terça-feira, 29 de março de 2011

Palestra com o ator e diretor Mario Vedova no Teatro Commune (São Paulo)


Coletivo Teatral Commune convida para a palestra

"Como ser muitos sem deixar de ser um"

com o ator e diretor

Mario Vedoya

trabalho do ator, essa engenho maravilhoso e difícil me conduziu a uma viagem. Não uma viagem organizada, do tipo excursão de turista, que tem todo o seu roteiro planejado, os hotéis, os horários, as cidades, etc. Não, para mim, a viagem do teatro é uma viagem incerta, de um aventureiro, repleta de incertezas e de perigos.

Uma viagem que tem etapas a serem cumpridas e cada etapa, cada peça, existem tempos diferentes, que para mim são inevitáveis. Cada personagem diferente nos remete a uma viagem em duas direções opostas, uma para dentro e outra para fora.

Esse trânsito, essa peregrinação interior e exterior, individual e coletiva ao mesmo tempo será o tema principal de nosso encontro no Teatro Commune.

Uma viagem que vai desde o ponto de partida: a presença do ator até o ponto de chegada, o perder-se sem se perder, a loucura sob controle. A presença em cena, o estar aqui e agora, antecede o fazer e o dizer do ator é o que chamamos de perder-se sem se perder. Não é uma mentira, naõ é uma farsa, é uma forma sofisticada e artística de ser muitos sem deixar de ser um (si mesmo).

Homem de Teatro

Vida e carreira artística

Mario Vedoya nasceu em Berisso, Buenos Aires, Argentina. Estudou na Escola de Teatro de La Plata e completou seu treinamento em Buenos Aires. Seu primeiro trabalho profissional foi com o I Concerto de Medici (grupo de comédia-musical). Em 1982, após a Guerra das Malvinas, empreende uma jornada através da América, que o marcaria para sempre e o levou a viajar pela América Latina durante seis anos. Em Medellín (Colômbia), conhece José Sanchis Sinisterra que seria muito importante em sua vida e carreira profissional. Desde 1989 reside em Madrid. Seu primeiro trabalho na Espanha foi prootagonizando Atrás de portas fechadas, depois Os Míticos Goliardos, de Angel Facio e, em seguida, Don Juan Zorrilla, também de Facio. Depois trabalhei com outros diretores, como, Juan Margallo, José Sanchis Sinisterra, Miguel Narros, Jesus Campos, Luis Olmos, Carlos Aladro, Lawrence Bosswell, além de seus próprios trabalhos combinando atuação e dirição. Tento unir meus trabalhos com os meus próprios projetos que, embora tragam mais dor de cabeça, são mais prazerosos, os artistas inquietos têm essa rara habilidade para complicar-se na vida quando todas as coisas estão resolvidas e tranquilas. Suas referências atuais, sua síntese depois de tanto peregrinar estão mais próximas de Michael Chekhov, Lecoq e Declan Donnellan, que, por exemplo, a Strasberg que imperou na Argentina nos anos 70. É um ator que acredita de fato na verdade cênica e isso é um valor, um ponto de partida em qualquer de seus trabalhos, o que está muito enraizado na tradição de interpretação dos atores argentinos.

ENTRADA FRANCA

Serviço:

Onde? Teatro Commune - Rua da Consolação, 1.218 (entre o Mackenzie e TRT), sentido centro-paulista, estacionamento ao lado

Quando? Terça feira - Dia 29 de março às 20 hs

Maiores Informações: 11 3807-0792 (bilheteria) ou 3476-0792 (administração)

contato: programacao@commune.com.br

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