sexta-feira, 9 de abril de 2010
Teatro Alegórico, Teatro da Alma . . . (por William Berger)
No Teatro Alegórico encontramos a palavra perdida, que muitos sábios em épocas diversas guardaram para si. Mais que um pérola, essa palavra se torna ação em gestos e sons.
Não há uma fórmula, nem repetição. A palavra manifesta e desmascara. Ator desnudo, poeta de si.
Praticamos um teatro por muitos desejado. Vivemos a poesia de nosso corpo nessa e em outras realidades. Em um sonho somos ao mesmo tempo o escritor da trama, o diretor da cena, o ator, o sonoplasta, o iluminador e o espectador. Integrar vida e símbolo é uma ambição antiga. Carl Gustav Jung na psicanálise; Calderón de La Barca, William Shakespeare, William Butler Yates na dramaturgia; Waldo Motta e Jorge Luís Borges na poesia ; Akira Kurosawa no cinema, especialmente em seu famoso filme “Sonhos” exemplo, penetram fundo nesse campo e nos dão uma ostra do que podemos ao unir o real e o simbólico, o onírico ao político, a vida e a arte.
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