quinta-feira, 26 de maio de 2011
Andersen Sem Palavras estreia no Teatro Cacilda Becker (São Paulo, SP)
ESPETÁCULO INFANTIL ANDERSEN SEM PALAVRAS ESTRÉIA NO TEATRO CACILDA BECKER
Inspirada em contos do autor Hans Christian Andersen montagem é apresentada por meio de técnicas do Teatro de Sombras. Trilha sonora da peça foi especialmente composta por André Abujamra
Inspirado em contos do autor Hans Christian Andersen, o espetáculo infantil ANDERSEN SEM PALAVRAS estréia dia 4 de junho, sábado, às 16h, no Teatro Cacilda Becker. Encenada pelo Grupo Caleidoscópio, montagem é apresentada por meio de técnicas do Teatro de Sombras, e trabalha com imagens, figuras, silhuetas, luzes, sombras e músicas. Peça tem texto e direção de João Bresser e música original especialmente composta por André Abujamra.
ANDERSEN SEM PALAVRAS reúne cinco contos de Hans Christian Andersen: O Patinho feio, Soldadinho de chumbo, Os Namorados, A Menina dos fósforos e O Sapo.
“Espetáculo une a magia do teatro de sombras com a poesia dos contos de Andersen. Feito um cinema mudo, sem palavras, figuras entram e saem de cena, acompanhadas por uma trilha musical criada especialmente para entreter e emocionar a platéia”, afirma o autor e diretor da peça João Bresser.
No conto o O Sapo, o público entra em contato com temas como: aventura e coragem, em Os Namorados e O Soldadinho de chumbo o amor é o pilar principal. Em A Menina dos fósforos, estão presentes a pobreza e a solidão e em O Patinho feio, o pré-conceito e a exclusão. São histórias independentes e separadas, cada uma com início, meio e fim, mas, com temas do universo de Andersen que se repetem de maneiras diferentes, como a morte, o sofrimento, a dor, a dureza da vida, a pobreza, a exclusão, etc.
“A idéia de utilizar o Teatro de Sombras para expressar o universo de Andersen foi devido a riqueza de imagens e figuras contidas em seus contos, que parecem estar mergulhados em um mar de sonhos, a sensação de um sonho dentro de outro sonho. Para obter essa representação, nada melhor que essa técnica, que possibilita entradas e saídas de figuras simultâneas, sobreposição de imagens, alteração da dimensão e nitidez, deslocamentos surreais, mudanças de cores, luzes e sombras” finaliza o autor.
O cenário, de João Bresser e Walmir Amui, é uma estrutura de projeção, com uma tela de 1,40 de largura por um metro de altura. As figuras, construídas com papel couro e acetato, foram criadas por Valter Valverde, a partir dos desenhos da Regina Pessoa. A música, de André Abujamra e Du Moreira, está presente no espetáculo inteiro; criando, pontuando e conduzindo o clima de cada momento. Elenco reúne os atores manipuladores Cássia Carvalho, Lenita Ponce, Valter Valverde e Cristina Rasec.
Grupo Caleidoscópio:
Faz parte da Cooperativa Paulista de Teatro e dedica-se a pesquisa do Teatro de Animação. Em 2004, estreou o espetáculo O Fantástico Laboratório do Professor Percival, no qual o grupo desenvolveu o trabalho utilizando a técnica do Teatro de objetos. Em 2006, estreou no espetáculo A vida mudada de um bicho mutante, com dramaturgia inspirada na vida do bicho-da-seda, realizando uma metáfora poética com as transformações e realizações humanas, com utilização de técnica do Teatro de bonecos e música ao vivo. O Grupo já se apresentou com seus espetáculos em lugares como: SESC Itaquera, SESC Interlagos, SESC Catanduva, Projeto Recreio nas Férias, SESC São José dos Campos, Casa do Zezinho, SESC Araraquara, SESC Birigui, SESC Araçatuba, SESC Vila Mariana, CEU Aricanduva, SESC São José do Rio Preto, Festival de Campos de Jordão, Projeto Recreio nas Férias, Biblioteca Monteiro Lobato – Projeto Truks, Festival Veja Riviera de São Lourenço, SESC Bauru, CEU Uirapuru, CEU São Carlos, CEU Parque Bristol, Centro Cultural Vladimir Herzog e Festival Fringe, em Curitiba, entre outros. http://www.grupocaleidoscopio.com.br/
João Bresser: Formado
