terça-feira, 23 de março de 2010

Dos Tais Laços Humanos, no Festival de Curitiba (PR)

Amigos,

Apresentaremos de domingo a quarta a peça no FRINGE em Curitiba.



Quem puder ir ou indicar, apareça!

Abraço grande a todos!

http://www.dostaislacoshumanos.blogspot.com/

Sinopse:

A mãe e a amargura de suas rosas brancas sobre o túmulo da filha. A mulher e seu vazio a envelhecer em meio à imensidão de uma sala de riquezas abandonadas. A mulher na solitária barca na noite de Natal. Três histórias. Cinco mulheres. E os tais laços humanos que as permeiam e conectam. Baseado nos contos "Natal na barca", "Apenas um saxofone" e "Uma branca sombra pálida" de Lygia Fagundes Telles.

Direção: Luciana Barboza

Ass. Direção: Caio Riscado

Elenco: Duanny Dantas, Kelly Coli, Mariana Couto, Thaísa Areia e Thaís Inácio

Cenário:Elisa Emmel e Bia Barbiere - Ass. Cenário: Mathias do Valle

Figurino: André Von Schimonsky

Direção Musical: João Cantiber

Fotos: Pedro Campelo, Rodrigo Torres e Lara Lima

Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=BZ-PjdaGgpM

Duração: 80 minutos - Classificação: 14 anos

Contato: Luciana Barboza (Diretora) - Tel: (21) 2244-7782 / (21) 8601-1010 - e-mail: lubarboza@gmail.com

O ESPETÁCULO - Concepção

O espetáculo surgiu a partir da criação coletiva do Grupo 6 Marias e Meia, desde a escolha dos contos a serem trabalhados até sua transposição para a linguagem cênica. Toda a parte inicial do processo se destinou a estimular o diálogo das atrizes com os textos, fazendo com que criassem imagens, explorassem sensações e relações as mais variadas.

O espetáculo desenvolve-se através das três narrativas simultâneas. As atrizes alternam-se entre a função de personagens-narradoras, comunicando-se diretamente com o público, e entre a função de personagens relacionando-se entre si.

Os momentos de personagens-narradoras procuram buscar um contato maior com o público. Contato esse que se dá de modo efetivo quando a mãe de Gina puxa a cadeira para tomar chá junto de alguém da platéia, ou quando Luisiana começa a distribuir os conteúdos de sua maleta por entre o público.

Cada um dos três contos tem seu lugar específico delimitado pelo cenário, uma enorme rede de tecido que circunda todo o espaço cênico – em palco italiano –, diferenciando-se de um conto para o outro: numa das extremidades, fica Luisiana com sua adega de garrafas a pender, lado-a-lado com a sombra do saxofone; no outro extremo, sombras de sapatilhas e laços de fita caracterizam o espaço da mãe de Gina; ao fundo, no centro, a rede de tecido se transforma na estrutura modesta da barca da mulher solitária.

Esses três espaços específicos, contudo, dialogam entre si, e em momentos da peça, algumas das personagens trocam de lugar uma com a outra. Nesse sentido, a personagem Gina é dotada de um importante diferencial, talvez por ser a única personagem morta da peça, sendo portanto capaz de transitar por entre todos os espaços.

Onipresente, o espectro de Gina une por fim as outras quatro mulheres sob o mesmo signo – um novelo de lã –, que as vai envolvendo uma a uma até que, finalmente, as três histórias se entrelaçam no mesmo fio de lã, no mesmo fio de vida – materialização cênica dos tais laços humanos de que a peça trata.

Outro elo que conecta as cinco atrizes numa mesma sintonia em cena são as músicas que cantarolam no início e ao fim do espetáculo.

Por sua vez, toda presença masculina em cena se dá através de objetos: o velho da barca é representado por um chapéu e uma garrafa de vinho; o pai de Gina, por um cachimbo; os homens da vida de Luisiana, respectivamente, pelo consolo, a botina preta, e o diamante.

Por fim, cada uma das três histórias é propositalmente contada de uma maneira a ficar em aberto, ao final, para que seja delegada ao público a tarefa de completá-las. Se Gina e Oriana realmente se amavam, se o amado de Luisiana realmente se tinha matado, e se o bebê da barca realmente estava vivo, só poderá ser respondido pelo público.

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