segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Musical Nara, com Fernanda Couto, volta ao Teatro Jaraguá (São Paulo,SP)


Fernanda Couto reestreia o musical

Nara

no Teatro Jaraguá

Montagem vencedora do Prêmio Contigo de Melhor Musical Nacional, além de indicações ao Shell e APCA, faz delicada reverência à musa da bossa nova.

Nara – musical brasileiro estrelado por Fernanda Couto - reestreia dia 11 de março de 2011, sexta-feira, no Teatro Jaraguá, às 21h30. A montagem, que já cumpriu temporada de sucesso no Teatro Augusta e no CCBB-Rio, percorre a trajetória da cantora Nara Leão, musa da bossa nova, reverenciando-a por meio de uma seleção musical que ilustra mais de 25 anos de carreira.

A direção do espetáculo é de Márcio Araújo, que também assina a dramaturgia ao lado de Fernanda Couto. Pedro Paulo Bogossian é responsável pela premiada direção musical, Valdy Lopes pela cenografia, André Boll pela iluminação e Cássio Brasil pelo figurino. No palco, além da protagonista Fernanda, estão em cena Guilherme Terra, Rodrigo Sanches e William Guedes.

Nara é um espetáculo delicado e elegante como a bossa nova. Canta a trajetória musical de Nara Leão e desvenda suas várias facetas de mulher, seu envolvimento político e suas posições artísticas. Nara descobriu e ajudou Chico Buarque, Maria Betânia, Fagner e tantos outros artistas. Ela foi musa da bossa nova, mas também flertou com o Tropicalismo, gravou sambas do morro, Roberto & Erasmo e até versões de clássicos americanos.

“É um musical de câmara, genuinamente brasileiro que não busca referências na Broadway e, sim, encontra nosso próprio caminho; mostra a relevância de uma música que nasceu aqui e ganhou o mundo: a bossa nova”, afirma o diretor Márcio Araújo.

A atriz Fernanda Couto foge da caricatura de Nara Leão e constrói a sua Nara pela essência, calcada em uma pesquisa de mais de quatro anos. “Identifico-me com seu canto, com sua postura em relação à arte e à vida. Apesar das diferenças físicas, há um sentido na música de Nara que me deixa muito próxima dela”. Revela Fernanda que, acompanhada por três músicos-cantores-atores, representa os principais acontecimentos da vida da cantora como a peça Opinião, o período da repressão e o auto-exílio até ganhar o mundo com a sua força e doçura. Segundo o diretor, “Nara é uma respeitosa homenagem a esta artista da maior importância para a música brasileira e que tanto ensinou com suas posturas perante o sucesso, os amigos e a luta pela vida”.

A montagem Nara é dividida em momentos que sintetizam e pontuam as fases mais representativas da trajetória musical da artista. Textos sobre Nara Leão e depoimentos concedidos por ela à imprensa costuram, de forma sutil e delicada, o caminho que ela percorreu na história da música popular brasileira. O foco da montagem está na sua vida profissional e nas canções que interpretou: escolhas certeiras que refletiram na história da música brasileira.

O enredo de Nara relembra cerca de 20 canções inesquecíveis, imortalizadas pela musa: Diz Que Fui Por Aí (Zé Kéti e H. Rocha), Opinião (Zé Kéti), Se É Tarde Me Perdoa (R. Bôscoli e C. Lyra), Insensatez (Jobim & Vinícius), A Banda (C. Buarque), Com Açúcar, Com Afeto (C. Buarque), João e Maria (C. Buarque e Sivuca) e outras.

Fernanda Couto conta que, em 2007, iniciou uma pesquisa de repertório de músicas da MPB sem grandes pretensões. A figura de Nara apareceu nesse processo e, depois de ler e pesquisar sobre, encantou-se e redescobriu Nara Leão: a artista e a personalidade brasileira. “Não queria nada muito didático”, diz a atriz. Elaborou, então, um roteiro para o espetáculo e convidou Márcio Araújo para dirigir e ajudar na dramaturgia do texto. “E o Pedro Paulo, com sua sensibilidade e experiência, conduziu-nos lindamente por esse universo da bossa nova e da MPB, acrescentando bossa ao espetáculo". Finaliza.

