terça-feira, 15 de junho de 2010

Centro de Reciclagem de Atores, no Maria Clara Machado (Rio de Janeiro,RJ)

"Corte Seco", dir.: Christiane Jatahy, no Teatro Maria Clara Machado

CRA – CENTRO DE RECICLAGEM DE ATORES


Está funcionando no Teatro Maria Clara Machado – Planetário, o Centro de Reciclagem de Atores, voltado para a reciclagem e o treinamento continuado de atores profissionais. Todas as segundas-feiras das 19h às 22h, durante o ano haverá aula com um professor diferente a cada semana.

Entre os ministrantes da reciclagem estarão renomados diretores como Moacir Chaves, Daniel Herz, Christiane Jatahy, Marcio Libar, Hamilton Vaz Pereira, Jefferson Miranda, Ivan Sugahara, entre outros.

Coordenando o CRA, a Diretora Geral do coletivo Clube da Cena e uma das diretoras Artísticas do Teatro Maria Clara Machado – Planetário, Cristina Fagundes.

Há abertura de novas vagas para o workshop mensalmente e o preenchimento das vagas é feito via seleção de currículo. O projeto é voltado apenas para atores com registro profissional.

Os interessados em ingressar no CRA, devem enviar currículo para cris1@ism.com.br

A mensalidade é de 250 reais e as vagas são limitadas.

Mais informações: 21 9666-9954

Seguem abaixo os ministrantes do CRA em julho:

Dia 05 de julho - Ernesto Piccolo

Dia 12 de julho - Christiane Jatahy

Dia 19 de julho - Luís Artur Nunes

Dia 26 de julho - Helena Varvaki

Ernesto Piccolo Neto

É ator, diretor de teatro e professor de teatro.

Um dos nomes de maior destaque na atual cena carioca e diversos prêmios na bagagem, o ator e diretor Ernesto Piccolo já foi indicado duas vezes ao Prêmio Shell: melhor direção por "Divã" e na categoria Especial pelo desenvolvimento do projeto Oficinas de Criação de Espetáculo, que ele coordena e dirige no Centro de Artes Calouste Gulbenkian.

Recebeu também o Prêmio Coca Cola pela direção do musical infantil "A Guerrinha de Tróia".

Principais Trabalhos:

Teatro:

"A Leve, o Próximo Nome da Terra"

"Desejos, Bazófias e Quedas"

"Amigas"

"O Futuro do Pretérito"

"Enfim Sós"

"Arraiá ou a Verdadeira História da Onça que Comia Caqui"

"A Maconha da Mamãe é a mais Gostosa"

"Os Visigodos"

"O Piano à Luz da Lua"

"Pluft, o Musical"

"O Que o Mordomo Viu"

"Galileu"

"Lorenzzaccio"

"Tiro Ao Alvo"

"As Desgraças de Uma Criança"

"Zartan"

"Capitães da Areia"

Cinema:

Gatão de Meia Idade

Benjamim

Como ser Solteiro

For All: O Trampolim da Vitória

Super Xuxa Contra o Baixo Astral

O Cabeça de Copacabana - Curta

Açaí com Jabá - Curta

Happy Hour - Curta

Decisão- Curta

Dois Na Chuva - Curta

Melodrama - Curta

Patriamada

TV:

Alma Gêmea

A Diarista

Carga Pesada

A Turma do Didi

Retrato Falado

Brava Gente Brasileira (episódio "Um Edifício Chamado 200")

Zorra Total

Mulher

Como Ser Solteiro, A Série (série produzida pelo Multishow)

Na Arquibancada (MultiRio)

Caça Talentos

O Fantasma da Ópera

Ana Raio e Zé Trovão

Floradas na Serra

Pantanal

Kananga do Japão

O Pagador de Promessas

Eu Prometo

Jogo da Vida

Em 2007, protagonizou com Sílvia Buarque, o seriado "Paidecendo no Paraíso", na GNT e atuou no programa especial da Rede Globo, "Faça Sua História".

No ano de 2009, dirigiu o espetáculo "Os Difamantes", com Maria Clara Gueiros e Emílio Orciollo Netto, e "História de Nós 2", com Alexandra Richter e Marcello Valle, peça indicada para o Prêmio Shell de 2009 pelo melhor texto.

Christiane Jatahy.

Diretora, dramaturga e atriz. Fundadora da Companhia Vértice de Teatro, seu trabalho se centra na pesquisa de linguagem e nas relações entre ator e público.

As primeiras atividades relacionadas ao teatro datam da adolescência, no Colégio Andrews, no Rio de Janeiro, em curso extracurricular ministrado por Miguel Falabella. Em 1984, atua em Cabaré, com texto e direção de Falabella, e em 1985, com o mesmo diretor, em Happy End, de Elisabeth Hauptman e Bertolt Brecht. Integra o grupo Mergulho no Trágico, no qual é dirigida por José Da Costa em Édipo Rei, de Sófocles, em 1988.

