segunda-feira, 31 de maio de 2010

Plano Municipal de Cultura para o Teatro (Niterói, RJ)


Aos colegas do Conselho Municipal de Cultura de Niterói, artistas, amigos e a quem possa interessar.


Segue sugestões para o Plano Municipal de Cultura no que concerne a ARTES CÊNICAS TEATRO, conforme acordado em reunião do Conselho.

Muitas delas foram retiradas da reunião da Câmara Setorial de Artes Cênicas, logo após a II Conferência.

Esperamos contribuir para que mude o panorama do Teatro e dos Grupos Teatrais e profissionais envolvidos nessa arte em nossa cidade.

Quanto a parte referente ao Circo, Tuca Cerícola, já enviou separadamente.

Abraços a todos.

Cida Palmeirim

Câmara Setorial de Artes Cênicas

DESAFIOS AÇÕES E PARCEIROS FORMAS DE AVALIAÇÃO

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

Falta de editais para ocupação de teatros públicos e/ou projetos municipais (Cultura para Todos; Férias Nota 10) prevendo que no elenco dos espetáculos haja 75% dos atores com DRT.

Fiscalização dos grupos inscritos através de profissionais da área cultural. A seleção dos projetos não pode ser realizada apenas por educadores.

Divulgação em painel na Secretaria de Educação ou na FAN dos projetos inscritos e selecionados, contendo ficha técnica e sinopse do espetáculo.

Divulgação oficial dos projetos inscritos e selecionados (para os teatros, prazo de 6 em 6 meses), com esclarecimento de quantidade de apresentações e valores a serem pagos (no caso dos projetos da prefeitura) Criação de editais públicos e instituição da obrigatoriedade dos mesmos através de leis municipais.

Relatórios de professores e coordenadores das escolas que receberão os projetos. Pesquisa de público nas apresentações de espetáculos em Teatros e nas Praças.

Acessibilidade dos grupos niteroienses aos teatros.

Conscientização dos gestores culturais sobre a importância de um percentual de pauta (iniciando com 25%) para os espetáculos comprovadamente niteroienses. Aumento do percentual de pauta para os grupos comprovadamente niteroienses (40%)

Desconto nos impostos para os teatros privados que permitirem acessibilidade dos grupos niteroienses em percentual igual ao público.

Criação de leis para os teatros públicos municipais, onde conste um percentual 60% de pauta destinado aos grupos comprovadamente niteroienses. A prefeitura sendo parceira dessas ações, solicitará um fiscal para avaliá-las.

Brigas políticas entre os gestores dos espaços, impedindo a circulação da programação.

Conscientização dos gestores dos espaços culturais de que tais cargos não são lugares para exibicionismos e sim para o desenvolvimento de trabalhos para a comunidade de Niterói.

Abertura de concurso público para a contratação de produtores culturais para gerirem os teatros públicos da cidade.

Fiscalização por parte da FAN da circulação da programação.

Profissionalização de gestores culturais e artistas. Divulgação maior do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense.

Criação de cursos de extensão de produção cultural abertos à população.

Criação de uma escola profissionalizante de atores e diretores. Acompanhamento da transformação da programação dos teatros.

Acompanhamento da qualidade dos espetáculos.

Falta de diálogo entre os gestores culturais da cidade, implicando em repetição da programação em diferentes espaços.

Obrigatoriedade de comparecimento em uma reunião com a Fundação de Artes de Niterói uma vez ao mês para conversas sobre os espaços, programações, projetos e objetivos divergentes e comuns. O não comparecimento poderá resultar em ser retirado do cargo.

Acompanhamento da programação dos Teatros da cidade.

Falta de horários alternativos para apresentações de grupos amadores (com menos de 75% do elenco sem DRT) e espetáculos experimentais e alternativos. Abertura de pauta para horários alternativos nos teatros através da conscientização dos gestores culturais, que devem compreender a necessidade deste espaço para espetáculos amadores, experimentais e alternativos.

Criação de uma lei para os teatros públicos que conste como obrigatoriedade a abertura de pauta para horários alternativos destinados aos espetáculos amadores e experimentais.

Acompanhamento da programação mensal dos Teatros públicos niteroienses.

Falta de espaços para ensaios e experimentações dos grupos de teatro da cidade. Conscientização de gestores culturais para a abertura dos teatros públicos 2 vezes por semana para ensaios e experimentações de grupos comprovadamente niteroienses. Aumento da abertura dos teatros públicos para ensaios e experimentações para 3 vezes por semana. Criação de um galpão com salas para ensaios e experimentações dos grupos de teatro comprovadamente niteroienses.

Criação de lei para abertura de horários nos teatros públicos para ensaios e experimentações de grupos comprovadamente niteroienses, obedecendo determinadas regras, para que não haja monopólio.

Percepção de inovações teatrais e novos espetáculos presentes nos Teatros.