O musical Nara foi contemplado o Prêmio Contigo de Melhor Musical Nacional e obteve quatro outras indicações: Prêmio Shell (Melhor Música), Prêmio APCA (Melhor Atriz e Direção Musical) e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro (Projeto Sonoro).

Espetáculo: Nara

Texto: Fernanda Couto e Márcio Araújo

Direção: Márcio Araújo

Direção musical Pedro Paulo Bogossian

Elenco: Fernanda Couto, Rodrigo Sanches, William Guedes e Guilherme Terra

Cenografia: Valdy Lopes

Design sonoro: Luciano Monson

Iluminação: André Boll

Figurino: Cássio Brasil

Direção de produção: Mamberti Produções

Produção executiva: Daniel Palmeira

Reestreia: 11 de março – sexta-feira – às 21h30

Local: Teatro Jaraguá

Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista – SP – Telefone: (11) 3255-4380

Ingressos: R$ 40,00 (sexta e domingo) e R$ 50,00 (sábado) - Aceita todos os cartões e dinheiro. Bilheteria: 3ª a 5ª (14h-19h), 6ª (14h-21h30), sáb (14h-21h) e dom (14h-19h). Antecipados: www.ingressorapido.com.br, 4003-1212

Temporada: sexta (21h30), sábado (21 horas) e domingo (19 horas) – Até 29/06

Duração: 60 min – Gênero: Musical - Classificação etária: 8 anos

Lotação: 271 lugares - Acesso universal e ar condicionado – Estacionamento c/ manobrista: R$ 18,00.

Nara Leão

Tímida e reservada, Nara Leão é considerada por muitos uma antiestrela por ter sido uma pessoa simples e pouco vaidosa, mas, para surpresa da maioria, revelou-se uma cantora corajosa, ousada e intuitiva. Em 25 anos de carreira e 47 de vida, Nara enfrentou a ditadura, com sua voz lançou artistas como Chico Buarque, Martinho da Vila e Fagner, cantou a bossa de uma geração. Nara Leão nasceu em Vitória, ES, e com apenas um ano foi morar em Copacabana, RJ. Incentivada pelos pais, a cantora estudou balé, artes e violão, mas acabou se apaixonando mesmo, ainda garota, pela música. Adolescente precoce, aos 15 anos já recebia em sua casa, quase diariamente, músicos jovens e veteranos, inclusive Tom Jobim. Abandonou o cenário musical na manhã de 7 de junho de 1989, vítima de uma doença aos 47 anos. Seu último disco foi My Foolish Heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.

Fernanda Couto

Atriz formada, em 1994, pela Escola de Arte Dramática da USP. Entre 1984 e 1987 participou do Grupo de Teatro de Repertório do SESI de Santa Catarina, dirigido por Margarida Bayard. Em São Paulo, desde 1990, ela já trabalhou com os diretores Naum Alves de Souza, Gianni Ratto, Iacov Hillel, Eliana Fonseca, Rodrigo Santiago, Johanna Albuquerque, Odavlas Petti e Mauro Baptista Vedia, entre outros. Entre 2007 e 2010, integrou o elenco da peça A Festa de Abigaiu, texto de Mike Leigh e direção de Mauro Baptista Vedia, reconhecida pela crítica e pelo público como um dos melhores espetáculos dos últimos anos e ganhou o 11º Festival da Cultura Inglesa. Fernanda foi indicada ao Prêmio APCA pela atuação em Nara, musical que ganhou o Prêmio Contigo de Melhor Musical Nacional e recebeu outras indicações: Shell (Música), APCA (Direção Musical) e Cooperativa Paulista de Teatro (Projeto Sonoro).

