segunda-feira, 22 de março de 2010

NuConcreto, do Circo Mínimo, no Caixa Cultural (São Paulo, SP)

Temporada gratuita do espetáculo NuConcreto, da Cia. Circo Mínimo, na Caixa Cultural São Paulo



Um espetáculo sensorial, interativo, humorado e extremamente conectado com a vida urbana da metrópole

Volta em cartaz, para uma temporada curtíssima e gratuita, de 25 de março a 4 de abril de 2010, na Caixa Cultural São Paulo, em São Paulo, o espetáculo NuConcreto, da companhia Circo Mínimo. Além das sessões do espetáculo, haverá três debates com os convidados Luciana Bueno, Rodrigo Matheus, Mônica Arroyo, Dieter Heidermann, Alexandre Roit e Marcello Lazzarato sobre os temas que perpassam a obra NUConcreto.

NuConcreto aborda a vida em sociedade nos centros urbanos contemporâneos e as influências da globalização. Conceitos como território, lugar, verticalidade e horizontalidade, território usado e espaço de fluxos, serviram de ponto de partida para a criação de cenas, imagens e situações relacionadas ao tema amplo: o da metrópole contemporânea e o homem – ser social – que nela habita, nos tempos globalizados.

É a primeira incursão do grupo teatral CIRCO MÍNIMO por uma encenação em que o público e a cena ocupam o mesmo espaço. Essa opção foi resultado das soluções encontradas no decorrer do processo criativo do espetáculo, em confronto com o conteúdo proposto por Milton Santos, autor do livro “Por uma outra Globalização - Do Pensamento Único à Consciência Universal”, obra que serviu de adaptação para essa peça. O livro aborda o tema da globalização a partir de três aspectos, sendo que os dois primeiros também aparecem no espetáculo: a globalização como fábula, aquela que nos ‘vendem’ como sendo a solução para os problemas da sociedade contemporânea; e a globalização como perversidade, que é, para Milton Santos, o que de fato acontece, gerando as conseqüências sociais de crise que vivemos hoje.



A proposta cenográfica é também um ponto de partida do espetáculo. O cenário, um grande “trepa-trepa” de canos de ferro, faz referência à cidade, com seus compartimentos; à sensação de abafamento e aperto dos centros urbanos, aliados às possibilidades lúdicas e simbólicas viabilizadas pelas técnicas circenses, em especial as técnicas do mastro chinês, pouco exploradas pelo circo ou pelo teatro brasileiros.

As imagens, encadeadas, constroem uma narrativa fragmentada sem criar uma fábula, e dialogam de maneira lúdica com o espectador, convidado a refletir sobre questões como as influências da cultura de massa sobre a sociedade, o desejo pelo poder e pelo dinheiro, e as conseqüências da desigualdade social.

Histórico

O Circo Mínimo foi criado por Rodrigo Matheus, em 1988, com o espetáculo de mesmo nome, o qual foi indicado para o prêmio MAMBEMBE (Categoria Revelação, pela pesquisa de linguagem) naquele ano, em parceria com Alexandre Roit e Camila Bolaffi.

Em 1993, quando Matheus voltou a São Paulo, depois de morar por quatro anos na Europa, montou “Prometeu”, com direção de Cristiane Paoli Quito, parceira desde os tempos de teatro amador. Este espetáculo recebeu os prêmios de Melhor Espetáculo do Festival de Curitiba de 1996, prêmio do público, e de Melhor Espetáculo de Rua, prêmio da crítica, no mesmo Festival.

Em 1997, o Circo Mínimo produziu o espetáculo “Deadly”, vencedor do III Festival de Teatro Físico e Visual da Cultura Inglesa e em 1999 foi considerado melhor espetáculo de Teatro Físico, na opinião do público do Fringe Festival de Edimburgo, Escócia. No mesmo ano foi produzido “Orgulho”, com direção de Carla Candiotto. No ano seguinte, Circo Mínimo apresentou todo seu repertório, juntamente com a estreia de “Moby Dick” (também dirigido por Cristiane Paoli Quito), no Centro Cultural São Paulo, em celebração de seus 10 anos.