Não existem festivais de teatro infantil e adulto continuados. Contratação de produtores culturais pela FAN para a criação e o planejamento de festivais de teatro adulto e infantil continuados. Produtores culturais concursados darão continuidade aos projetos de festivais de teatro adulto e infantil na cidade. Pesquisa de público quantitativa e qualitativa, presente nos festivais.

Quantidade e qualidade dos espetáculos inscritos (demanda).

Concentração de Teatros na Zona Sul e Centro da cidade. Contratação de grupos profissionais de teatro (infantil e adulto) para apresentarem espetáculos em locais específicos da Zona Norte e Região Oceânica, formando um público.

Continuidade de apresentações teatrais na Zona Norte e na Região Oceânica. Construção de um Teatro na Região Oceânica e na zona norte da cidade.

Demanda de público presente nos espetáculos.

Investimento em formação de platéia Contratação de grupos profissionais de teatro que se apresentariam durante o ano letivo e depois conversariam com as crianças, adolescentes e jovens sobre o processo do espetáculo e tirariam dúvidas sobre teatro. Investimento em oficinas de teatro opcional nas escolas públicas do município com o intuito de aproximar crianças, adolescentes e jovens do teatro.

Qualidade, quantidade e constância do público que passará a freqüentar os espetáculos teatrais.

Acima quadro com a progressão temporal (realizado por Felipe Capello e Rachel Palmeirim) , abaixo simplificado.

Desafios:

1. Falta de editais para ocupação de teatros públicos e/ou projetos municipais (Cultura para Todos; Férias Nota 10) prevendo que no elenco dos espetáculos haja 75% dos atores com DRT.

2. Acessibilidade dos grupos niteroienses aos teatros públicos.

3. Brigas políticas entre os gestores dos espaços, impedindo a circulação da programação.

4. Profissionalização de gestores culturais e artistas.

5. Falta de diálogo entre os gestores culturais da cidade, implicando em repetição da programação em diferentes espaços.

6. Investimento em formação de platéia

7. Falta de horários alternativos para apresentações de grupos amadores (com menos de 75% do elenco sem DRT) e espetáculos experimentais e alternativos.

8. Falta de espaços para ensaios e experimentações dos grupos de teatro da cidade.

9. Não existem festivais de teatro infantil e adulto continuados.

10. Concentração de Teatros na Zona Sul e Centro da cidade.

Ações:

1. Criação de editais públicos e instituição da obrigatoriedade dos mesmos através de leis municipais.

2. Criação de leis para os teatros públicos municipais, onde conste um percentual 50% de pauta destinado aos grupos comprovadamente niteroienses.

3. Conscientização dos gestores dos espaços culturais de que tais cargos não são lugares para exibicionismos e sim para o desenvolvimento de trabalhos para a comunidade de Niterói. Principalmente quando tratamos de espaços públicos, a necessidade de profissionais de produção cultural na direção de tais espaços é urgente

4. Divulgação maior do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense.

Criação de cursos de extensão de produção cultural abertos à população.

Criação de uma escola profissionalizante de atores e diretores.

5. Obrigatoriedade de comparecimento em uma reunião com a Fundação de Artes de Niterói uma vez ao mês para conversas sobre os espaços, programações, projetos e objetivos divergentes e comuns.

6. Investimento em oficinas de teatro opcional nas escolas públicas do município com o intuito de aproximar crianças, adolescentes e jovens do teatro.

7. Criação de uma lei para os teatros públicos que conste como obrigatoriedade a abertura de pauta para horários alternativos destinados aos espetáculos amadores e experimentais.

8. Criação de um galpão com salas para ensaios e experimentações dos grupos de teatro comprovadamente niteroienses, além da abertura de horários nos teatros públicos com mesma função, obedecendo determinadas regras, para que não haja monopólio.

9. Contratação de produtores culturais pela FAN para a criação e o planejamento de festivais de teatro adulto e infantil continuados.

10. Criação de um Teatro na Região Oceânica e na zona norte da cidade.

Um comentário:

  1. A deficiência no APOIO e INCENTIVO ao Teatro, mais precisamente aos profissionais do teatro, no Município de Niterói é ULTRAJANTE.

    Faço parte da Produção do PRIMEIRO espetáculo proveniente deste Município que foi aprovado pela LEI ROUANET - segundo reconhecimento da própria Secretária de Cultura - e, estamos tendo que tentar caminahr sozinhos. NÃO recebemos qualquer apoio, incentivo ou respostas por parte dqueles que deveriam ser os maiores responsáveis pela implantação da Cultura aos cidadãos Niteroienses.
    Não conseguimoes sequer agendar pauta nos teatros Municipais.

    Gostaríamos e Precisamos de ajuda para continuar a realização desse Projeto tão reconhecidamente inteligente e grandioso.

    Grata,

    Bia Dorneles | 21- 86327543
    bia.dorneles9@gmail.com

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