em 1997, pela Escola de Artes Indac e em Educação Artística, com licenciatura e habilitação em Artes Plásticas na Universidade Cruzeiro do Sul, em 2005. Ministrou aulas de Teatro de Animação para professores da rede pública na Universidade Cruzeiro do Sul. Atuou no espetáculo A Alma Boa de Setsuan, de Bertolt Brecht, direção de Marco Antonio Braz, entre 2008 e 2010. Em 2010, preparou e treinou o segundo elenco do espetáculo Avenida Q para a manipulação de bonecos. Participou, em 2009, do espetáculo Cocoricó – Uma aventura no Teatro, como ator e manipulador, direção de Fernando Gomes. Dirigiu, em 2009, o espetáculo O Coelho, o menino e a água, coordenado e produzido pelo Instituto Callis e patrocinado pela Colgate. Faz parte do elenco dos espetáculos Theatro de Brinquedo e Submundo, ambos do Grupo Sobrevento, dirigido por Luiz André Cherubini. Atuou nos espetáculos: Ensaio do Latão, com a Cia. do Latão, dirigido por Sérgio Carvalho, O Beijo no Asfalto e Geração Trianon, ambos com direção de Marco Antonio Braz. Fundou o Grupo Caleidoscópio, no qual é autor, ator e produtor dos espetáculos: O Fantástico Laboratório do Prof. Percival, A vida mudada de um bicho mutante e Andersen sem palavras. Na televisão atuou nos Programas: Retrato Falado e Aline, no seriado Tal Filho, Tal Pai e na minissérie Amor em 4 atos, episódio Vitrines, todos na Rede Globo, e na novela Água na boca, na Rede Bandeirantes. Atuou no curta-metragem Os Fiéis, dirigido por Danilo Solferini, e também nos filmes O Casamento de Romeu e Julieta e Caixa 2, ambos dirigidos pelo cineasta Bruno Barreto.
Hans Christian Andersen:
Nascido na pequena cidade dinamarquesa de Odense, em 02 de abril de 1805, Andersen teve uma infância humilde. Era filho de um sapateiro e de uma lavadeira. Seu pai era um homem humilde e sem instrução, mas nem por isso deixou de alimentar o espírito fantasioso do filho, pois lhe contava histórias e estimulava o interesse do menino pela literatura e pelo teatro. Quando perdeu o pai, aos onze anos, Andersen teve que ganhar a vida exercendo ofícios modestos. Aos quatorze anos juntou o pouco que tinha e foi para Copenhague, sonhando em trabalhar no teatro. Em Copenhague, conseguiu emprego no Teatro Real, mas não se saiu muito bem como ator. Tentou a dramaturgia, também sem sucesso. Não que lhe faltasse talento e criatividade, mas faltava-lhe embasamento teórico e cultural, pois havia abandonado os estudos muito cedo. Um dos diretores do Teatro Real – Jonas Collin, percebendo seus esforços e talento, resolveu patrocinar-lhe os estudos. A partir daí, Andersen começou a escrever contos, romances e poemas, publicando seu primeiro livro aos dezessete anos de idade. O reconhecimento veio aos trinta anos, quando da publicação de Contos Para Crianças. Aí descobriu sua verdadeira vocação, a de um grande contador de histórias. Andersen foi o primeiro autor a criar textos para crianças. Antes dele as publicações existentes eram de histórias da tradição oral. O dia 02 de abril, data de seu aniversário, foi escolhido como o Dia Internacional do Livro Infantil. O prêmio mais importante de literatura infantil – uma espécie de Nobel – é a Medalha Hans Christian Andersen.
Para Roteiro
ANDERSEN SEM PALAVRAS – Estréia dia 4 de junho de 2011, sexta-feira às 16h. Inspirado em contos de Hans Christian Andersen. Texto e Direção: João Bresser. Com o grupo Caleidoscópio. Elenco: Cássia Carvalho, Lenita Ponce, Valter Valverde e Cristina Rasec. Duração: 40 minutos. Recomendação: livre. Ingressos: R$10,00 (Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto). Sábados e Domingos, às 16h. Até 26 de junho.
TEATRO CACILDA BECKER – Rua Tito, 295 – Lapa, tel: 3864-4513. Capacidade 198 lugares. Bilheteria funciona de terça a domingo das 14h às 19h30. Em dias de espetáculos, a bilheteria funciona até 20 minutos após o início da sessão. Vendas pelo telefone 4003-2050 (Ingresso Rápido) ou pelo site (www.ingressorapido.com.br/prefeitura). Acesso para deficientes. Ar condicionado.
(Amália Pereira – maio/2011)
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