", ela explica. "Mas a intenção era dar ao livro uma coerência, revelar a minha temática."

É difícil falar no teatro de Leilah sem ligá-lo à revolução feminista que se insinuava nos anos 60. A mulher que recusava o lugar de esposa, que assumia o próprio desejo, adquiria voz e revia sua relação com o sexo oposto.

Todas essas são nuances quase onipresentes em seus textos e, não por acaso, sua dramaturgia é saudada como retrato de uma geração. "Fala Baixo, Senão Eu Grito fez mais pelo feminismo do que qualquer passeata ou queima de sutiã", definiu Ilka Marinho Zanotto, no Dicionário do Teatro Brasileiro.

Foi com a história da solitária Mariazinha, uma mulher despertada do seu estado de anestesia por um ladrão, que a autora seria descoberta. Ainda hoje seu trabalho mais conhecido, o texto mereceu dezenas de montagens, aqui e no exterior, e também serviria para revelar o talento dramático de Marília Pêra.

À época, a atriz estava presa ao rótulo de intérprete de musicais e foi imenso o estupor causado pela sua desenvoltura ao construir a personagem de uma solteirona em conflito.

Na passarela. Antes de se lançar como escritora, Leilah chegou a arriscar-se como atriz. Estudou com Eugênio Kusnet, vivia nas coxias do teatro Oficina, fez parte do elenco da mítica Vereda da Salvação, de Antunes Filho. "Mas não tinha talento nenhum. Era péssima." Com mais desenvoltura, experimentou também as passarelas, desfilando como manequim de alta-costura. E a experiência deve ajudá-la a compor sua próxima peça.

"Estou escrevendo sobre a beleza", conta. "Eu, que já fui linda, me descobri amada no meu mais feio." Leilah refere-se a uma infecção que lhe desfigurou o rosto e a levou a ficar mais de um ano sem sair de casa. "Não faço obras biográficas, mas parto sempre de uma emoção. Minha tarefa agora é transformar essa dor ."

QUEM É?

LEILAH ASSUMPÇÃO, dramaturga

Nascida em 1943 em Botucatu, é filha de educadores e foi registrada como Maria de Lourdes Torres de Assumpção. Iniciou a carreira como dramaturga com a encenação da peça Fala Baixo, Senão Eu Grito, em 1969. Também escreveu para televisão e teve seus textos montados em diversos países.

Édipo Rei, leitura no Letras em Cena, segunda, no MASP (São Paulo, SP)

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Iphan vota hoje tombamento do teatro Oficina (São Paulo, SP)

O Oficina

SILAS MARTÍ / Folha On Line

Será votado hoje, no Rio, o tombamento do teatro Oficina pelo Iphan, órgão federal para a defesa do patrimônio histórico e artístico.

Dirigido por José Celso Martinez Corrêa, o teatro funciona num casarão na Bela Vista, em São Paulo, reformado pela arquiteta Lina Bo Bardi em 1986. A construção e entorno já são protegidos em âmbito municipal, desde 1991, e estadual, desde 1983.

Nos anos 1980, o governo do Estado comprou o imóvel onde funciona o teatro para evitar que fosse "engolido pelo Baú da Felicidade", nas palavras de Martinez Corrêa, em referência a construções que o Grupo Silvio Santos pretende executar na área.

Agora, a companhia do Oficina espera que o tombamento federal ponha fim à disputa com empreiteiros e proteja o prédio e seu entorno, onde pretendem construir um teatro de estádio e montar o que chamam de Universidade Antropófaga.

O teatro Oficina, projeto da arquiteta italiana Lina Bo Bardi, cujo tombamento será votado nesta quinta-feira

Mas, segundo o parecer interno do Iphan, obtido pela Folha, a votação de hoje, mesmo que favorável ao Oficina, não encerra a questão.

Está previsto no documento uma proteção à vista dos janelões de vidro do Oficina, mas não um bloqueio ou desapropriação do entorno.

Segundo o texto, "os panoramas devem ser salvaguardados por um cone visual com abertura de 45º para cada lado do pano de vidro". A área tombada se restringiria então apenas ao lote onde está hoje o Oficina.

"Não é isso que vai impedir a construção do complexo do Grupo Silvio Santos", diz Dalmo de Oliveira Filho, relator do parecer, à Folha.

"Não é o tombamento do imóvel, mas do lugar, porque ali ocorreram fatos importantes para o teatro brasileiro."

Oliveira Filho acrescenta que alguma restrição nos lotes vizinhos será necessária para "manter essa relação com a paisagem" que caracteriza o teatro, mas não especifica a extensão da proteção.

O parecer do Iphan termina com uma ressalva. "A apropriação do espaço vizinho pela presunção da necessidade futura é campo diverso, que vai muito além do reconhecimento de valor", diz o texto.