quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Atividades do CRA no Teatro Maria Clara Machado (Rio de Janeiro, RJ)
CRA – CENTRO DE RECICLAGEM DE ATORES – no Teatro Maria Clara Machado
Estará funcionando a partir de março no Teatro Maria Clara Machado – Planetário, o Centro de Reciclagem de Atores, voltado para a reciclagem e o treinamento continuado de atores profissionais. O projeto oferecerá 2 atividades diferentes:
1. A RECICLAGEM DE ATORES, com aulas/treinamento para atores profissionais todas as SEGUNDAS das 19h às 22h, no teatro.
O treinamento é estruturado em módulos bimestrais, com 2 diretores/professores por módulo e conta com uma noite aberta para os atores mostrarem trabalhos – esquetes, performances, solos - a produtores de elenco e profissionais da área. Além disso, o curso oferece informações, contatos e dicas semanais sobre o mercado de trabalho através do nosso Mural Virtual e conta com uma mini-biblioteca gratuita de livros da área para os atores se reciclarem.
PROGRAMAÇÃO DO PRIMEIRO BIMESTRE DA RECICLAGEM:
De 21 de março a 11 de abril: aulas com Hamilton Vaz Pereira
De 18 de abril a 09 de maio: aulas com Thierry Trémouroux
Dia 16 de maio: ensaio para a Noite Aberta
Dia 23 de maio: Noite Aberta do Centro de Reciclagem de Atores
Obs: Veja ao final deste mail o currículo dos ministrantes envolvidos
O preenchimento das vagas é realizado a cada 2 meses via seleção de currículo. Para participar os atores devem possuir registro profissional. As aulas do primeiro bimestre começarão no dia 21 de março. O valor total deste primeiro ciclo da Reciclagem será de 500 reais à vista ou duas parcelas de 280 reais. Interessados em participar devem enviar currículo para reciclagemdeatores@gmail.com colocando no assunto: RECICLAGEM.
Mais informações: 9666-9954
2. O PROCESSO DE ENCENAÇÃO, voltado para a criação de um espetáculo com diretores convidados. O processo terá duração de 2 meses e meio e acontecerá todas as terças e quintas das 10h às 12h no teatro. O primeiro Processo de Encenação começará dia 22 de março, sob o comando dos diretores Daniel Herz e João Marcelo Pallottino, que conduzirão uma investigação sobre a comicidade para construírem juntos um espetáculo. Após 2 meses e meio de ensaio, o espetáculo levantado ficará em temporada durante 5 semanas no teatro, sempre às quintas-feiras às 20h.
O valor de investimento para participar do Processo de Encenação será de 900 reais à vista ou 3 parcelas de 330 reais.
Os interessados devem enviar currículo para reciclagemdeatores@gmail.com colocando no assunto: Processo de Encenação.
Este workshop é reservado a atores com registro profissional.
Veja no final deste mail o currículo dos 2 diretores convidados.
Mais informações 9666-9954
SOBRE O CENTRO DE RECICLAGEM DE ATORES:
O Centro de Reciclagem de Atores começou a funcionar em maio de 2010 com a missão de treinar, reciclar e manter aquecidos atores profissionais que estão exercendo seu ofício em diversas frentes, como cinema, TV e teatro.
Em seu primeiro ano de funcionamento o CRA reuniu cerca de 200 atores profissionais, que tiveram encontros/aulas com cerca de 30 professores diferentes, gerando trocas artísticas e movimentando a classe. Entre os ministrantes do Centro de Reciclagem, sempre grandes profissionais como Domingos de Oliveira, Amir Haddad, Daniel Herz, Christiane Jatahy, Marcio Libar, Hamilton Vaz Pereira, Jefferson Miranda, Ivan Sugahara, entre outros.
Coordenando o CRA, a Diretora Geral do coletivo artístico Clube da Cena e uma das diretoras Artísticas do Teatro Maria Clara Machado – Planetário, Cristina Fagundes.
