quarta-feira, 13 de abril de 2011

Filha da Anistia, espetáculo na Escola de Teatro da UNIRIo (Rio de Janeiro)


FILHA DA ANISTIA

A peça Filha da Anistia é muito interessante e bem construída, e ao longo de suas apresentações em São Paulo, conseguiu o apoio de entidades importantes ligadas aos Direitos Humanos.

A peça percorreu Fortaleza, Recife e Porto Alegre, e nessa quinta-feira, dia 14 de abril estará no Rio de Janeiro, na Escola de Teatro da UNIRIO.

Ao final de cada apresentação acontece um debate sobre o tema. No Rio de Janeiro contaremos com a participação do jornalista, escritor e artista plástico Alípio Freire.

Atenciosamente

Erika Balbino

http://www.filhadaanistia.blogspot.com/

http://www.youtube.com/watch?v=Kwfl90Q64a0  – teaser promocional

Após temporada de sucesso em São Paulo, a peça Filha da Anistia segue para outras seis capitais

Com um viés crítico que foge de fórmulas óbvias, a montagem tem o seu vigor na interpretação dos atores e na simplicidade com a qual discute os efeitos da ditadura pós-golpe de 64 nas posturas políticas, sociais e culturais do país.

“Para quem insiste na ideia de que a Anistia é sinônimo de esquecimento da barbárie do passado, Filha da Anistia é um libelo contra a ignorância e a insensibilidade.”

Paulo Abrão – Secretário Nacional de Justiça e Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

“Filha da Anistia é uma peça teatral que expressa o questionamento legítimo de uma geração que não vivenciou a ditadura militar e lhes foi negado a informação sobre o acontecido; por isto mesmo clama pela verdade dos fatos, perseguições, prisões, torturas e desaparecimentos forçados de opositores políticos."

Maria do Rosário Nunes - Ministra dos Direitos Humanos

“Num país como o nosso, onde a transição para a democracia se arrasta há décadas, a peça é indispensável e preciosa ferramenta de construção do presente e futuro.”

Alípio Freire – jornalista, escritor e artista plástico.

A Caros Amigos Cia de Teatro, da Cooperativa Paulista de Teatro, em parceria com o Projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, realizará apresentações do espetáculo “Filha da Anistia” em seis capitais a partir de março: Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Teresina, e Brasília. As apresentações serão seguidas de debates com a participação do público, do elenco e de convidados locais que participaram da resistência à ditadura implantada com o golpe de Estado de 1964, com curadoria do Núcleo de Preservação da Memória Política.

A peça que estreou em São Paulo em março do ano passado, nasceu após três anos de intensa pesquisa. Carolina Rodrigues e Alexandre Piccini, co-autores e atores da peça, mergulharam em arquivos públicos e bibliotecas, selecionando documentos, jornais, livros, teses e biografias. Além do escasso material publicado, foi imprescindível conhecerem o olhar e a experiência de pessoas que viveram e lutaram na resistência ao regime autoritário. Construíram, assim, uma ficção que busca apropriar-se deste período, desvendar seus mitos, elucidar e questionar a História, incitando no espectador o surgimento da consciência crítica.

“Buscamos produzir algo que vasculhe o inconsciente coletivo e, fora da racionalidade incapacitada pela conjuntura histórica, torne esse trauma mais nosso, mais visível, mais elaborável.” – sintetiza Carolina.

"Filha da Anistia" conta a história de uma jovem que parte em busca do pai que nunca conhecera e acaba descobrindo um passado de mentiras e omissões, forjado durante os anos de chumbo no Brasil.

Clara é uma advogada que procura refazer sua história e esclarecer seu passado, sem imaginar que a sua vida seria radicalmente transformada nessa trajetória. Todas as suas certezas caem por terra diante das descobertas sobre seu passado familiar e sobre um período da história de nosso país que poucos conhecem - e que a maioria prefere esquecer. Para ela, isso não será mais possível. "Filha da Anistia" provoca no espectador a reflexão sobre esse período, usando como metáfora os desencontros de uma família despedaçada pela ditadura.

