terça-feira, 3 de agosto de 2010
Palco Giratório do SESC traz 22 peças de 11 Estados
Em quinta edição, projeto reúne produções de fora do eixo Rio-São Paulo
Maria Eugênia de Menezes
Acontece uma vez por ano e a oportunidade é a de descobrir produções de fora do eixo Rio-São Paulo que, de outra maneira, não passariam por aqui. Em sua quinta edição paulistana, o projeto Palco Giratório, do Sesc, traz 22 peças de 11 Estados brasileiros. A programação tem início hoje na Praça da Sé com a apresentação do espetáculo de rua O Amargo Santo da Purificação, com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre. Até o dia 28, serão 45 apresentações em todas as unidades do Sesc da capital, além das cidades dos arredores, como Osasco, Grande ABC e Campinas.
Claudio Edges/DivulgaçãoCena de 'O Amargo Santo da Purificação', de uma cia de Porto AlegreAssim como nas edições anteriores, o evento envolveu curadores de todos os Estados do País, que indicaram montagens de destaque em suas praças de origem. É assim que devem passar por aqui trabalhos improváveis, como Filhas da Mata, uma criação da companhia O imaginário, de Porto Velho, Rondônia.
"Na hora da seleção, sempre levamos em conta a representatividade da produção em cada região e a diversidade de linguagens, trazendo espetáculos de dança, teatro de rua, de animação", comenta Sidnei Martins, um dos curadores do Sesc.
Um é pouco. Martins explica que uma das principais novidades deste ano é o desdobramento do repertório de alguns grupos, que comparecem na mostra com mais de um espetáculo. "Achamos que seria interessante apresentar mais possibilidades estéticas e de linguagem de algumas companhias." É o caso dos cariocas do Núcleo Bacatá de Teatro, inéditos em São Paulo, que levam ao Sesc Santana as montagens Malentendido (dias 25 e 26), adaptação do texto de Albert Camus, e Ingrid (dias 28 e 29), um monólogo que observa os conflitos sociais na Colômbia e na América Latina. Quem também traz dois trabalhos de dança é a Sua Cia., de Salvador, que interpreta no Sesc Ipiranga as coreografias Ideias de Teto e Estudo da Lesma. Além das encenações, o coletivo também participa de um workshop, no qual a coreógrafa Clara Trigo deve falar sobre as principais fontes de inspiração da companhia.
Da Região Sul vêm algumas das principais estreias deste Palco Giratório. De Curitiba, a cia. de Marcos Damaceno traz Árvores Abatidas (ou Para Luís Melo), que fará sessões (dias 5 e 6), em Mauá e São Caetano.
Outra aposta da seleção é Mi Muñequita, trabalho do grupo Ponte Cultural Escritório de Produção, de Florianópolis que passa pelo Sesc Pompeia (dias 28 e 29). A peça é a primeira adaptação brasileira do texto do uruguaio Gabriel Calderón. Nela, o autor se vale do humor negro e do sarcasmo para abordar temas delicados, como pedofilia e violência contra crianças. A versão original de Mi Muñequita poderá ser vista em breve no evento Mirada, um festival ibero-americano de teatro, que o Sesc promove a partir de 2 de setembro.
Programação:
O Amargo Santo da Purificação
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (Porto Alegre/ RS)
Hoje, 15 h, Pça da Sé Amanhã, 15 h, Pça do Patriarca
Quinta, 15 h, Pça da Liberdade
Árvores Abatidas (ou Para Luís Melo)
Marcos Damaceno Cia. de Teatro
(Curitiba/ PR)
Quinta - 20h30 - Teatro Municipal de Mauá Sexta - 19h30 - Centro de Educação e Integração Comunitário Cora Coralina
Ingrid
Núcleo Bacatá de Teatro
(Rio de Janeiro/ RJ) Sábado - 21 h - Sesc Pinheiros
Domingo - 18 h - Sesc Pinheiros
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