SOBRE OS MINISTRANTES DO PRIMEIRO BIMESTRE DO CENTRO DE RECICLAGEM DE ATORES:
Thierry Trémouroux
Ator e diretor belga radicado no Brasil, formado em psicologia, trabalhou durante 15 anos na França ao lado de artistas como Jean-Claude Carrière e Yoshi Oïda, ambos colaboradores de Peter Brook, de Zygmunt Molik, co-fundador do Teatro Laboratório de Grotowski e de Stefano Scribani do Piccolo Teatro del Milano. No Brasil desde 1994, co-fundou o grupo l’acte – Atos da Criação Teatral – realizando grandes parcerias com artistas do teatro contemporâneo da Europa. Autores como Novarina, Gombrowicz, Valletti, Lagarce e Reinshagen, foram assim introduzidos no país. Com o grupo l’acte dirigiu durante dois anos, o Teatro Aliança Francesa de Botafogo/RJ, realizando neste espaço diversas criações artísticas. Foi membro do Laboratório do Ator/Funarte, ministrando ateliês de formação para atores e de dramaturgia no Brasil. Associou-se, como ator convidado, à produtores e diretores de teatro, cinema e televisão como Monique Gardenberg (Os Sete Afluentes do Rio Ota; Tim Jazz; Ó pai, ó), Bia Lessa (Medéia, As Três Irmãs, Casa de Bonecas), Miguel Farias (O Shangô de Baker Street, Vinícius) Zelito Viana (Villa Lobos) e Ricardo Waddington (Rede Globo). Em 2007, foi curador dos encontros “Passage à l´acte” trazendo artistas internacionais como Hassane Kuyaté, François Berreur etc. Entre as direções realizadas seus principais trabalhos são: “Depois da Chuva”, de Sergi Belbel; “Aqui Jaz Marylin Monroe”, “92-58-89”, de Gerlind Reinshagen; “Santo Elvis” e “Monsieur Armand, Vulgo Garrincha”, de Serge Valletti; “Ivone, Princesa da Borgonha” de Witold Gombrowicz, e “Diante da Palavra”, de Valère Novarina. Dirigiu criações coletivas para a Casa das Artes de Laranjeiras como “Don Juan”, profissão ator, “E viveram felizes para sempre?” e “E Até que a morte nos separe”. Em 2008 foi diretor da Cia Aplauso. Em 2009 montou “Don Juan – DJ”, “A Inquietude” de Valère Novarina e o encontro musical “Ponts” em Lons Le Saunier/FR, dentro da programação France-Brésil. Paralelamente, participou como ator da turnê mundial de “A Gaivota” com direção de Enrique Diaz e da turnê nacional de “Apropriação” a partir da obra de Harold Pinter com direção de Bel Garcia. Atualmente, além de circular com "A Inquietude" de Valère Novarina com Ana Kfouri, Thierry está em turnê internacional com a peça "Otro" do Coletivo Improviso, direção de Enrique Diaz e Cristina Moura.
Hamilton Vaz Pereira
Hamilton de Souza Pinto Vaz Pereira (Rio de Janeiro RJ 1951). Diretor, autor, ator, compositor e diretor musical. Líder do Asdrúbal Trouxe o Trombone, grupo carioca que invade a cena com temática, personagens e modo de representar próprios da geração jovem da década de 70. Sua linguagem toma como centro de investigação o cotidiano da equipe de atores e reúne uma série de princípios que definem a produção dos grupos teatrais dos anos 70.
Hamilton faz curso de teatro com Maria Clara Machado, em O Tablado, de 1968 a 1970. É aluno de Sergio Britto, no Teatro Senac, em 1972. No ano seguinte, estuda no Teatro Ipanema, coordenado por Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa.
Inicia carreira profissional, em 1974, em O Inspetor Geral, estréia do Asdrúbal Trouxe o Trombone, no qual atua como diretor de todos os espetáculos e como integrante - trabalhando também na produção, na trilha sonora e na finalização dos textos.
Em 1975, dirige Ubu Rei, uma irreverente versão do texto de Alfred Jarry, confirmação do talento do conjunto. Trate-Me Leão, sua terceira direção dentro do grupo, inaugura, por meio da criação coletiva, uma nova linguagem na cena teatral brasileira ao propor um teatro que fala a língua da juventude carioca de Ipanema, construído por um processo de improvisações que resulta em narrativa fragmentada. O crítico Yan Michalski considera a direção "absolutamente brilhante".
Em 1980, é a vez de Aquela Coisa Toda, agora com roteiro assinado pelo próprio Hamilton sobre uma "dispersa trupe de solitários", inspirada na experiência coletiva do grupo. Em A Farra da Terra, 1983, última montagem do grupo, o diretor constrói um roteiro baseado em imagens, textos e fotos. No Teatro Villa-Lobos, apenas vinte espectadores assistem à encenação que une atores e público no palco, se deslocam pelo espaço e usam as cadeiras da platéia como cenário. A linguagem coloquial, urbana e cômica dos primeiros espetáculos ganha um tom poético e uma ênfase musical.
Mesmo com o desmembramento do grupo, a proposta e o estilo do diretor se mantêm, mas não encontram em cena os parceiros de criação que identificavam sua linguagem - os espetáculos não trazem mais as interpretações de Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães. Inicia-se uma fase de valorização do elemento intelectual, em que as citações se sobrepõem à ação. É a fase de Ataliba, a Gata Safira, 1988, e de Nardja Zulpério, 1989. Em 1995, em 5 x Comédia, de Vicente Pereira, Mauro Rasi, Pedro Cardoso, Luis Fernando Veríssimo e Hamilton Vaz Pereira, reúne cinco comediantes de prestígio, Pedro Cardoso, Débora Bloch, Diogo Vilela, Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães, espetáculo que é sucesso de bilheteria. Em seguida, o autor e diretor retorna à interpretação livre dos clássicos, seja dos gregos, Uiva e Vocifera, 1997, ou, de William Shakespeare, Omelete, escrito por José Roberto Torero,1998.
