quinta-feira, 14 de abril de 2011

Negro Relâmpago Perpetuamente Livre no Espaço Sesc (Rio de Janeiro)

“Negro relâmpago perpetuamente livre”

Peça inspirada na amizade entre dois dos maiores poetas do século XX

estréia dia 19 de abril no Espaço Sesc

Fruto de três anos de pesquisa sobre a vida e a obra de Pablo Neruda (1904-1973) e Federico García Lorca (1898-1936) – o que incluiu visitas às casas-museus La Chascona, em Santiago do Chile, e Huerta de San Vicente, em Granada, Espanha –, o espetáculo “Negro relâmpago perpetuamente livre”, escrito e dirigido por Claudio Castro Filho, com interpretação de Claudio Serra, é um relato poético dos anos em que Lorca e Neruda compartilharam vida boêmia, confidências afetivas, ideias sobre arte e política. A estréia no Espaço Sesc acontece dia 19 de abril, terça-feira, às 20 horas.

Desde quando se conheceram, em 1933, em Buenos Aires, até o assassinato de Federico, na Espanha, em 1936, Lorca e Neruda dividiram sobretudo suas visões de mundo, expressando-as, claro, sob a forma de poesia. A amizade entre dois dos maiores poetas do século XX deixou um importante legado em manuscritos, poemas, discursos, que serviram de base a este monólogo poético, em que um escritor-viajante rememora, no ato de escrever, episódios decisivos dessa singular amizade.

Sobre o título da peça, o diretor Claudio Castro Filho diz que “é justamente o verso em que Pablo Neruda define o amigo Lorca no poema "Ode a Federico García Lorca", que Neruda compôs logo após saber da morte do amigo. É um poema belíssimo, que dá o tom da história que queremos contar, justamente pela marca da ausência. Essa é uma amizade muito marcada pela saudade e pela dor que Neruda sempre manifestou, ao longo de toda a sua vida adulta, desde a morte de Lorca. É também por essa razão que o texto é um monólogo. O mais óbvio, pra falar de dois amigos, seria um diálogo com Lorca e Neruda como personagens, mas com o começo da escrita fui vendo que uma única voz em cena deixava sempre a sensação de que havia uma metade faltando. É essa falta que dá, na verdade, consistência à história.”

“Negro relâmpago perpetuamente livre” dá continuidade à pesquisa cênica do Teatro do Acúmulo, grupo carioca que há oito anos investiga as relações entre o ator e o sistema de objetos, buscando, nas metáforas do espaço, o espetáculo-poema.

FICHA TÉCNICA

Texto, encenação e espaço cênico: Claudio Castro Filho

Interpretação e figurinos: Claudio Serra

Iluminação e contra-regragem: Isabel Stein e Felipe Xavier

Colaboração artística: Carlos Pessoa (Lisboa) e Carmem Gadelha (Rio)

Poemas: Federico García Lorca e Pablo Neruda, transcriados por Claudio Castro Filho

Assessoria de imprensa: Ney Motta

Paisagem sonora e fotografias: Thiago Rocha

Programação visual: Leonardo Miranda

Vídeo: Tami Katz

Assistência de direção: Theo Fellows

Produção executiva: Claudio Castro Filho

Direção de produção: Zarur Produções Artísticas

Criação: Teatro do Acúmulo

SERVIÇO

Negro relâmpago perpetuamente livre

Texto, encenação e espaço cênico: Claudio Castro Filho

Interpretação: Claudio Serra

Local: Espaço Sesc. Rua Domingos Ferreira 160, Copacabana. Tel. 2548–1088

Capacidade: 40 pessoas

Estréia: 19 de abril, terça-feira, às 20 horas

Temporada: terças e quartas às 20h

R$ 16 [inteira], 8 [estudantes, acima de 60, classe] e 4 [comerciários]

Duração da peça: 70 min.

Classificação etária: 18 anos

Até 4 de maio

SINOPSE

Relato poético dos anos em que Lorca e Neruda compartilharam confidências afetivas e ideias sobre arte e política.

CONVERSAS POÉTICAS após as sessões dos dias:

26 de abril: Flávio de Carvalho e o monumento a Lorca: desdobramentos poéticos em vídeo com Tamara Ka, videomaker, doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais na USP

3 de maio: García Lorca e Pablo Neruda: de poetas a personagens com Wilson Alves-Bezerra, crítico literário e tradutor, professor do Depto de Letras da UFSCar

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