Na televisão, seu último trabalho foi na minissérie Som e Fúria (Rede Globo), de Fernando Meirelles. No cinema, atuou nos filmes de Marcelo Galvão, Bellini e o Demônio e Quarta B, premiado como melhor longa metragem de ficção brasileira na 29ª Mostra Internacional de Cinema de SP (2005). No universo da música erudita participou de diversas vesperais líricas do Theatro Municipal de SP ao lado dos sopranos Graziela Sanches e Heloísa Junqueira e do baixo Carlos Eduardo Marcos, entre outros. Além de atuar como atriz e narradora nos recitais, assinou a direção cênica da ópera La Serva Padrona e da cantata cênica L’Enfant Prodigue.

Márcio Araújo

Márcio Araújo é autor, ator, diretor, produtor. Sua trajetória eclética passa pelo teatro, televisão e literatura. É responsável pelo texto e direção de várias montagens, entre elas: Carnaval dos Animais, da obra de Camille Sans-Saens com a orquestra do Teatro Municipal de São Paulo; Bagun SA, musical de circo com Carlos Moreno; Não Esqueça de Aguar as Plantas, com Ewerton de Castro e Flávia Pucci; e Guarda Roupa de Histórias, que obteve cinco indicações ao Prêmio Coca-Cola, na qual também atuou. Assina a direção de Nara que ganhou o Prêmio Shell de Melhor Musical Nacional e várias outras indicações a prêmios..

Na televisão, assinou mais de 500 roteiros para o infantil Cocoricó (TV Cultura), onde também dirigiu Profissão Professor. Assinou roteiro e direção de Ao Ponto Remix com Jairo Bouer, parceria da TV Cultura com o Canal Futura para o público adolescente. Outros destaques são: Brazil’s Next Top Model (Sony, roteirista), TV Xuxa (Rede Globo, autor), A hora é Agora (novela para Microlins) e Zapping Zone (Disney Channel, diretor de criação e roteirista). Márcio Araújo é autor dos livros Figurinha Carimbada (Ed. Girafinha), indicado ao Prêmio Jabuti 2009, O Sorriso de Alípio (Ed. Globo) e Não Esqueça de Aguar as Plantas (livro da peça teatral).

Pedro Paulo Bogossian

Compositor, diretor musical, preparador vocal, pianista, Pedro Paulo Bogossian é um dos fundadores e principais integrantes do grupo Circo Grafitti e colaborador constante do Grupo do TUSP. Formado em música, Bogossian estreou em teatro, em 1989, no musical Você Vai Ver o Que Você Vai Ver, de Raymond Queneau e direção de Gabriel Villela, realização que marca o surgimento do Circo Graffiti.

Em 2010, foi indicado aos prêmios Shell e APCA pelo musical Nara e ganhou o Prêmio Contigo pela mesma montagem. Em 1991, ganhou o Prêmio Apetesp de composição por Enq, o Gnomo, de Marcos Abreu, com direção de Marco Antônio Rodrigues. Pelo Almanaque Brasil, de Noemi Marinho, ganhou o Prêmio Apetesp (de composição e trilha sonora) e o Prêmio APCA (de direção musical), em 1993. No mesmo ano, foi premiado novamente pela composição de Ifigônia, de Mário Vianna, direção Roney Facchini, outra produção do Circo Grafitti. Em 1994, Bogossian concebeu a trilha e atuou em O Rei de Copas, de Rubens Rewald, direção de Cristiane Paoli-Quito. Em 1998, participou de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis com encenação de Regina Galdino, e dirigiu as composições e preparações vocais do Grupo do TUSP, dirigido por Abílio Tavares. Ainda com o Circo Grafitti, Bogossian foi premiado nos palcos europeus com Gato Preto.

Assessoria de imprensa: ELIANE VERBENA

Tel: (11) 3079-4915 / 9373-0181 – verbena@verbena.com.br

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