Filho rebelde de O Tablado, formado no Teatro de Grupo dos anos 70, Hamilton torna-se um artista múltiplo, assinando sempre mais de uma criação nas fichas técnicas de seus espetáculos.
Daniel Herz
Ator, professor e diretor de teatro, é diretor artístico dos Atores de Laura desde 1992 e do Teatro Miguel Falabella. Atuou em diversas produções teatrais entre as quais: “Nossa Senhora das Flores”, adaptação para a cena do romance de Jean Genet (1987) e “O jovem Törless”, adaptação do romance de Robert Musil, encenada no CCBB em 1996. Destacou-se como encenador nas últimas duas décadas, tendo recebido prêmios de melhor direção pelos espetáculos “Romeu e Isolda” (1996), “Decote” (1997), “A flauta mágica” (2000), “As artimanhas de Scapino” (2002). Em 2000 encenou no CCBB “Esplêndidos”, peça rejeitada por Jean Genet, que até então só havia sido montada na França e na Inglaterra. É responsável igualmente pela direção de “Zastrozzi”, de George Walker, que compartilhou com o protagonista Selton Mello (2002), “Otelo da Mangueira”, de Gustavo Gasparani (2006) e “Tom e Vinicius – o musical”, de Daniela Pereira e Eucanaã Ferraz, em cartaz no Rio de Janeiro em 2009. Em 2010 dirigiu O Barbeiro de Ervilha, adaptação de Vanessa Dantas da ópera O Barbeiro de Sevilha de Gioacchino Rossini, para teatro infantil. Atualmente está em cartaz no Teatro Gláucio Gil com a peça da Cia Atores de Laura, Adultério e estreará ainda em 2011 mais 2 peças.
João Marcelo Pallottino
É diretor e fundador junto com a atriz e diretora Symone Strobel da Hospedaria Cia de teatro onde teve a sua estréia no ano de 2010 com o espetáculo “A Religiosa” de Denis Diderot cumprindo temporada no Rio e em São Paulo. Trabalhou como ator na Cia. Atores de Laura sob a direção de Daniel Herz e Susana Kruger, participando do repertório do grupo desde 2002, nos espetáculos: “As Artimanhas de Scapino” de Moliére (2002 a 2009) com três indicações ao prêmio Shell, sendo premiada pelo figurino; além do prêmio “Qualidade-BR” de melhor espetáculo e direção, representando o Brasil no festival internacional de teatro Mercosul, na Argentina (Córdoba); “O Conto de Inverno”, de Shakespeare (2004), “Decote” (2005) e “N.I.S.E.” (2006). Fundou e dirigiu artisticamente o Grupo de Teatro O Porão, de 2000 a 2006, realizando os seguintes trabalhos: “Entre Quatro Paredes”, de J. P Sartre (2006); “Carroça Pão e Sonho” (2004/2005); “...Cinzas” (2001/2003); “Mentirosos” (2004/2005), participando de festivais nacionais onde recebeu diversos prêmios, entre os quais: quatro de melhor diretor, cinco de melhor espetáculo, cinco de melhor ator e dois de melhor iluminador. Dirigiu os espetáculos: “Carmem de Tal” (2007), como comemoração dos 20 anos do Grupo Nós do Morro; “Chuva Ácida” (2007), peça integrante do projeto “Novos Talentos do Teatro” do Sesc Rio, com supervisão de Roberto Bontempo e José Joffily, participando do Festival de Inverno Sesc 2007 e . Sua formação artística inclui o curso de cinema na UGF com coordenação de Ruy Guerra e workshops com: Gerald Thomas; “Odin Teatret” (com Roberta Carreri, Jan Ferslev e Eugênio Barba); Processo do Teatro Du Soleil com Fabiana Mello, Oficinas com os Grupo Moitará e Lume Teatro além de experiências com a família Colombaione e Técnica de Bufões com Hélvio Garcez Clow. Fez cursos de interpretação na Casa de cultura Laura Alvim com Daniel Herz e Susanna Kruguer, e no Teatro O Tablado com Taís Balloni, João Brandão e Ricardo Kosoviski. Como professor trabalhou na escola de formação de atores do Sindicato dos Artistas Sated, na Universidade Veiga de Almeida, no curso Rei Ator; no Grupo Nós do Morro, com Guti Fraga no “Projeto Tempo Livre Sesc” e na faculdade Univercidade com o diretor Daniel Herz, como diretor-assistente. Atualmente ministra aulas na Firjan e é professor do Teatro Miguel Falabella.
Informações Gerais sobre o Centro de Reciclagem de Atores:
reciclagemdeatores@gmail.com e 21 9666-9954
Marcadores:
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Teatro Maria Clara Machado
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