Interpreta textos do espanhol José Sanchis Sinisterra, autor sempre presente em sua produção, entre eles Ñaque, de Piolhos e Atores, em 1991, encenado por Moncho Rodriguez; Ay, Carmela, por Aderbal Freire-Filho, em 1993; e Perdida nos Apalaches, dirigida pelo autor, em 1997. A aproximação com a dramaturgia espanhola se reforça quando, em 1992, participa do curso Nuevos Enfoques de la Creación Teatral em Barcelona, na Sala Beckett, oportunidade para contatar autores, teóricos e dramaturgos.

Em 1994, com o cenógrafo Marcelo Lipiane e um elenco de 20 atores, cria o Grupo Tal, que compõe a Trilogia da Iniciação. Christiane assina a dramaturgia e a direção dos infantis Peter Pan, de J. M. Barrie, 1996; Alice, de Lewis Carrol, 1998; e Pinóquio, de Carlo Collodi, 1999. Esse grupo termina em 2000, e Christiane passa a dedicar-se ao teatro adulto, fundando a Companhia Vértice de Teatro, da qual é diretora artística.

No primeiro espetáculo dessa nova fase, Carícias, do catalão Sergi Belbel, inaugura o Teatro do Jóquei em 2001, com um encontro sobre a nova dramaturgia da Espanha. Em 2003, dirige Memorial do Convento, romance de José Saramago, com tratamento dramatúrgico de Sinisterra. A montagem é bem recebida pela crítica, que abona as soluções e os esforços imaginativos da encenação para conservar a força da obra literária.

A partir de 2004, Christiane radicaliza as pesquisas formais do grupo. Em Conjugado, monólogo interpretado por Malu Galli, a vida de uma mulher solitária ganha representação por meio da combinação de performance, projeção de documentário e instalação, elementos do cenário inventivo de Marcelo Lipiane. A peça inicia a trilogia intitulada Uma Cadeira para a Solidão, Duas para o Diálogo e Três para a Sociedade. A segunda parte dessa série, A Falta que nos Move ou Todas as Histórias São Ficção, 2005, joga abertamente com as relações entre ator e platéia. Enquanto prepara um jantar e espera um convidado, o elenco conversa com o público sem deixar claro, em muitos momentos, os limites entre interpretação, realidade e ficção. O espetáculo, segundo Sérgio Salvia Coelho caracteriza-se como a "obra-prima do naturalismo experimental de Christiane".1

Em 2006, as qualidades da diretora se revelam também em uma montagem mais convencional, a de Leitor por Horas, com Ana Beatriz Nogueira, Luciano Chirolli e Sebastião Vasconcelos. Trata-se de outro texto de Sinisterra, em que um pai contrata um homem para ler obras clássicas para a filha cega, tema adequado para abordar a metalinguagem. A crítica Mariângela Alves de Lima escreve sobre as virtudes da peça: "Cristiane Jatahy dirige a encenação atenta ao sentido de refração dos signos artísticos. Sendo parte de sintaxe teatral as personagens giram em torno de um eixo oferecendo a cada cena perspectivas diferentes de contemplação. De modo análogo, as composições dos intérpretes são fluidas e variáveis para que não se colem às personagens traços fixos de caráter ou psiquismo. (...) o espetáculo tem o encanto especial da revelação endereçada a poucos e privilegiados espectadores. É a um só tempo íntimo, em razão das dimensões e da proximidade entre atores e público, e impessoal porque aborda os abstratos problemas da comunicação artística".2

A partir de 2001, começa a ministrar aulas no curso de interpretação da Escola de Artes Dramáticas do Centro Universitário do Rio de Janeiro - UniverCidade.

Luis Artur Nunes

é Diretor e professor. Com carreira acadêmica contínua, dirige o Núcleo Carioca de Teatro, onde pesquisa o teatro épico e é pioneiro em duas iniciativas: a descoberta da teatralidade nas convenções do melodrama e nas crônicas de Nelson Rodrigues.

Forma-se em 1971 como bacharel em direção teatral e leciona entre 1973 e 1990 no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1976, conclui mestrado em teatro pela Universidade de Nova York. Em Porto Alegre, faz suas primeiras experiências de direção com o Grupo de Teatro Província, no início da década de 70. Encena também vários trabalhos de sua autoria, como: Sarau das 9 às 11, em parceria com Caio Fernando Abreu, 1976; DeColagem, 1977; Mo(vi)mentos e (Ins)Pirações; A Comédia dos Amantes; 1979; e Love/Love/Love, 1981.