Entre 1999 e 2002, a Companhia contou com um elenco de 8 atores estreando "Alados" e “Ladrão de Frutas”, depois o monólogo “Gravidade Zero” e “História de Pescador”, seguidos por “Babel”. Em 2003 montou o seu primeiro espetáculo infantil, “João e o Pé de Feijão”, dirigido por Carla Candiotto.

Em 2006, estreou “Road Movie”, vencedor do Cultura Inglesa Festival. No ano seguinte, estreou no interior paulista o espetáculo !Circo Máximo!, vencedor do Prêmio Funarte Miriam Muniz e do PAC Paulista e em 2008 montou “Miranda e a Cidade”, de Aimar Labaki, no Teatro Popular do SESI e foi selecionado para o Programa Municipal de Fomento ao Teatro, com o projeto “Circo Mínimo – 20 anos – As Narrativas de Imagens”. O Circo Mínimo fez parte da Central do Circo, entre 1999 e 2004, projeto contemplado duas vezes com o Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

NuConcreto

Ficha Técnica

Concepção: Rodrigo Matheus Direção e Roteiro: Alexandre Roit e Rodrigo Matheus Criação: Alexandre Roit, Célia Borges, Felipe Chagas, Mariana Duarte, Marcella Vessichio, Ricardo Neves, Ricardo Rodrigues e Rodrigo Matheus Consultoria Dramatúrgica: Marcelo Lazzaratto Com: Ana Maíra Favacho, Bruno Rudolf, Felipe Chagas, Mariana Duarte, Marcella Vessichio e Ricardo Rodrigues Direção de Arte (cenografia, figurinos e adereços): Luciana Bueno Iluminação: Wagner Freire Música Original: André Abujamra Maquiagem: Denise Borro Produção e Administração: Mário Lopes Assistência Administrativa: Aline Grisa Assistência de Arte: Camila Fogaça, Daniel Juliana, Julia de Francesco e Thiago Roque (Arroiz) Consultoria de magia: Ricardo Malerbi Treinador de Mastro Chinês e preparador físico: Angel Andricáin Realização: Circo Mínimo da Cooperativa Paulista de Teatro

Projeto financiado pelo Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo e Caixa Cultural

Apoio: CEFAC – Centro de Formação Profissional em Artes Circenses e Tendal da Lapa

Serviço:

Local: Grande Salão - Caixa Cultural Sé - São Paulo

Endereço: Praça da Sé, 111, Centro CEP 01001-001 - São Paulo -SP

Datas/Temporada: do dia 25 de Março ao dia 04 de Abril de 2010

Quintas, sextas e sábados às 20h, domingos às 19h

Entrada: entrada franca (retirar ingresso 1hora antes)

Lotação: 120 pessoas Recomendação: 16 anos

Debates:

30.03 às 19h

Debate 1 – A linguagem do Circo Mínimo e a estética do NuConcreto – como surgiu, o que procura, os caminhos, dificuldades e soluções encontradas. As preocupações para encontrar uma estética da escassez, a estética do NuConcreto.

Luciana Bueno e Rodrigo Matheus

31.03 às 19h

Debate 2 – Milton Santos – sobre a obra, considerações e crítica sobre os aspectos propostos pelo geógrafo.

Mônica Arroyo e Dieter Heidermann

02.04 às 16h

Debate 3 – Sobre NuConcreto – Considerações críticas sobre a construção, narrativa, estética e técnica.O processo de construção de NuConcreto.

Alexandre Roit e Marcello Lazzarato

Local: 6° andar auditório - Caixa Cultural São Paulo

Endereço: Praça da Sé, 111, Centro

CEP 01001-001 - São Paulo -SP

Entrada: entrada franca

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