“Esse projeto colabora com a necessidade de compreendermos a História e de aprendermos com ela. Nosso principal objetivo é contribuir de uma maneira artística para que o Brasil avance na consolidação do respeito aos Direitos Humanos, sem medo de conhecer e reconhecer a sua história recente”, afirmam os autores.

De acordo com o diretor do espetáculo, João Otávio, o vigor da montagem está em sua simplicidade. A tensão dos diálogos é a própria materialização da violência, fugindo de fórmulas prontas, como cenas de tortura, por exemplo. “O jogo cênico é o mais importante. O confronto entre os personagens, as perspectivas que surgem e a visível reação da plateia não permitem aqui diálogos que explorem o didatismo ou mesmo uma mão pesada no discurso político.” Todos os artifícios e recursos foram eliminados, e para compor o cenário apenas algumas caixas de papelão foram espalhadas pelo palco, ilustrando o desnudar dos personagens a cada passo em busca do esclarecimento. Essa configuração implica na construção de um olhar que sempre busca aquilo que está oculto na história que está sendo contada.

O diretor aponta, ainda, que não houve interesse em retratar historicamente o período, considerando que a realidade dos fatos ocorridos possui uma dimensão de violência e barbárie inaceitáveis. Ao contrário, nesta ficção, a Cia apresenta uma inversão, onde o passado figura como o período de otimismo, luta, idealismo e vivacidade, enquanto o presente é que se mostra obscuro, melancólico e incoerente com esse passado.

Alexandre Piccini ressalta que o principal objetivo dessa montagem é desfazer a sensação de que o que aconteceu só diz respeito aos diretamente envolvidos. “Buscamos o tom exato para que o público se identifique com os personagens e compartilhe dos seus sentimentos, entendendo que a brutalidade da ditadura poderia ter atingido qualquer um de nós. Mas também procuramos manter um distanciamento crítico para alcançarmos racionalmente a compreensão de que o passado é a raiz do presente. Lá estão as origens de muitos dos problemas que vivenciamos hoje. A brutalidade da ditadura continua nos atingindo: educação, cultura, segurança, economia e política dizem respeito a todos nós”.

Contemplado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo em 2009, “Filha da Anistia” dialoga com as atuais discussões sobre Direitos Humanos. A seriedade e a coerência do projeto atraíram apoiadores fundamentais para a concretização da montagem – A Caros Amigos Cia de Teatro agradece a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, Núcleo de Preservação da Memória Política e Ação Educativa.

http://www.filhadaanistia.blogspot.com/

FICHA TÉCNICA

Direção: João Otávio

Dramaturgia: Alexandre Piccini e Carolina Rodrigues

Elenco: Alexandre Piccini e Carolina Rodrigues

Cenário e Figurino: Caros Amigos Cia de Teatro

Iluminação e operação: Daniel De Rogatis

Preparação corporal: João Otávio

Trilha e música original: Alexandre P. Ribeiro

Operação de Audiovisual: Michelle Ohl

Programação visual: Hórus Produções

Vídeos: Hórus Produções

Fotografia: Vitor Vieira

Curadoria dos debates: Núcleo de Preservação da Memória Política

Assessoria historiográfica: Alípio Freire

Administração: Danilo Cerqueira César

Produção viagens: Michelle Ohl

Produção executiva: Caros Amigos Cia de Teatro

Assessoria de imprensa: Baobá Comunicação

DIREÇÃO E ELENCO

Carolina Rodrigues – autora e atriz

Formada pela Escola de Artes Dramáticas - EAD /USP e com passagem pelo CPT – Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho, participou de festivais nacionais e internacionais. Junto à Cia. Tablado de Arruar, apresentou o espetáculo "A Rua é Um Rio", viajou por mais de 10 cidades com a Caravana de Circulação de Espetáculos Teatrais Funarte–Petrobrás/2006-2007. Além desses trabalhos, atuou em projetos com direção de Celso Frateschi, Vanessa Bruno, Tica Lemos, Luiz Arthur Nunes, Isabel Setti, Bete Dorgam, Luis Damasceno e Iacov Hillei.

