segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Essa Moça - Ligando para Tom Waits estreia no Augusta (São Paulo, SP)


ESPETÁCULO ESSA MOÇA - LIGANDO PARA TOM WAITS, AINDA ACORDADO, EM ISTAMBUL ESTRÉIA NO TEATRO AUGUSTA


Texto inédito de Alberto Guiraldelli, é uma fábula contemporânea cheia de mágica e ironia. Na peça, uma mulher está voltando às pressas para o seu país, tem suas malas roubadas e descobre uma cabine telefônica mágica. Com direção de Einat Falbel, montagem é encenada pela Cia do Ator Careca

Texto inédito de Alberto Guiraldelli, o espetáculo ESSA MOÇA - LIGANDO PARA TOM WAITS, AINDA ACORDADO, EM ISTAMBUL, estréia dia 6 de outubro, quarta-feira, às 21h, no Teatro Augusta, Sala Experimental. Peça é uma fábula contemporânea cheia de mágica e ironia. Narra a história de uma mulher que está voltando às pressas para o seu país, tem suas malas roubadas e descobre uma cabine telefônica mágica. Com direção de Einat Falbel, montagem é encenada pela Cia do Ator Careca e traz no elenco os atores Mônica Granndo e Alberto Guiraldelli.

Em ESSA MOÇA, uma mulher que está em Londres de malas prontas para voltar ao Brasil e a caminho do aeroporto, resolve telefonar para um ex-namorado na esperança que ele não se case antes dela chegar. Ao entrar na cabine telefônica suas malas e sua passagem de avião são roubadas, o metrô fecha, ela não tem apartamento para voltar, o telefone não funciona. Descobre que a cabine tem uma característica singular: dela é possível ligar para qualquer pessoa do mundo, basta pensar no nome dessa pessoa.

Ela telefona para policiais, colegas de trabalho, prostitutas, seu pai, sua mãe, Brad Pitt, Johnny Deep, Benício Del Toro e faz longas ligações para o embriagado cantor cult Tom Waits, com quem divide suas angústias. Conversando com cantor, percebe que toda a sua angústia e descompasso com o mundo estão ligados a um episódio da infância: um menino que ela conheceu, que pode ou não ter matado um passarinho. Ela tenta ligar para esse menino, que agora é adulto, só que ela não sabe o nome dele.

“É um texto sobre a comunicação mais profunda entre as pessoas, a começar sobre como nos comunicamos com nós mesmos”, declara o autor Alberto Guiraldelli, que também atua na peça. “Nas peças em que atuei como ator sempre estive muito focado no texto, nas falas e na análise da trajetória do personagem; o corpo era construído a partir daí. Em ESSA MOÇA o trabalho está centrado na composição e nos procedimentos da comédia física e das rotinas de clown”, completa.

A encenação tem como foco a reflexão sobre o terreno movediço e misterioso do inconsciente, a eterna dificuldade do diálogo do mundo interno com o externo. “A atmosfera da peça prima por uma qualidade de estranhamento e sonho, realidade e inconsciência. A encenação desenvolve a ação da narrativa como fragmentos de sonho. Quando o telefone se torna mágico, podemos entender que Essa moça está travando diálogos consigo própria”, afirma a diretora Einat Falbel.

“É um grande prazer voltar aos palcos com este texto, ele me proporciona a possibilidade de me reinventar como atriz e como diretora. A direção de Einat me ajudou muito nesta construção com suas indagações, com as propostas de partituras corporais e vocais que resultaram na encenação do espetáculo”, afirma a atriz Mônica Granndo, que nos últimos anos tem atuado mais na área de direção, ao contrário de Einat Falbel, que após longa carreira como atriz, se aventura agora na direção teatral.

O cenário, de Mônica Granndo e Fábio Jerônimo, tem como proposta ser simples e funcional, sendo fiel na elaboração de uma cabine tipicamente londrina. A trilha sonora de Reinaldo Guiraldelli ambienta este local e busca na sonoridade de Tom Waits sua inspiração. A iluminação, de Denilson Marques, propicia as atmosferas da peça, valorizando as cenas e as imagens do texto. Os figurinos, de Pedro Alcântara Neto, trazem a cena a personalidade de Essa Moça e dos outros personagens por meio das cores e adereços.

Alberto Guiraldelli

 – Dramaturgo e ator, formado pela escola Profissionalizante em Interpretação Recriarte, São Paulo (2001) e em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica/PUC-SP (1992). Traduziu o texto Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos, de Tom Stoppard, com direção de Mônica Granndo, que esteve em cartaz no teatro Ruth Escobar, sala Gil Vicente (2004) e fez adaptação da peça Noite na Taverna, de Alvarez de Azevedo, montada para mostra do Teatro da Escola Macunaíma (2005). Escreveu os textos Onmyoji, montado para a mostra do Teatro Escola Macunaíma (2004) e O Beijo, direção de Mônica Granndo, encenado Companhia do Ator Careca (2005). Além de Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos e O Beijo, atuou também nos espetáculos Noite de Reis, de William Shakespeare, com direção de José Henrique de Paula (2002); O Interrogatório, de Peter Weiss, com adaptação e direção de David Rock (espetáculo apresentado em festivais em território nacional, totalizando 16 prêmios em cinco festivais estaduais e nacionais, entre 2000 e 2002); O Deselogio da Vida, com textos de Lord Byron, Peter Weiss e Domingos Oliveira, adaptados e dirigidos por David Rock (2000). Fez assistência de direção no espetáculo Verdades e Fotografias, com direção de José Henrique de Paula (2001).