Depois de quatro anos em Nova York, onde conclui doutorado em teatro e dirige dois espetáculos, monta A Fonte, 1988, adaptação da obra de Erico Verissimo, merecendo o prêmio de direção do sindicato dos artistas de Porto Alegre. No mesmo ano encena, no Rio de Janeiro, A Maldição do Vale Negro, 1988, escrito em parceria com Caio Fernando Abreu. A montagem parodia a dramaturgia e a linguagem do melodrama e vale aos autores o Prêmio Molière. O crítico Macksen Luiz considera que o diretor trata o material escrito com elegância: "Luiz Arthur desenha com estilo (...) cada cena do espetáculo, o que revela um cuidado de acabamento e um detalhamento raros de se encontrar ultimamente".1 Segundo o crítico Armindo Blanco, trata-se de "uma experiência quase laboratorial, muito envolvente na relação com a platéia graças à perfeita e disciplinada identificação dos atores com o autor/diretor." 2

Em 1990, morando no Rio de Janeiro, transfere-se para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. A partir de 1996, é contratado como professor titular no Departamento de Direção Teatral e no Programa de Pós-Graduação em Teatro da Escola de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro, Uni-Rio. No Rio de Janeiro, a partir da estréia e da boa receptividade de A Maldição do Vale Negro, funda o Núcleo Carioca de Teatro, dedicado a experiências teatralistas. Com o espetáculo A Vida Como Ela É, teatralização de crônicas de Nelson Rodrigues, 1991, ganha o Prêmio Sated/RJ pela direção. Fora do Núcleo, Luiz Arthur dirige A Volta ao Lar, de Harold Pinter, 1992, A Caravana da Ilusão, de Alcione Araújo, e Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, 1993, Como Diria Montaigne, de Wilson Sayão, 1995, com Ivone Hoffman no papel da protagonista.

Em 1996, o Núcleo Carioca de Teatro retorna com Tragédias Cariocas para Rir, teatralização de contos de Machado de Assis (1839 - 1908), João do Rio, Orígenes Lessa (1903 - 1986), Ignácio de Loyola Brandão (1936) e Rubem Fonseca, com cenografia de Lidia Kosovski. No ano seguinte, Luiz Arthur encena O Homem e a Mancha, de Caio Fernando Abreu, e Seria Trágico se Não Fosse Cômico, de Dürrenmatt. Em 1998, dirige Que Mistérios tem Clarice, teatralização de textos de Clarice Lispector (1925 - 1977), e Chico Viola, do próprio Luiz Arthur Nunes.

Com o Núcleo, realiza O Correio Sentimental de Nelson Rodrigues, em 1999, tomando novamente a função do narrador como chave para a teatralidade. No mesmo ano, dirige O Momento de Mariana Martins, de Leilah Assumpção, e, em 2002, Arlequim, Servidor de Dois Patrões, de Carlo Goldoni.

Helena Varvaki

é atriz e diretora

Formada na Escola de Teatro P. Katsélis e no Studio de Movimento Teatral de Nellie Karas, Atenas/Grécia. Estudou com o Odin Teatret e Eugenio Barba. Fez curso de interpretação com Fatima Toledo.

É professora e coordenadora adjunta no Curso de Artes Dramáticas da UniverCidade.

Destaques em teatro: A AURORA DA MINHA VIDA, direção Naum Alves de Souza, 1984; VIA

CRUCIS DO CORPO, direção Manoel Prazeres, 1987; JÁ NÃO PENSO MAIS EM TI, direção Marcia Rubin,

1995; MÃO NA LUVA, direção Dudu Sandroni, 1998; O MAIS FROUXO DOS DEUSES (indicação

Mambembe), direção Flávio Desgranges, 1998; PENÉLOPE, direção Antonio Guedes, 1995; ENTRE O CÉU

E O INFERNO, direção Cristina Pereira, 2002; NAVALHA NA CARNE, direção Antonio Guedes, 2003;

KSENI, direção Jocy de Oliveira, 2006; A ARTE DE TER RAZÃO, direção Vitor Lemos, 2007; A FRUTA E A

CASCA, texto e direção Manoel Prazeres, 2008.

Destaques em vídeo: NÃO ME CONDENES ANTES QUE ME EXPLIQUE de Cristina Leal; AS

LUZES FAZEM O ESCURO PARECER MAIS ESCURO de Luciano Perez; PENÉLOPE de Célia Freitas; BELÍSSIMA, TV Globo, 2006; DEPOIS DO BIP de Victor Cury e Nathalie Phellipe, 2007; BELEZA PURA, TV

Globo, 2008.

Um comentário:

  1. O Fanzine Episódio Cultural é uma publicação bimestral (Machado-MG/Brasil) sem fins lucrativos distribuído gratuitamente em várias instituições culturais, entre elas: Casa das Rosas (SP/SP), Inst. Moreira Salles (Poços de Caldas-MG) e Cia Bella de Artes (Poços de Caldas-MG). De acordo com o editor e poeta mineiro Carlos Roberto de Souza (Agamenon Troyan), “o objetivo é enfocar assuntos relacionados à cultura, e oferecer um espaço gratuito para que escritores, poetas, atores, dramaturgos, artistas plásticos, músicos, jornalistas... possam divulgar suas expressões artísticas”.

    http://www.fanzineepisodiocultural.blogspot.com
    Contato: machadocultural@gmail.com

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