quarta-feira, 12 de maio de 2010
O Grande Cerimonial, de Arrabal, estreia no Augusta (São Paulo, SP)
ESPETÁCULO O GRANDE CERIMONIAL ESTRÉIA NO TEATRO AUGUSTA
Texto inédito, do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, narra a história de Cavanosa e suas relações contraditórias com sua mãe, mulheres e bonecas. Montagem do Teatro Kaus, tem direção de Reginaldo Nascimento
Texto inédito no Brasil, a peça O GRANDE CERIMONIAL, do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, estréia dia 12 de maio, quarta-feira, às 21h, no TEATRO AUGUSTA, Sala Experimental. Peça narra a história de Cavanosa e suas relações contraditórias com sua mãe, mulheres e bonecas. Montagem do Teatro Kaus, tem direção de Reginaldo Nascimento, que em agosto passado trouxe a São Paulo o dramaturgo Fernando Arrabal.
O GRANDE CERIMONIAL narra a história de Cavanosa, um Casanova as avessas que todas as noites seduz uma mulher e a leva a seu quarto onde estabelece o cerimonial: um rito tresloucado de amor, que não passa de um projeto, uma fantasia extraída de seus sonhos. O Cerimonial acontece quando Cavanosa encontra a Mulher-menina, a pureza profana que com ele irá desbravar o mundo. Uma história de amor às avessas, levada às últimas conseqüências.
A peça traz para cena o mundo claustrofóbico do autor e estabelece um jogo permanente entre o belo e o grotesco, a vida e a morte, o sonho e a realidade, a fantasia e os pesadelos, de cinco personagens: Cavanosa, A Mãe, Sil, O Amante e Lis. “Revelamos na montagem um pouco do universo de Arrabal, vestido com as cores da ciência, da filosofia, da rebelião, do humor, do sofrimento, do amor e da imaginação sem limites”, afirma o diretor Reginaldo Nascimento.
“Na concepção do espetáculo optamos por uma linguagem híbrida que transita com o teatro da absurdidade, o surrealismo e o expressionismo. Procurei despertar no trabalho com os atores um estado absurdo, busquei construir interpretações fortes, trabalhadas numa partitura física que apresenta uma gestualidade bem definida para ampliar as possibilidades de comunicação num espetáculo onde o não olhar amplia a capacidade de ver de fato quem somos e para onde vamos”, finaliza o diretor.
Reginaldo Nascimento assina o cenário, sonoplastia e figurino, este último em parceria com Anelise Drake. A cenografia delimita o espaço do sonho surrealista com signos como o carrinho de criança e outros objetos. As bonecas que compõem o cenário foram criadas pela artista plástica Suzy Gheler. A trilha sonora é composta de melodias desconexas que desenham as nuances da peça. Os figurinos transitam com a fantasia, com cores fortes, nos remetendo as histórias infantis. A iluminação, de Vanderlei Conte, aposta nas penumbras e sombras, criando uma atmosfera expressionista. A preparação corporal é de Mônica Granndo.
Fernando Arrabal:
Escritor, dramaturgo e cineasta, nascido no Marrocos espanhol em 1932, atualmente mora em Paris. Controvertido, cultiva uma estética irreverente tanto na sua obra como nas suas aparições públicas. Recebeu o reconhecimento internacional pela sua obra narrativa (onze novelas), poética (numerosos livros ilustrados por Amat, Dalí, Magritte, Miotte, Saura, entre outros), dramática (numerosas obras de teatro publicadas em dezenove volumes) e cinematográfica (seis longas-metragens). Autor de mais de 70 peças teatrais, entre elas: Fando e Lis, Guernica, A Bicicleta do condenado, O triciclo, O cemitério de automóveis, O Arquiteto e o Imperador da Assíria, A Oração, Uma Tartaruga chamada Dostoiëwsky, O Jardim das Delícisa, O labirinto, entre outras. Arrabal não é só o autor espanhol mais encenado no mundo, quanto também um dos poucos autores do chamado Teatro do Absurdo que ainda vivem e produzem. Na década de Sessenta, depois de permanecer três anos no grupo surrealista, Arrabal, juntamente com Roland Topor e Jodorowsky, cria o Movimento Pânico, cujo manifesto expressava a intenção de conciliar o absurdo com o cruel, identificar a arte com o vivido e adotar a cerimônia como forma de expressão. Seu Teatro Pânico, que ele mesmo qualifica como presidido pela confusão, o humor, o terror, o azar e a euforia, está baseado na busca formal, tanto espacial como gestual, e na incorporação de elementos surrealistas na linguagem.
