Estreia 03 de maio no Teatro Eva Herz
A peça foi representada, pela primeira vez, por volta de 425 a.c e, como na maior parte das tragédias de Sófocles, a personagem principal é centrada na figura de um indivíduo.
Édipo é o herói, assim como os demais heróis de Sófocles,
cuja grandeza se encontra na capacidade de fazer uma escolha heróica e assumi-la até as últimas consequências.
Elias Andreato transporta para o palco do Teatro Eva Herz Édipo com toda sua essência que versa sobre a cegueira do homem e a grandeza humana. A desesperada insegurança da condição humana: de certo modo, todo homem deve tatear no escuro como Édipo tateia, sem saber quem é e o que tem a sofrer.
Édipo é o herói trágico. Ele não tem culpa de nada (é vítima do destino) e se sacrifica pelo seu povo. A peça converge inteira para o desfecho trágico. A verdade vai sendo revelada nos diálogos, num clima de tensão produzido pelo entre choque das personagens.
Édipo é grande porque aceita a responsabilidade por todos os seus atos, incluindo os que são objetivamente mais aterradores, embora subjetivamente inocente.
Esse herói é uma espécie de símbolo da inteligência humana, que não pode descansar até solucionar todos os enigmas – mesmo o último, para o qual a resposta é que a felicidade humana é construída sobre a ilusão.
Por Elias Andreato
O poder cênico de Édipo Rei é sufocante, acredito que por sua simplicidade.
A tragédia do herói grego sempre comoveu e despertou muitas interpretações e estudos que apontam várias direções. Todas essas leituras são indispensáveis para a preparação de uma nova montagem teatral. Na trama de Sófocles, tudo existe de antemão, e vai apenas se desenvolvendo e na ação da peça o que é irrevogável torna-se aterrador. Os atores no caso da tragédia eles precisam se imbuir de muitas informações, sensações e através da psicanálise estabelecer no seu processo criativo uma discussão profunda sobre o homem. O ator é quem conta a história, é ele quem perpetua o mito. O ritual grego de representação é para nós artistas de teatro o elo perdido a lembrança da nossa iniciação. As palavras de Sófocles são para nós mantras que invocam desejos ocultos e sacrifícios na tentativa de se encontrar a luz ou as trevas. Nós artistas, vivemos a beira do abismo e como Édipo o decifrador de enigmas somos escolhidos na escala social para enfrentarmos a Esfinge. O teatro para nós é o oráculo divino onde os deuses manipulam e tecem nosso destino. Nossa paixão cega pela arte alivia nossa dor diante da verdade e nos faz acreditar no nosso livre arbítrio. A soberba de Édipo talvez seja o que mais nos interessa espiar, pois é ela a falha trágica do herói. O poder que cega se torna o escárnio que o coro lamenta diante do palácio dos poderosos.
ÉDIPO
Teatro Eva Herz (166 lugares)
Avenida Paulista, 2.073 – Livraria Cultura / Conjunto Nacional
Informações: (11) 3170-4059 - http://www.teatroevaherz.com.br/
Bilheteria: Terça a sábado, das 14h às 21h. Domingo, das 12h às 19h. Em feriado, sujeito à alteração. Aceita todos os cartões de crédito. Não aceita cheque.
Vendas pela internet: http://www.ingresso.com/
Vendas por telefone: 4003-2330
Terças, às 21h
Ingressos: R$ 40
Duração: 70 minutos
Classificação Etária: 14 anos
Estreia dia 03 de maio
Temporada: até 21 de junho
Ficha Técnica:
Autor: SÓFOCLES
Adaptação: ELIAS ANDREATO
Elenco: EUCIR DE SOUZA, TÂNIA BONDEZAN, ROMIS FERREIRA,
NILTON BICUDO, DANIEL MAIA, CLÓVYS TORRES e ELIAS ANDREATO
Música Composta: DANIEL MAIA
Desenho de Luz: WAGNER FREIRE
Figurino: LAURA HUZAK ANDREATO e MARC LAB
Cenário: ELIAS ANDREATO
Acordeons: DANIEL MAIA, NILTON BICUDO E CLÓVYS TORRES
Programação Visual: ELIFAS ANDREATO
Fotos: ÁGUEDA AMARAL
Direção de Produção: MARLENE SALGADO
Assistente de Direção: ANDRÉ ACIOLI
Direção Geral: ELIAS ANDREATO
Para agendar entrevista ou solicitar foto, por favor, responda esse e-mail ou ligue: 3255.6183
Obrigada e um abraço,
DANIELA BUSTOS
55 (11). 3255.6183 / 9453.9563
7817.2761 / ID 30*27343
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segunda-feira, 2 de maio de 2011
Édipo, versão de Elias Andreato, estreia no Teatro Eva Herz (São Paulo,SP)
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