Alexandre Piccini – autor e ator

Formado pelo Teatro Escola Macunaíma e pela Oficina de Atores da Rede Globo, foi apresentador dos programas "Nota 10" do Canal Futura e "Globo Ciência". Participou das novelas "Luz do Sol" (Record) e, na Rede Globo, atuou em "Duas Caras", "Paraíso Tropical" e "Como Uma Onda". No teatro integrou o elenco de vários espetáculos com destaque para "Sagrada Família" de Fernando Bonassi e "Eduardo II" com direção de Marcelo Marcus Fonseca. No cinema seus principais projetos foram os longas "Remissão" de Silvio Coutinho e "Sexo com Amor?" de Wolf Maya.

João Otávio – diretor e preparador corporal

Diretor formado pelo Teatro Escola Macunaíma. Como ator, fundou e atuou na Cia de Teatro-Dança Artesãos do Corpo. Na Cia Tablado de Arruar foi assistente de direção e diretor de ator nas montagens "A Rua é um Rio" e "Quem Vem Lá". Em 2010, dirigiu "Helena Pede Perdão e é Esbofeteada", da mesma cia. Foi preparador corporal nos espetáculos "Incomodo ser eu só tanta coisa"; "O Ovo e a Galinha", do grupo Teatro do Desconhecido, e dirigiu o espetáculo "Moimórias".

SERVIÇO:

Sinopse: Após a morte da avó, Clara parte em busca do pai que nunca conhecera. Esse encontro irá revelar um passado de mentiras e omissões, forjado durante os anos de chumbo no Brasil.

Dia 14 abril - quinta feira

19h às 20h- apresentação Filha da Anistia (gratuita)

20h às 22h - debate com público (gratuito)

Dia 15 abril - sexta feira

19h às 20h- apresentação Filha da Anistia (gratuita)

20h às 22h - debate com público (gratuito)

Dia 16 abril - sábado

1a sessão

16h às 17h- apresentação Filha da Anistia (gratuita)

17h às 18h30minh - debate com público (gratuito)

2a sessão

19h às 20h- apresentação Filha da Anistia (gratuita)

20h às 22h - debate com público (gratuito)

Dia 17 abril - domingo

19h às 20h - apresentação Filha da Anistia (gratuita)

20h às 22h - debate com público (gratuito)

Local: UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) – Escola de Teatro – Sala Pachoal Carlos Magno

Endereço: Av. Pasteur, 436 – Urca – Rio de Janeiro – RJ.

Duração: 60 minutos.

Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos.

Valor da entrada: Ingressos gratuitos serão distribuídos uma hora antes do espetáculo

Apoio Local: UNIRIO

Realização: Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça/ Núcleo de Preservação da Memória Política/ Hórus Produções e Caros Amigos Cia de Teatro.

Participante do Debate:

*em todos os dias e horários:

Alípio Freire - Jornalista, Escritor e Artista Plástico. Integrante do Núcleo de Preservação da Memória Política, militante na organização clandestina Ala Vermelha entre 1967-1983. Foi preso político entre os anos de 1969 e 1974. Pertence aos conselhos editoriais das revistas “Fórum”, “Teoria & Debate” e “Revista Sem Terra”; dos jornais “Brasil de Fato” e “Página 64”; e da Editora Expressão Popular.

Convidados debates:

Alípio Freire em todas as sessões.

Dia 14 de abril, quinta feira,19h - Profa. Jessie Jane - (UFRJ)

Dia 15 de abril, sexta feira, 19h - Wadih Damous- presidente OAB-RJ e Cid Benjamin - ass.imprensa OAB

Dia 16 de abril, sábado, 16h - Ana Muller - advogada e uma das fundadoras do CBA-RJ

Dia 16 de abril, sábado, 19h - aguardando confirmações: representante da ABI e Luiz Alberto Sanz

Dia 17 de abril, domingo, 19h - Profa. Maria Paula Araújo - (UFRJ)

Erika Alexandra Balbino

Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo

Rua Porangaba, nº 149, Bosque da Saúde

04136-020 - São Paulo - SP

+55 11 3482-2510
+55 11 3482-6908

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