Reginaldo Nascimento:
Ator e Diretor Teatral em constante atividade desde 1990. É fundador e diretor há 11 anos do TEATRO KAUS CIA EXPERIMENTAL. Participou de diversos cursos de formação e aprimoramento com diversos e importantes profissionais. Desde 1993 se dedica especificamente a Direção Teatral e a pesquisa do teatro de grupo, tendo assinado a direção de mais de 20 espetáculos entre eles: Infiéis, de Marco Antonio de la Parra, A Revolta, de Santiago Serrano, El Chingo, de Edílio Peña, Pigmaleoa, de Millôr Fernandes, Cala a Boca Já Morreu, de Luís Alberto de Abreu, A Boa, de Aimar Labaki, Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, Homens de Papel e Oração para um pé de chinelo, ambas de Plínio Marcos, entre outros. Vêm realizando desde 1994, várias oficinas e cursos em prefeituras, secretarias de cultura e instituições privadas pelo interior do Estado, na capital e outros estados. Organizou e Editou o Livro CADERNOS DO KAUS “O Teatro na América Latina”. Em agosto de 2009 idealizou e executou juntamente com o Grupo Kaus e em parceria com o Instituto Cervantes a Mesa de Debates Um Certo Arrabal, evento que trouxe a São Paulo o Dramaturgo Fernando Arrabal, um dos mais importantes da cena Mundial.
Teatro Kaus Cia. Experimental:
Radicado em São Paulo desde outubro de 2001, o Teatro Kaus Cia Experimental da Cooperativa Paulista de Teatro foi criado em dezembro de 1998, na cidade de São José dos Campos, pelo ator e diretor Reginaldo Nascimento e pela atriz e jornalista Amália Pereira. Na capital paulista, a Cia. encenou as peças A Revolta, do argentino Santiago Serrano (2007), El Chingo, do venezuelano Edilio Peña (2007), Infiéis, do chileno Marco Antonio de la Parra (2006/2009), Vereda da Salvação, de Jorge Andrade (2005/2004) e Oração para um pé de chinelo, de Plínio Marcos (2002). Em fevereiro de 2007, o Teatro Kaus estreou o Repertório do Kaus, no Centro Cultural São Paulo, onde ficou em cartaz com os espetáculos El Chingo, A Revolta e Infiéis. Participou em Julho de 2007 como convidado do XVIII Temporales Internacionales de Teatro, em Puerto Montt e da Lluvia de Teatro de Valdivia, ambas no Chile, apresentando o Espetáculo A Revolta, realizando três apresentações, com o texto original em espanhol. Em novembro de 2007, lançou o livro Cadernos do Kaus – O Teatro na América Latina, um registro documental sobre todas as ações do projeto Fronteiras – O Teatro na América Latina, realizado pelo grupo durante o ano de 2006 e 2007, em parceria com o Instituto Cervantes e beneficiado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Em 2008, fez temporadas no Centro Cultural da Juventude com as peças El Chingo e Infiéis. Em 2009, realizou temporada da peça Infiéis, no Teatro X, onde participou também do evento Festa do Teatro. Em novembro de 2009, participou no SESC SANTANA, do evento Experiência Cênica, que teve como foco a obra do dramaturgo e cineasta espanhol Fernando Arrabal. A Programação contou com leitura de textos, exibição de filme, palestras com Alexandre Mate e Jefferson Del Rios e oficina com Reginaldo Nascimento, idealizador do evento, além de ensaio Aberto da peça O Grande Cerimonial.
Para Roteiro
O GRANDE CERIMONIAL – Estréia dia 12 de maio de 2010, quarta-feira, às 21h. Texto: Fernando Arrabal. Direção: Reginaldo Nascimento. Com o Teatro Kaus Cia Experimental. Elenco: Alessandro Hernandez, Amália Pereira, Deborah Scavone e Alessandro Hanel. Duração: 100 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$30,00 (Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto). Quartas e quintas, às 21h. Até 1 de julho.
TEATRO AUGUSTA - SALA EXPERIMENTAL – Rua Augusta, 943 – Cerqueira César, tel: 3151-4141. Capacidade 50 lugares. Bilheteria funciona de quarta a domingo, a partir das 15 horas. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Estacionamento ao lado. Café.
(Amália Pereira – abril/2010)
Assessoria de Imprensa
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Reginaldo e Amália,
ResponderExcluirGostaria de saber se ainda permanecem em cartaz.
O grupo Reviu a Volta de Belo Horizonte está ensaiando "Uma Tartaruga chamada Dostoievsky" de Fernando Arrabal como espetáculo de rua. Como podemos conseguir direitos autorais, uma vez que bilheteria não é fechada?
Aguardo retorno,
Isabel Jimenez
(Produtora Cultural - 031.97813809)