Einat Falbel

 – Formou-se em Licenciatura Teatro - Educação na Faculdade de Artes Alcântara Machado em 1992. Formou-se em Artes Cênicas em 1992 pelo Teatro Escola Célia Helena e neste mesmo ano foi convidada para fazer parte do Grupo TAPA, sob a direção e coordenação de Eduardo Tolentino. Fez parte do elenco fixo do Grupo durante sete anos atuando nas seguintes montagens sob direção ou coordenação geral de Eduardo Tolentino de Araújo: Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, direção de Eduardo Tolentino (1992/93/94); Casa de Orates, de Aluízio e Arthur Azevedo, direção de Brian Penido (1995); Rasto Atrás, de Jorge Andrade, direção Eduardo Tolentino; Moço em estado de Sítio, de Vianinha, direção de André Garolli e Eduardo Tolentino (1996); Ivanov, de Anton Tcheckov, direção de Eduardo Tolentino (1997/ 1998); As Viúvas, de Arthur Azevedo, direção Sandra Corveloni (1999/2000/01). Ingressou na Cia do Feijão atuando nos espetáculos O Ó da viagem Movido a feijão, Antigo 1850, todos com direção de Pedro Pires de 2000 a 2004. Atuou ainda nas peças: Alma sem menino, de Tony Giusti, com o Nosso Grupo (2003-2005); O Califa a rua do sabão, de Arthur Azevedo, direção de Norival Rizzo; Ensaio para Inverno, com direção de Tony Giusti, com a Cia das Pequenas Mentiras (2005-2006); Fracasso, de Alberto Guiraldelli, direção de Mônica Grando, com a Cia Do Ator Careca e Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues, direção Zé Henrique de Paula, com o Núcleo Experimental. Em cinema atuou nos filmes O Ano em que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburguer (2005/2006) e Lula, o filho do Brasil, de Fabio Barreto (2009).

Mônica Granndo

 – Atriz e diretora, formada pela Universidade de Campinas/UNICAMP, em 1992. Fundou, em 1999, o Núcleo Delphys de pesquisa da gestualidade do ator junto à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo onde realizou seu mestrado no programa de Comunicação e Semiótica dessa instituição, tendo defendido seu trabalho sobre O Gesto Vocal, a comunicação e gestualidade do ator no teatro físico, em julho de 2002. Atou nos espetáculos Medéia, de Eurípedes e As Criadas, de Jean Genet e dirigiu as peças Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues; Homens de Papel, de Plínio Marcos e Cena a Quatro, de Eugène Ionesco, entre outros trabalhos. Trabalha como educadora na área teatral desde 1993 e, desde 2001, ministra aulas de interpretação, expressão corporal e vocal no Teatro Escola Macunaíma, na cidade de São Paulo. Em 2002, fundou A Companhia do Ator Careca que esteve em temporada no grande circuito teatral de São Paulo com os espetáculos Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos, de Tom Stoppard (2003/2004), O Beijo (2005) e Fracasso (2006/2007) ambos com autoria de Alberto Guiraldelli e Algumas Vozes, de Joe Penhall.

Companhia do Ator Careca

 – Formada em 2002, como afirmação de fé no solo fértil de São Paulo para o teatro de grupo. Reunida pelo desejo de um trabalho de colaboração criativa, procura a consistência estética duradoura que apenas o desenvolvimento integrado de atores, técnicos, criadores e produtores pode proporcionar. A Cia trabalha continuamente com processo de treinamento de atores por meio de técnicas corporais, vocais e de interpretação, exercitadas em grupo, até que um novo projeto venha a focar um tipo específico de trabalho. Produziu os espetáculos Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos, de Tom Stoppard, no qual a mímica, pantomima e clown eram as técnicas em destaque (2003/2004) e O Beijo, de Alberto Guiraldelli, baseado na pesquisa de estruturas cômicas de inspirações tão diversas como as estruturas clássicas de Molière e o nonsense contemporâneo de Monty Python (2005). Ambos trabalhos tiveram direção de Mônica Granndo.

Para Roteiro

ESSA MOÇA - LIGANDO PARA TOM WAITS, AINDA ACORDADO, EM ISTAMBUL – Estréia dia 6 de outubro de 2010, quarta-feira, às 21h. Texto: Alberto Guiraldelli. Direção: Einat Falbel. Com a Cia do Ator Careca. Elenco: Mônica Granndo e Alberto Guiraldelli. Duração: 70 minutos. Recomendação: 12 anos. Ingressos: R$30,00 (Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto). Quartas e quintas, às 21h. Até 9 de dezembro.

TEATRO AUGUSTA - SALA EXPERIMENTAL – Rua Augusta, 943 – Cerqueira César, tel: 3151-4141. Capacidade 50 lugares. Bilheteria funciona de quarta a domingo, a partir das 15 horas. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Estacionamento ao lado. Café.

(Amália Pereira – agosto/2010)

Assessoria de Imprensa

Amália Pereira

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